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quinta-feira, 22 de maio de 2014

A Casa (1/2)

* A Creepypasta a seguir ficou muito longa, e será dividida em duas para melhor leitura. Desculpem o inconveniente. Para ler a segunda parte, clique AQUI. *
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Excursão de escola. Turma pequena, com em torno de quinze alunos, entre as idades de doze e treze anos. Eles estavam voltando de uma viagem de estudos.

Carla havia sentado em um dos bancos da frente com uma amiga. Ela estava olhando pela janela sem saber no que pensar, quando o ônibus parou bruscamente. Parecia que tinha acontecido um acidente na pista e o pessoal estava reorganizando tudo.


- Bem, turma, não se preocupem. Está tudo sobre controle. Vamos demorar um pouco aqui, mas assim que for possível iremos para casa, ok? - A professor falou calmamente para a turma.

Então as horas passaram. Já estava escurecendo quando eles retomaram a viagem. Muitos estavam com fome, outros estavam cansados. Estava o caos. E, para completar, o pneu do ônibus furou em determinado momento, e eles tiveram que parar no acostamento.

Carla, ainda sentada do lado da janela, tentava avistar algo entre a escuridão da noite. Não enxergava nada. Ela só sabia que passavam por um trecho descuidado pelo governo, em uma estrada de chão, no meio do mato.

O motorista então, desceu e foi consertar o pneu. A escuridão já tomava conta e era possível apenas enxergar a luz da lanterna do motorista.

Carla ficou olhando para o feixe de luz, até que ele, de repente, sumiu. Ela assustou-se. Não se via mais nada, e o clima lá fora dava um ar muito sombrio, que contrastava com a bagunça de dentro do ônibus. Clara começou a ficar angustiada. 

Então o motorista entrou rapidamente, a assustando. Ele falou, muito cansado:

- Preciso da ajuda de alguém. Um dos professores pode vir comigo?

O professor Pedro então foi. Como ninguém fora preparado para passar a noite em algum lugar, ele usou como lanterna o próprio celular.

Então os alunos esperaram, assim como Clara. No começo, a bagunça tinha tomado conta. Porém ela foi diminuindo, e diminuindo, até que em certo ponto alguém questionou sobre o professor e o motorista. Os alunos do fundo, cansados e mais calmos, resolveram olhar pela janela, mas não viram nenhuma luz.

- Fiquem aqui, irei olhar. - A professora Carmen disse.

Ela saiu. Clara era muito medrosa, e estava angustiada. Queria que estivesse enganada sobre o pressentimento que ela sentia. Mas não estava.

A professora entrou apavorada. 

- Eles não estão lá. - Ela disse tentando manter o controle na sua voz, sem sucesso.

Os alunos começaram a ficar com medo. Então o motor do ônibus começou a falhar. De repente, as luzes apagaram-se e o motor apagou.

Gritos assustados, gente pulando e muito medo tomou conta de todos. Porém, dessa vez, a professora foi enérgica e soube acalmar a todos rapidamente, com a ajuda de alguns dos alunos.

- Vamos esperar mais um pouco. Talvez eles tenham ido buscar ajuda. - A professora disse.

- E nos largaram aqui?

- Vamos ligar para nossos pais. - Alguém gritou.

- Estou sem sinal.

- Eu também. - O pavor começou a tomar conta de todos novamente. 

- Fiquem calmos! - A professora tentou se manter firme. - Vou descer novamente e olhar melhor.

Apesar dos protestos da turma, ela desceu de novo. Alguns minutos depois, que pareceram horas para os alunos, ela voltou. Estava com uma cara pensativa e a lanterna do motorista na mão.

- Estranho. - Ela disse. - As ferramentas estão todas lá. Inclusive a lanterna.

- E se algo aconteceu com eles? - Alguém começou a entrar em desespero.

- Se acalmem, eu já disse. Nada aconteceu com eles. Eu garanto para vocês. - A professora olhou pela janela. - Acho que nós devemos seguir a estrada em busca de ajuda.

- Nem pensar profe! - Uma das colegas de Clara gritou. - É mais seguro aqui!

Alguns apoiaram aquela ideia. Novamente, a professora teve que ser mais enérgica. 

- Pensem bem, se estamos sem sinal aqui e precisamos de ajuda, provavelmente encontraremos algo mais para frente.

Após mais alguns minutos discutindo isso, resolveram aceitar a ideia da professora. 

A noite estava escura como nunca. A lua não aparecia, e as estrelas também não. Clara andava com outra amiga sua, Samanta. As duas estavam muito assustadas. Aliás, todos estavam assustados. O único som que se ouvia era o dos passos e os da natureza que os cercavam. Visto de longe, todas aquelas crianças com celulares pareciam pontos de luz no meio da noite. Todos tentando iluminar uma parte que seja do caminho.

Em determinado momento, avistaram uma casa. O mato a cercava, e a grama já estava alta. Ela aparentava ser abandonada. Em todo caso, a turma resolveu ir até lá. 

Quando se aproximaram, constataram que realmente não havia ninguém morando lá fazia tempo. Em meio a desapontamento e medo, Clara olhou para o chão, desolada. 

Nesse momento, ela encontrou um celular. Pegou ele nas suas mãos, e percebeu que estava ligado. Era o celular do professor que havia sumido. A tela mostrava um vídeo feito pelo professor, e indicava que era recente. Clara chamou Samanta para ver.

O vídeo mostrava o professor deles se filmando. Apenas o rosto aparecia, iluminado pela tela do celular, e mais nada além da escuridão. Ele aparentava estar correndo desesperadamente. 

- Se... de alguma forma... alguém... quem quer que seja.... achar isso.... - Ele mal conseguia falar. - Busque ajuda e..... não... pare de correr!

E então a imagem era brutalmente arremessada de lado e o celular caia na grama. Logo depois, ouvia-se um grito, provavelmente do professor, e o vídeo se encerrava.

As meninas paralisaram. O que era aquilo? O que tinha acontecido com o professor. Resolveram mostrar para a professora. Logo, todos os alunos estavam reunidos querendo ver o tal vídeo. 

Assim que terminaram de assistir, eles ficaram parados. Ninguém sabia se chorava, gritava, ou fazia silêncio e corria. Até que um dos alunos falou para a professora:

- Pause o vídeo no momento que ele está caindo. Acho que vi alguma coisa.

A professora pausou o vídeo. A imagem representava a mesma casa. Mas, ao fundo, não muito nítido, parecia haver uma pessoa na porta.

Quando os alunos viram isso, olharam exatamente para o mesmo lugar. Nesse momento, um vento frio e muito forte passou por todos eles. De repente, eles não conseguiam enxergar mais. E então ele cessou, assim como chegou.

E então Clara olhou para os lados. 


Ela estava sozinha.

(continua...)

6 comentários:

  1. Interessante... bem semelhante a um filme de terror cliché...

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    1. Sério? ;-; Pelo menos espero que tenha ficado boa.

      Essa creepy foi baseada em um sonho meu '-'.

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  2. o jeito q você narra seus contos, possibilita imaginar a sequencia e cada detalhe do q vai acontecendo, dando a impressão q se está assistindo a história, parabéns !

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    1. Muito obrigado Felipe!
      Comentários assim me fazem querer continuar escrevendo. Valeu mesmo! :D

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