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quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Terror Está Ao Seu Lado [05] - Sobre Quem Vai e Quem Volta



"Afinal, o que estava acontecendo?!"

Kevin parou na nossa frente, com aquele sorriso estranho. Agora eu via que ele possuía dentes pontiagudos, como um monstro. Seu sorriso parecia de um cachorro rosnando, mas sua expressão não demonstrava isso.



Já fazia uma semana desde que ele tinha vindo parar em nossas vidas. E fazia uma semana que vimos ele pela última vez.

Ele falou muitas coisas. Disse que, no momento que recebemos aquela caixa estranha de encomenda, recebemos a "visão real". Agora iríamos ser capazes de ver, ouvir e interagir com criaturas e seres que lutam para mostrar que existem.

Eu não acredito.

Nós devemos ter sido drogados, esse tal de Kevin deve ser um louco marginal, e deve ter contado com a ajuda de um cachorro grande e uma amiga maquiada. 

Nossa! Não creio que caímos em um truque tão estúpido assim.

Durante a semana que passou, revisei a casa. Vi se não tinha nada faltando. Ele sumiu, e levou junto seus amigos idiotas. 

Minha mulher ainda está muito assustada. Não conseguia ficar sozinha, fazer a comida, e muito menos ir para o andar de cima. Isso era complicado, já que ela não ia de jeito nenhum pro banheiro, e isso já estava se tornando um grande problema. Pedi ajuda para a mãe dela, e a deixei no meio da semana. Vou lá visitá-la todos os dias, mas, apesar da melhora, ela não parece disposta a voltar tão cedo.

Já a minha filha está normal. Eu nunca sei o que se passa na cabeça desses adolescentes. Mas, pelo o que eu vejo, ela parece aflita com alguma coisa.

Então, uma semana e meia depois, eu tinha recém voltado para casa, e estava comendo qualquer porcaria de fast-food com minha filha, quando ela falou:

- Pai, quando a mãe volta?

- Eu não sei. Aquelas crianças deviam ser presas. 

Depois de um curto período em silêncio, ela disse:

- Não aguento mais comer essa gororoba. 

- Nem eu. - Suspirei.

- Pai, tem certeza que Kevin nos queria mal? Porque, veja, ele ajudou a gente e...

- Filha, aquele rapaz deveria ser preso. Ou, no mínimo, internado num hospício. Foi ele que fez isso com sua mãe.

- Eu não gosto de hospícios. - Uma voz diferente surgiu na mesa de jantar.

Era aquele rapaz. Ele apareceu do nada. 

- Mas o que é isso?! - Dei um pulo da cadeira.

- Sabe, alguns hospícios possuem seres morando lá. Você tem que fazer as perguntas certas e receber as respostas certas. Um lance de portadores e tal, algo bem complicado para quem não conhece.

Clara não falava nada. Eu já estava bufando.

- O que você está fazendo aqui? Isso é invasão de domicílio! Saia daqui senão vou chamar a polícia!

- Pode chamar. Eles não vão entender nada. - Ele falava sorrindo, 

Isso me enfureceu.

- Ora seu...! - Pulei em cima dele, mas cai em cima de uma cadeira vazia.

Atrás de mim, ouvi ele falar:

- Olé!

Levantei rapidamente.

- Mas como...?

- Não, mas é sério agora, você tem que se acalmar.

Não ouvi ele. Cerrei os punhos e dei um soco na sua direção. Acertei o vento.

- Hey, aqui atrás! - Ele estava sentado em cima da pia da cozinha.

Olhei para ele, atônito e um pouco assustado.

- Mas, o que é você?

- Não sou o Noturno, pode ter certeza. - E riu.

- Fomos drogados de novo. - Falei, colocando a mão na cabeça.

- Vocês não foram drogados. Só estavam sobre minha proteção por um tempo. Achei que seria bom para vocês, mas agora vejo que adiantou muito.

- Eu...vou ligar pra polícia. 

- Você não vai conseguir. - Ele falou, confiante. - Não quando ELE está por perto.

Clara perguntou, enquanto eu digitava o número no celular.

- Ele? Ele quem? 

Ele apontou para atrás de nós. Clara, olhou antes e me chamou.

- Pai...

- Espera filha, tô ligando aqui.

- Pai...

- Droga! Sem sinal! 

- Ei, olha aqui...

- Mas o que você quer?! - E virei para onde ela olhava.

Um homem alto e esguio, trajando vestes escuras, um colar de dentes humanos, um cutelo que pingava sangue no carpete da sala, e uma máscara sem aberturas, preta e com vários respingos de sangue, estava lá, parado, nos encarando.

Após alguns segundos sem ninguém se mover, Kevin quebrou o silêncio.

- Era sobre ele que eu estava falando.

Então aquele homem começou a vir na nossa direção rapidamente.

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6 comentários:

  1. Caralho velho esse conto tá muuuuuuuuito foda, a citação dos portadores, foi uma boa tirada,to curtindo muito continue por favor valeu? Abraço!

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    Respostas
    1. Eu espero trazer coisas ainda melhores ^^
      Obrigado por acompanhar! ^^

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