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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

John Harpe - O Assassino dos Espelhos


Eu estava aflito e ao mesmo tempo entusiasmado, era uma sensação estranha, mas me lembrei que já havia a seguido por bastante tempo, já estávamos próximos ao seu carro, eu estava escondido atrás de uns arbustos quando saí discretamente enquanto ela estava distraída ligando o carro. Quando me aproximei reparei uma estranha mudança em sua expressão, parecia assustada, mas e claro o motivo. Me aproximei do carro como se fosse pedir alguma informação, ela estava abaixando o vidro do carro quando eu saquei um caco de vidro do meu bolso, ela percebeu aquele movimento estranho e rapidamente abriu a porta do carro, que bateu em meu peito me atordoando, ela tentou fugir.. tentou, eu consegui alcançar seu braço e imobilizei, tendo minha vítima em minhas mãos tudo que eu fiz foi.... 


“Perdão, acho que comecei a história da metade errada certo? Não é educado fazer isso, vou começar do início.”


Meu nome é James Harpe, nasci e fui criado na cidade de Orlando na flórida em 1942. Sou mestiço, filho de um espanhol com uma americana, vivi em uma família de classe média, e como em toda boa família de classe média, nunca me faltou nada. 

O que eu quero lhe contar aqui é algo mais complexo que uma simples história de uma família infeliz, com uma criança infeliz, com um gato infeliz, em uma cidade infeliz. Eu quero contar sobre uma condição minha, uma espécie de psicopatia, que rendeu a morte de aproximadamente 20 pessoas. Meu estranho caso de psicopatia...

Desde muito cedo, eu tive um fascino estranho por espelhos, eu adorava o modo como todos os seus gestos são refletidos nele, você não pode escapar ao menos que saia da frente dele. E como um espelho eu gostava de imitar tudo, coisas do tipo; imitar o andado da mamãe, o jeito de amarrar os sapatos do papai... Com o tempo eu passei a “conversar” com o espelho, eu me sentava na frente dele e começava a falar coisas, como se fosse um amigo imaginário sabe? Parecia algo de criança, um amigo imaginário, uma brincadeira de imitar...

Com o tempo, fui tendo delírios mais e mais profundos, já começava a deixar vestígios de uma possível doença mental. Minha mãe me escutava conversar sobre assuntos proibidos, matar e vontade de morrer, mas aquilo não era o suficiente, eu sentia vontade de infringir minha dor nos outros. Consegue entender? O mundo é podre, e eu não gosto de ninguém.. Embora eu imitasse os outros para tentar ‘ME’ esquecer, quando eu enjoava de imitar aquela pessoa eu simplesmente a eliminava. Passei anos da minha vida assim.

Meu primeiro assassinato foi aos 17 anos, havia uma garota em minha escola que me chamou a atenção, eu comecei a segui-la e criar laços de amizade, e com o tempo adotei aspectos semelhantes a mesma. Depois de alguns meses percebi o quanto ela era podre e suja, do tipo que... Para mim ela não prestava. Era extrovertida demais, bebia demais.. Então decidi matá-la, sem deixar vestígios é claro, de acordo com a investigadora, a garota chegou em casa embriagada e se acidentou com o espelho do seu quarto, cortando seus pulsos e pescoço, sangrando até a morte. 

Após o divórcio dos meus pais, eu morei com meu pai durante um tempo, e conheci algo muito peculiar a respeito do meu pai, enquanto o imitava eu percebi que ele era um homem arrogante e temperamental... Isso me irrita, não demorou muito até que ele sofreu do mesmo destino dos outros. Eu, estranhamente, me sentia alguém que veio para purificar o mundo, alguém que tinha a cara e a coragem de eliminar as pessoas idiotas da face da terra, eu tinha coragem para fazer isso.... “Deus, eu sou completamente louco!!”

Com o passar do tempo, mais e mais pessoas foram desaparecendo, era algo difícil para a policia rastrear pois não haviam idades, etnias ou locais em comum que meus assassinatos tinham que poderia chamar a atenção, era tudo muito aleatório, até parecia um caso de uma história de terror. Tudo que eu fazia era me aproximar sociamente a pessoa e me adaptar a ela como um espelho, depois disso eu a levava para um local seguro e a esfaqueava com cacos de vidro de espelho. Só isso.

Quando percebi que tudo estava sendo levado para um lado obvio, que eu poderia ser pego a qualquer momento, decidi me afastar, me mudar de volta para cidade de Orlando, onde talvez eu não fosse “descoberto” facilmente. 

Me estabelecer foi bem simples, montei um pequeno comércio na cidade que atraia uma clientela boa, morava a um ou dois quarteirões de distância da loja, consegui me manter bem... Durante um tempo, pois nada que é bom dura para sempre. 

Eu tinha uma empregada, uma mulher que limpava minha casa as vezes quando eu não tinha tempo de fazê-lo, certo dia estava eu, sentado na minha cama ouvindo vozes que ficavam cada vez mais altas e presentes, peculiarmente eu tinha um espelho no meu quarto, levantei da cama e tentando me livrar das vozes, eu não podia me dar ao luxo de voltar a matar tão cedo, peguei uma cadeira que estava próxima e arremessei no espelho, fazendo um barulho que pode ser ouvido até pelos vizinhos. Só que, obviamente, quando você está delirando o barulho é a ultima coisa que passa pela sua cabeça. 

Minha empregada preocupada veio logo ao meu quarto perguntando se eu estava bem, alguns cacos de vidro que voaram do espelho me arranharam no rosto e braço, mas eu não liguei, eu simplesmente achei que minha empregada não deveria ter aberto a porta naquele momento tão... Íntimo. Peguei alguns dos cacos de vidro, segurei o braço dela e a esfaqueei no pescoço, um corte preciso e ela já estava pronta para conhecer a morte. 

Como eu havia dito, o barulho pode ser ouvido até pelos meus vizinhos, como o sol já estava prestes a se por algo deve ter passado na cabeça deles dizendo que seria uma ótima idéia chamar a policia para averiguar. Não demorei mais de alguns minutos, saí de minha casa e parti viagem para qualquer outro lugar. No fundo, sabia que estava condenado, meu sangue, minhas digitais... saliva, tudo estava naquele local, só um idiota não perceberia.

Eu estava dirigindo a horas numa estrada meio vazia, cheguei próximo a uma cidadezinha onde parei para pedir informações, não enrolei muito e parti viagem mais uma vez... Até chegar em Palm Coast, onde me deparei com uma bonita garota, e meus instintos soaram mais uma vez.. Eu não sabia se me sentia mal ou bem por aquilo, só sei que me aproximei dela... mais um pouco e.. Depois de alguns dias eu me encontrei a seguindo até sua casa.


“E é aqui que voltamos ao “início” da história.”


Eu estava aflito e ao mesmo tempo entusiasmado, era uma sensação estranha, mas me lembrei que já havia a seguido por bastante tempo, já estávamos próximos ao seu carro, eu estava escondido atrás de uns arbustos quando saí discretamente enquanto ela estava distraída ligando o carro. Quando me aproximei reparei uma estranha mudança em sua expressão, parecia assustada, mas e claro o motivo. Me aproximei do carro como se fosse pedir alguma informação, ela estava abaixando o vidro do carro quando eu saquei um caco de vidro do meu bolso, ela percebeu aquele movimento estranho e rapidamente abriu a porta do carro, que bateu em meu peito me atordoando, ela tentou fugir.. tentou, eu consegui alcançar seu braço e imobilizei, tendo minha vítima em minhas mãos tudo que eu fiz foi... Um tiro.

Um policial apareceu bem na hora e vendo a ação, me deu um tiro que me atingiu no ombro, a garota conseguiu escapar, e quanto a mim... Fui reconhecido e acusado de homicídio. O engraçado é que na minha ficha criminal só constava um homicídio, quando na verdade foram mais de vinte, mas é claro, me mantive calado. 

Eu sou diagnosticado com crises de Psicopatia e Esquizofrenia, e acho que na cabeça do juiz e de todo aquele pessoal baba ovo, a melhor opção era me internar em um asilo mental que na época ainda era chamado de Edwards Hospital em Tallahasse na flórida, hoje é mais popularmente conhecido como o Hospital Sunland.

Era tudo tão estranho, tinha um cara que ficava batendo a cabeça contra a parede, outro que falava com espíritos do cosmo, eu realmente me senti um cara normal lá dentro... Se é que me entende.

Com o passar dos meses fui me tornando mais e mais acostumado ao local, tinha um segurança que era estranhamente parecido comigo, cabelo da mesma cor, olhos... Até as feições do rosto lembravam um pouco, decidi então que ele seria minha próxima vitima, e não era tão difícil assim.

Ele sempre passava pelo meu quarto lá pelas uma e vinte, ou uma e meia, não ligava a luz do corredor porque isso poderia assustar os outros... hóspedes, e acredite em mim quando digo que você NÃO quer assustá-los. 

Havia um pequeno espelho na parede do meu quarto, quando ele passou lá perto a primeira coisa que fiz foi quebrá-lo, fazendo barulho suficiente para acordar os outros, o que assustou um pouco o segurança, gritei por ajuda e quando ele abriu a porta para averiguar a situação, eu o matei, rapidamente, que tolo... Devia ser novato, tão jovem.

Olhei em seus bolsos e achei um punhado de chaves, uma delas deveria me levar até a saída desse maldito asilo, andei pelo corredor escuro, sem medo dos outros seguranças me notarem, pois para mim eu já estava... “Livre denovo.”



“Adoro contar histórias que tem um final em aberto, não vou revelar o que aconteceu a mim depois que saí daqueles corredores medonhos... Meu nome é John Harpe, e essa é minha história...


E ae galerinha do medo...aqui quem fala é o Vasca, o Elrock não deixou um final correto? queremos saber de vocês qual seria o final perfeito?

lpsablog@gmail.com......Manda pra gente, quem sabe seu final não aparece no blog
Stay Scary......

4 comentários:

  1. E ae galerinha do medo...aqui quem fala é o Vasca o Elrock não deixou um final correto? queremos saber de vocês qual seria o final perfeito?

    lpsablog@gmail.com......Manda pra gente quem sabe seu final não aparece no blog
    Stay Scary

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  2. Gostei muito. Em alguns trechos me lembrou o Raito Yagami.
    Bem, não faço a menor ideia de como dar um final pra essa estoria rsrsrs (mente ocupada demais)

    PS: Achei que o blog pararia de vez com tantos dias sem posts -_-

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    1. rodrigo me desculpa mesmo pelos dias sem post assim como voce acabamos nos ocupando muito mais estamos voltando ao normal sempre que quiser tem nosso email estamos a disposição

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    2. se quiser tentar um final fique a vontade

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