Kill Me - Capítulo 1: "Satisfação"
- Publicado por:
- Laura Tude
O título, não muito criativo, admito, mas eu precisava de um título, é "Kill Me", em homenagem a música do The Pretty Reckless que eu estava ouvindo quando veio a inspiração. Vou postar aqui o primeiro capítulo, bem curtinho, que é praticamente uma introdução. Já estou no sétimo e posso continuar postando aqui se vcs gostarem.
"Lilith saiu daquela sensação entorpecida com a qual sempre
ficava após se alimentar. O vermelho que preenchia sua visão foi desbotando até
ela ser capaz de enxergar claramente e perceber a situação na qual se
encontrava.
– Merda - ela xingou baixinho, tratando de levantar-se da
calçada ensanguentada antes que manchasse mais seu impecável vestido negro.
Enquanto penteava com os dedos os cabelos escarlate, ela olhou de relance para
o rapaz azarado cuja vida havia acabado de arrebatar. Seus olhos opacos ainda a
encaravam, arregalados.
Ela esboçou um sorriso enquanto se ajoelhava ao lado dele e
enchia uma garrafa de vinho com o que restara de seu sangue. Esse até que era
bonitinho. Ela teria se divertido com ele antes se não estivesse tão faminta.
Ela havia se acostumado a matar, mas ainda restava um pouco de misericórdia em
seu ser, de forma que ela se sentiu compelida a providenciar um enterro decente
para aquele pobre jovem. Sem esforço, a súcubo ruiva tomou o cadáver nos braços
e o carregou para longe, movendo-se com uma rapidez sobre-humana.
Lilith caminhava calmamente pela beira da estrada, após
terminar seu serviço macabro em um terreno baldio ali por perto. Poderia voltar
para casa da sua própria maneira, mas estava exausta e ansiava por uma siesta.
E tinha certeza de que o taxista não estranharia o fato de que ela estava
coberta com o sangue ainda fresco de sua última refeição, e havia estragado a
manicure de suas mãos cavando uma cova com as unhas semelhantes a garras.
Era início de madrugada e não haviam muitos taxis passando
por aquele local isolado no meio do nada, mas após alguns minutos de espera
impaciente um taxi respondeu ao seu sinal. O motorista a encarou através do
vidro fosco e pareceu hesitar por um segundo. Lilith olhou fixo nos olhos
castanhos do homem, que em seguida estavam completamente negros.
Ela era uma
autêntica predadora e estava entre suas habilidades a capacidade de hipnotizar
uma presa. Ela sorriu enquanto entrava no veículo. Não precisaria nem pagar.
Disse qual era seu destino e o taxista assentiu, encarando fixamente a estrada
sombria que se estendia diante deles. Normalmente ele teria questionado, afinal
o endereço pertencia a um local supostamente abandonado. Mas ele apenas
dirigiu, sem pronunciar uma palavra sequer. Lilith se recostou no banco de
passageiro e fechou os olhos, acabada porém satisfeita."
Bem interessante
ResponderExcluirGostei esperando a continuação!
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