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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Kill Me - Capítulo 1: "Satisfação"



Hey, sacos de fluído. Aqui é a Misa Mei. Eu queria comentar que eu não escrevo só contos. No momento, estou trabalhando no que pode se tornar um livro inteiro, dividido em pequenos capítulos. É sobre vampiros (mais propriamente, sucubos e incubos) que vivem em sociedade e cultuam demônios.

 O título, não muito criativo, admito, mas eu precisava de um  título, é "Kill Me", em homenagem a música do The Pretty Reckless que eu estava ouvindo quando veio a inspiração. Vou postar aqui o primeiro capítulo, bem curtinho, que é praticamente uma introdução. Já estou no sétimo e posso continuar postando aqui se vcs gostarem.

"Lilith saiu daquela sensação entorpecida com a qual sempre ficava após se alimentar. O vermelho que preenchia sua visão foi desbotando até ela ser capaz de enxergar claramente e perceber a situação na qual se encontrava.

– Merda - ela xingou baixinho, tratando de levantar-se da calçada ensanguentada antes que manchasse mais seu impecável vestido negro. Enquanto penteava com os dedos os cabelos escarlate, ela olhou de relance para o rapaz azarado cuja vida havia acabado de arrebatar. Seus olhos opacos ainda a encaravam, arregalados.

Ela esboçou um sorriso enquanto se ajoelhava ao lado dele e enchia uma garrafa de vinho com o que restara de seu sangue. Esse até que era bonitinho. Ela teria se divertido com ele antes se não estivesse tão faminta. Ela havia se acostumado a matar, mas ainda restava um pouco de misericórdia em seu ser, de forma que ela se sentiu compelida a providenciar um enterro decente para aquele pobre jovem. Sem esforço, a súcubo ruiva tomou o cadáver nos braços e o carregou para longe, movendo-se com uma rapidez sobre-humana.

Lilith caminhava calmamente pela beira da estrada, após terminar seu serviço macabro em um terreno baldio ali por perto. Poderia voltar para casa da sua própria maneira, mas estava exausta e ansiava por uma siesta. E tinha certeza de que o taxista não estranharia o fato de que ela estava coberta com o sangue ainda fresco de sua última refeição, e havia estragado a manicure de suas mãos cavando uma cova com as unhas semelhantes a garras.


Era início de madrugada e não haviam muitos taxis passando por aquele local isolado no meio do nada, mas após alguns minutos de espera impaciente um taxi respondeu ao seu sinal. O motorista a encarou através do vidro fosco e pareceu hesitar por um segundo. Lilith olhou fixo nos olhos castanhos do homem, que em seguida estavam completamente negros.

 Ela era uma autêntica predadora e estava entre suas habilidades a capacidade de hipnotizar uma presa. Ela sorriu enquanto entrava no veículo. Não precisaria nem pagar. Disse qual era seu destino e o taxista assentiu, encarando fixamente a estrada sombria que se estendia diante deles. Normalmente ele teria questionado, afinal o endereço pertencia a um local supostamente abandonado. Mas ele apenas dirigiu, sem pronunciar uma palavra sequer. Lilith se recostou no banco de passageiro e fechou os olhos, acabada porém satisfeita."

2 comentários:

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