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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Relatos - Parte 14 - Sonhos Podem Ser Reais?


Quando dobramos o corredor e vimos aquele ser enorme nos esperando, foi como tomar um soco na cara. Ficamos atordoados e sem saber o que fazer. O monstro nos olhou e ergueu-se assustadoramente. Quando ele ia dar o bote, Guilherme agiu e jogou algo naquilo. A criatura se contorceu e seus olhos sumiram junto com seu corpo escuro na escuridão. 


- Vamos! Ligeiro! - Guilherme bateu nas minhas costas e começou a correr por outro lugar. Fui logo atrás dele.

- Aonde vamos? O caminho não é esse aí? - Falei.

- Eu sei de todos os caminhos por aqui. Isso aqui parece um labirinto. Vários caminhos levam ao mesmo lugar. E... Eu sei onde vamos encontrar aquele garota.

Olhei para ele, confuso. Eu sei que deveríamos deter tudo aquilo. Mas estava acontecendo rápido demais para mim. Tudo ainda parecia muito surreal.

- Vem, mantenha-se em silêncio e me siga.

Caminhamos um bom tempo sem mais surpresas. Então, em determinado corredor, ele parou, deu um grande suspiro, virou-se para mim e disse:

- É isso aí. Quando virarmos nesse corredor, daremos de cara com a sala dela. Assim que entrarmos lá, - Ele me mostrou alguns líquidos e uma estranha estaca em formato de chave. - iremos ter que atacá-la da seguinte forma...

- Espera. - Interrompi. O medo tomava conta de mim. - Não sei se posso fazer isso. É tudo muito rápido para mim. Parece que estou sonhando.

- E talvez esteja. Mas não garante que não seja real. Vai por mim, eu aposto que quando terminarmos tudo isso você acordará em algum lugar pensando se isso tudo aconteceu mesmo. E aí eu vou te procurar para te lembrar disso. - Ele deu um sorriso.

Tentei consentir, mas apenas abaixei a cabeça. Não sabia no que pensar. No que acreditar.

- Agora devemos agir. Eles sabem que estamos aqui. E farejam o medo. Devemos tomar atitude e...

Ele parou de falar. Levantei a cabeça para ver o que estava acontecendo. Ele estava me olhando, com os olhos vidrados e esbugalhados. 

- Guilherme? Tudo bem com você?

Ele deu um pequeno solavanco em si mesmo, e caiu lentamente de cara no chão. Atrás dele, para o meu desespero, uma garotinha com um sorriso maligno segurava o coração de Guilherme nas mãos. Ela o levou para sua boca, e deu uma grande e lenta lambida.

Senti meu estômago revirar. E quase vomitei quando ela abocanhou totalmente o coração, fazendo espirrar sangue por todos os lados, inclusive no meu rosto. 

Então ela abriu a mandíbula de forma horrível e veio para cima de mim. Eu fechei os olhos. E ouvi um grito assustador de desespero logo depois, vindo dela. Quando abri os olhos, vi que ela tinha posto as mãos nos líquidos que haviam vazado dos vidros que Guilherme carregava no corpo. A mão dela queimava em cima daquilo, como se fosse ácido. Ela, então, deu um pulo para trás e ficou gritando e olhando para ambas as mãos, em uma forma grotesca de pavor e dor. 

Eu, finalmente, superei o medo e agi. Girei o corpo de Guilherme e peguei alguns frascos ainda intactos. Além daquele estranha estaca.

Levantei e dobrei o corredor. Porém parei no mesmo instante, não acreditando no que eu via bem na minha frente.

Me encarando, todas aquelas criaturas estavam lá.

2 comentários:

  1. Cara essa serie ta muito boa parabens mano eu estou ansioso pelo poximo e lembrese go to sleep

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    Respostas
    1. KKKK.
      Muito obrigado por acompanhar a série e deixar seus comentários. Isso faz com que eu me anime ^^
      Pode ser que essa seja a última temporada. Vou ver depois com pesquisas e tal,z, e aí eu vejo direitinho se eu continuo, crio "spin-offs" (histórias curtas seguindo outra linha de tempo) ou encerro de vez a série Pergaminhos da Morte.
      Abraços.

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