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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Fim do Ensino Médio


Era fim de ano, toda a turma estava entrando de férias, e todos combinaram de fazer uma viagem a uma colônia de férias, em uma cidade próxima, para comemorar o fim do Ensino Médio.

Alugamos uma van para chegar até lá, e passamos o endereço ao motorista, que deu um pequeno sorriso ao ouvir o endereço, mas ninguém realmente ligou para isso. 


Todos nós nos acomodamos, e fomos conversando boa parte do caminho, até que tudo ficou escuro lá dentro. Estávamos passando por um túnel, e eu consegui ouvir alguns gritinhos das garotas, que provavelmente estavam sendo assediadas de alguma forma, e eu senti um arrepio percorrer minha espinha, uma sensação de que estávamos invadindo um lugar que não devíamos. A temperatura do ar despencou, como se o motorista estivesse dirigindo diretamente para um precipício.

Eu automaticamente me senti apavorada, olhei para os lados, tentando não gritar, e vi todos os meus colegas de classe paralisados. Não por medo, mas de forma estranha. Eles não estavam piscando, não estavam nem sequer respirando, estavam literalmente paralisados. Não sei se foi pelo ar, por medo, ou por algum outro motivo, mas eu desmaiei.

Eu acordei com um movimento brusco da van. Era noite, a viagem não deveria demorar tanto assim, eu estava tão confusa quanto todos meus colegas que também acordavam agora. Não podia ser coincidência todos dormirem ao mesmo tempo, mas a verdade era que eu não queria acreditar em algo sobrenatural e apenas tomei tudo o que havia acontecido antes como um pesadelo.


A van estava parada. Alguém com coragem maior que a minha se levantou do banco e foi olhar o que estava acontecendo, e ele gritou na mesma hora que chegou ao banco do motorista. Corri por reflexo até ele, e gritei também. O motorista estava em forma espectral, como um fantasma, e dava para ver o banco por trás dele. Ele sorria macabramente para nós, e ficando cada vez mais transparente, até sumir totalmente. Ele sumiu deixando um murmúrio em minha mente. "Você entrou na nossa casa". Olhei para o garoto ao meu lado, que fez um sinal para manter aquilo em segredo do resto da turma.

Decidimos sair todos da van, não faria bem para ninguém ficar ali. Demos uma desculpa que o motorista havia sumido, e por isso gritamos e talvez pela turma estar confusa eles acreditaram nisso, ou pelo menos fingiram acreditar. Estávamos parados bem em frente a uma escola abandonada. Pensamos que seria melhor ficarmos todos juntos, e em breve precisaríamos de comida, então decidimos entrar naquela escola e procurar por qualquer coisa.

Pensando bem, essa ideia foi estúpida.

A escola tinha um ar tão pesado quanto o do meu possível pesadelo, visitamos a maioria das salas, mas tudo estava vazio, e... Estranhamente arrumado, como se todos tivessem acabado de sair de lá. Chegamos a uma sala de aula que era um pouco maior, havia varias fileiras de cadeiras e de mesas, com uma mesa maior de frente para as outras, que deveria ser onde o professor ficava. A parede atrás dele tinha um enorme quadro negro, e tudo perfeitamente limpo.

Um outro colega da minha turma, que parecia estar bastante cansado, teve a genialidade de se sentar em uma das cadeiras, na qual ficou preso, como se amarras invisíveis o impedissem de sair de lá. Rimos, achando que era uma brincadeira, mas logo descobrimos que ele estava falando sério, e então tentamos ajudá-lo, sem sucesso algum. Prometemos a ele que sairíamos dali, buscaríamos ajuda e logo voltaríamos. Quando nos viramos para a porta, todos recuamos em um susto. Um homem alto, com uma maleta em sua mão direita, entrou na sala, andando diretamente para a mesa dos professores.

Nós estávamos todos paralisados pelo medo ou até mesmo por algum poder sobrenatural.  O "Professor" se sentou na cadeira de frente para a sala e nos olhou com olhos fixos e cansados. O rosto dele indicava que ele não queria fazer o que estava fazendo, mas tinha que continuar. Ele logo começou a falar sobre a escola. Eu não vou transcrever o que ele disse,  pois isso poderia afetar a sanidade da maioria das pessoas, irei apenas escrever a última frase que ele nos disse. "Suas existências serão apagadas". E todos desmaiamos após isso.


Não sei quanto tempo se passou, mas nós acordamos, e tentamos muitas vezes voltar para nossas famílias, mas, elas simplesmente não sabem quem nós somos. 


Ninguém se lembra de nós. 

6 comentários:

  1. Mas gente...
    Meu pesadelo pareceu uma coisa muito mais foda aí AEHEAHEHEAHEAHEAHEAHEAH
    Kamui, ficou foda, você tem uma escrita bem foda pra creepys -q
    ~Le dona do pesadelo retratado nessa creepy apperead~

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    1. KKK Ta aí a dona do pesadelo ^^
      Eu ajudei a revisar viu? '3'
      kkk Agora, concordo ctg. IKamu Sabe escrever creepys ^^

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    2. Revisou muito bem, eu também li o texto antes de ser postado e vi uns errinhos, mas deixei os caras fazerem o trabalho -q
      Cara, eu fiquei traumatizada com esse pesadelo.

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    3. KKKKK
      Nada como um bom pesadelo às vezes :3

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  2. Olá,
    eu sou da Rádio universitária da Metodista aqui de São Bernardo (Rádio Sônica), e aqui nós temos um programa em que dramatizamos contos de terror chamado: Contos da Meia noite, gostei bastante deste conto e gostaria de saber se tem algum email em que a gente possa conversar melhor pois gostaria de colocá-lo na programação. Qualquer coisa entre em contato com anaflaviaboin@gmail.com.
    Att.
    Ana Boin

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    1. Certo, entrarei em contato, caso precise me contatar, pode falar comigo pelo Skype, ou pelo e mail MateusCesar00@live.com (Se precisar do skype é o mesmo e-mail.)

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