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quinta-feira, 11 de julho de 2013

OS TRÊS BRUXOS PROFANOS


No séc. XVIII como todos sabem, pessoas foram condenadas e assassinadas pela Igreja, acusados de bruxaria. A Igreja fazia de tudo possível para encontrar os “supostos” bruxos e condená-los a forca.

Em meio a toda essa chacina vivia uma família cuja função na vila em que moravam era manter o cemitério local. Injustamente o casal foi acusado e morto pela igreja, deixando três filhos, Otelo o mais velho, Dário o irmão do meio e o caçula Abel.

Sem nenhuma esperança de futuro e furiosos pela morte dos pais, restou apenas aos irmãos continuar fazendo o que a sua família fazia há séculos, manter o cemitério.

Certa noite trabalhando até tarde para dar conta de enterrar os defuntos, os rapazes receberam uma visita. Um ser de olhos negros, rosto pálido e velho, longas vestes e chifres como os de um carneiro, os três irmão gelaram e ficaram imóveis perante tal criatura.

O Velho lhes fez uma proposta: “Eu sei sobre o que houve com seus pais. Sei que eles eram inocentes. E estou aqui para tornar o ódio que sentem nos seus humildes corações e força para que possam vingar a família e nunca mais ser rebaixado pelos seus senhores”.

Os três irmãos, tomados pela dor de perder seus pais, e queimando em ódio, não hesitaram.

Os três fizeram um pacto de sangue com o Velho. O Velho daria aos irmãos o que quisessem, mas em troca, cada um receberia uma missão e cada missão ia estabelecer o poder dos três futuros bruxos.

Dário pediu o dom de controlar a mente e os sentimentos, mas para isso deveria profanar 100 tumbas e retirar do corpo morto o coração e o cérebro e os entregar como oferenda ao demônio.

Otelo pensando em vingança banhada em sangue pediu que tivesse força, vitalidade e energia sobre-humanas para que ele sozinho fosse capaz de derrotar um exercito. Então o “generoso” satanás concedeu, mas teria que profanar 100 tumbas e saciar-se de 100 corpos.

Abel ainda era muito novo, tinha apenas 15 anos, e em sua imaginação somente algo mágico poderia derrotar o grande império da igreja, sendo assim pediu a magia, algo que pudesse controlar os céus e os mares que fizesse gelo do fogo e fogo do gelo. Com um sorriso sarcástico a criatura apenas sussurrou em seu ouvido a missão que deveria cumprir.

A força dos dois irmãos mais velhos foi aumentando gradualmente, logo perceberam que quanto mais força ou mais inteligência a pessoa morta tinha, maior seria a força e a sabedoria obtida, os dois passavam horas em cima de corpos pútridos e estripados, e Abel dedicava as suas horas a estudar, e às vezes, parecia insano para seus irmãos, era como se ele não tivesse mais na realidade, ou que sua mente já não estivesse mais sã.

Após um ano Otelo e Dário já tinham realizado os 100 rituais, mas estavam viciados em poder, só pensavam em mais e mais não havia mais corpos o suficiente para saciar a fome dos irmãos, sua fome de poder era tanta que tinham perdido o real propósito de terem feito um contrato com o diabo, e Abel já estava visivelmente louco, já não falava mais coisas coerentes, ficava só em casa.

Numa noite, Otelo e Dário chegam em casa e encontram um velho amigo, sentado em uma poltrona com as pernas cruzadas e um sorriso largo no rosto, o próprio diabo veio à casa dos três bruxos, mas ao tentar se aproximar perceberam que seus pés não podiam se mover, mal podiam se mexer, ao olharem no chão visualizaram algo nunca visto antes, estranhos símbolos e figuras pintados com sangue e, mais a frente na sala, estava um pequeno altar, de pé em frente o altar estava Abel.

- Por um ano resisti à loucura. Disse Abel. Um ano venho me preparando para esse grande dia, vendo vocês perdendo o propósito disso tudo, esquecendo do sofrimento que nos causaram. Mas agora chegou à hora, o que devo fazer?

Finalmente o diabo se levanta olha para Abél e pergunta se ele está acostumado a viver com a loucura, meio receado o irmão mais novo diz que sim. Então, já em frente aos dois outros irmãos, com a mão direita o diabo enfia-a no peito de Otelo que grita de dor e lhe arranca o coração, em sua mão e ainda pulsante o coração esguicha sangue por toda a parte. Com a outra mão, o Diabo segura à cabeça de Dário pressionando-a como se estivesse abrindo, criando um buraco grande o suficiente para arrancar o cérebro. O Velho vira para Abel e diz: Para se tornar o bruxo que queres deve se alimentar não só de força, mas também de sabedoria.

Sem acreditar no que presenciou, e sem controle sobre seu corpo, Abél, agora possuído pelo Diabo, come o cérebro e coração de seus irmãos. Abél sofre silenciosamente, sua consciência agora totalmente sã, a culpa ardendo em seu coração.


Desejara ele nunca ter aceitado o Pacto com o diabo, mas agora... É tarde demais. Sofre pela eternidade, não há como escapar, sua alma caiu em tentação e no inferno queimará.

Por: H-Liab.

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