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Criado em junho de 2013, Ler Pode Ser Assustador é uma família de colaboradores que tem como hobby escrever, traduzir e compartilhar histórias/creepypastas com seus visitantes. Com gênero voltado ao terror, o blog traz mais de Mil publicações, dentre elas: creepypastas, lendas urbanas, livros, séries, filmes, etc. O Blog é mais conhecido por seu trabalho com as traduções da série de creepypastas: The Holders (Os Portadores) e também por suas próprias séries, como: O Terror Está ao Seu Lado, Adote Um Demônio, Pergaminhos da Morte e Meu Pesadelo Acordou Para a Realidade.

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Onde Ler Pode Ser Assustador

Desde 2013

Publicações

A Rara Síndrome Que Faz o Homem Pensar Que Está Morto

Síndrome foi descrita pela primeira vez em 1880, pelo neurologista Jules Cotard.

002 - Posts Assustadores


Uma lista com as melhores publicações de nossos parceiros para um fim de semana ASSUSTADOR!

Manda Nudes


Nós nos conhecemos em um grupo no Whatsapp. Tudo começou inocentemente. Gostávamos de conversar sobre interesses em comum (livros, youtubers, musicas, etc). Mas depois de alguns dias nossas conversas se tornaram mais... picantes.

Eu prometo que vou poupar os detalhes. O ponto é, eu nunca tinha me envolvido em um relacionamento pela internet antes e foi emocionante. Um mistério nessa coisa toda me intrigava. Nós nunca tinha vistos qualquer foto um do outro e também nunca mandamos áudio.

Eu já tive muitos relacionamentos maravilhosos com mulheres no passado, mas para ser honesto, eu nunca teria sonhado em cortejar uma menina, a menos que eu ficasse atraído fisicamente por ela em primeiro lugar.

Ela nunca me disse seu verdadeiro nome, mas me pediu para chama-la de HoneyBee. Eu não me importava muito com a identidade. Naquela época eu já tinha uma namorada.

O nome dela era Melissa e nós já estávamos juntos há dois anos. Ela sempre foi muito boa para mim e certamente não merecia um namorado como eu que se envolvia emocionalmente com outras pessoas pela suas costas. Nosso relacionamento estava estagnado. Nós quase nunca fazíamos amor e eu sempre sentia um vazio dentro de mim. HoneyBee preenchia esse vazio e eu não me sinto mal por isso já que não havia nenhum contato físico entre nós.

As vezes agente até conversava online enquanto Melissa e eu estávamos no mesmo quarto. Eu sei que soa mal, mas as coisas simplesmente chegaram nesse ponto. Suponho que esse elemento extra de perigo ajudou a adicionar mais emoção ao nosso “caso”, e como eu disse antes, apenas emocionalmente. É impossível descrever os sentimentos que sentia quando ligava meu celular e via que tinha uma nova mensagem de Honeybee.

Foi em uma sexta feira a noite quando tudo aconteceu. Melissa viria aqui em casa para assistir um filme, o que normalmente significava dela adormecer no meu sofá enquanto eu conversava com Honeybee até de manhã. Tínhamos combinado dela estar aqui em casa as oito em ponto mas já eram nove da noite e ela ainda não tinha aparecido. Comecei a ficar um pouco preocupado. Eu podia estar de certa forma envolvido com outra mulher, mas eu ainda me importava profundamente com Melissa. Ela não estava respondendo minhas chamadas nem mensagens. Alguns instantes depois meu recebeu uma nova notificação. Era HoneyBee.

Honeybee: Aconteceu alguma coisa?
Eu: Nada, to bem, e você como está?

A mensagem de Honeybee me fez esquecer a ausência de Melissa.

HoneyBee: Pensando em mim?
Eu: Claro que sim, e você pensava em mim¿

Eu estaria mentindo pra você se eu não admitisse que estava esperando ouvir algo sexy de volta.

HoneyBee: Eu estava tentando imaginar como deve ser sua aparência.

Em todas nossas conversas anteriores, nunca conversamos sobre a minha aparência física. HoneyBee sabia quantos anos eu tinha, a cidade que eu morava, mas nenhuma vez ela mostrou interesse em minha aparência.

Eu: Você quer que eu me descreva pra você¿
HoneyBee: Melhor.... Me mande uma nude sua.

Eu: Você primeiro.
HoneyBee: kkk... ok

Alguns minutos se passaram até que eu recebi uma nova mensagem, era uma imagem. O sinal Wifi estava muito ruim, demorou um pouco para fazer o download da foto. Era uma foto de uma mulher em frente ao espelho, ela tirou com flash de propósito para não mostrar seu rosto, mas eu reconheço um traseiro feminino quando eu vejo um.

HoneyBee me enviou a foto da sua bunda gostosa.

HoneyBee: Você gostou?
Eu: Sim, pena que não da pra ver seu rosto.

HoneyBee: Primeiro eu tenho q saber se posso confiar em você, por isso me envie uma foto sua... mostrando seu rosto... seu corpo... e espero não ver nenhuma cueca. ;)

Eu peguei meu celular e corri para o banheiro. Eu não tinha certeza exatamente do que iria fazer. Eu nunca enviei nudes minha para uma mulher antes. Quebrei a cabeça tentando pensar qual seria o melhor ângulo para a foto. Eu deveria sorrir? Tentar um olhar de desinteressado? Meu pênis ereto? finalmente eu decidi tirar toda a roupa e tirar uma foto e envia-la antes que eu desistisse da ideia. Eu enviei a foto para HoneyBee e esperei por sua resposta.

HoneyBee: Hawt....... Bonito....... Grande.
Eu: Agora é sua vez de me enviar uma eim ;)

HoneyBee: kkkk... Ok

Trinta minutos se passaram e eu ainda não tinha uma resposta dela. Eu comecei a ficar autoconsciente. Talvez minha foto tenha acabado com o interesse que ela tinha por mim. Finalmente, depois de quase duas horas meu celular recebeu uma notificação. Era uma foto a pré visualização do Whatsapp não era muito claro, então já fui baixando a foto me preparando para uma ficar decepcionado talvez. Mas em vez disso, eu fiquei perplexo.

Era uma foto do pé de uma mulher – A parte do pé para ser mais preciso. A foto era um close que só mostrava o tornozelo. Eu estava prestes a enviar uma mensagem para HoneyBee, quando ela enviou outra foto. Desta vez era uma foto dos joelhos. No começo eu pensei que HoneyBee estava apenas me sacaneando, mas em seguida, mais fotos começaram a chegar: Coxas, Umbigo, Mãos tampando os seios, o cotovelo ao lado do pescoço, dedos molhados brincando na região pubiana.

Eu estava excitado, ansioso e ao mesmo tempo ficando um pouco desconfortável, especialmente quando a imagem seguinte carregou.

Era um ombro. Na parte superior tinha uma pequena verruga marrom – Uma que reconhecia. Melissa tinha uma verruga no mesmo local exato em seu ombro.

Eu comecei a entrar em pânico, será que eu tinha sido vitima de uma pegadinha muito bem elaborada por minha namorada¿ porque ela faria uma coisa dessas comigo? infelizmente esse medo foi se foi, logo que a imagem seguinte carregou. Digo infelizmente porque quando eu abri, eu teria dado qualquer coisas para que fosse uma brincadeira de Melissa.

Nessa nova foto, era o rosto de Melissa, mas algo não estava certo. Sua boca estava aberta, sua pele estava pálida e seus olhos pareciam sem vida. Outra imagem veio de um ângulo ligeiramente mais amplo. Impressões digitais roxas envolvidas em torno de seu pescoço como um colar. Alguém tinha a sufocado. Eu gritei na escuridão da minha sala sobrecarregado pelo terror. Algumas horas antes estávamos mandando mensagens uns aos outros, fazendo planos para assistir Orange is The New Black no NetFlix, e agora meu celular estava exibindo uma imagem de seu cadáver estrangulando. Eu chequei novamente o Whats. Mais uma nova foto estava sendo carregada.

Essa tinha um ângulo ainda maior. Melissa tinha sido despojada completamente nua, e estava deitada em um chão, parecia um chão de armazém, não tinha certeza.

Congelado eu só observava a tela enquanto uma lágrima se formava.

HoneyBee está escrevendo...

HoneyBee: Agora... Meu rosto

Depois dessas três palavras uma nova foto estava sendo baixada. Ela era louca o suficiente para me enviar uma foto de seu rosto depois de praticamente confessar ter matado minha namorada. Eu esperava o download da foto terminar para que eu fosse imediatamente para a policia. Eu abri o arquivo com um frio na barriga.

Eu estava realmente olhando para um rosto, mas não se parecia nada como uma pessoa. Com exceções de algumas manchas vermelhas aqui e ali a pele era branca como a neve. Alguns fios soltos de cabelos grisalhos pendiam do topo do que eu só posso supor que era a cabeça de Honeybee. Fora isso era completamente careca; um pequeno nariz arrebitado anormalmente elevada na face entre dois enormes olhos completamente brancos. Seus lábios finos eram esticados demasiadamente amplos revelando um sorriso maligno grotesco. A ausência de dentes era a parte que eu achei mais revoltante, embora as babas de saliva driblavam a atenção para aqueles lábios horríveis que fez meu estômago se revirar.

A testa de HoneyBee sobressaia para o exterior sobre seus olhos como um homem das cavernas. Eu não podia ter certeza por causa do ângulo que a foto foi tirada, mas eu acredito que não haviam ouvidos em sua cabeça. Seu pescoço esticava anormalmente e facilmente com o comprimento de pelos menos três vezes de uma pessoa normal e entortado bruscamente para esquerda.

Sentei-me na cadeira do computador com o coração quase saindo pela boca quando outra mensagem chegou.

HoneyBee: Então... Eu quero mais fotos suas.

HoneyBee: Não se preocupe...

HoneyBee: Eu já estou tão perto, que eu mesmo posso tirar.

Fonte: Sigma Terror

Eu te Amo

Estou aqui para falar sobre um assunto muito interessante mas que nunca recebeu ampla cobertura da mídia. Trata-se de uma série de assassinatos ocorridos em uma grande cidade de Ohio em 1962.


O primeiro desses assassinatos em série ocorreu em 20 de janeiro. Uma mulher foi encontrada num beco, em uma área "perigosa" da cidade. Ela foi escalpelada. Nem um fio de seus longos cabelos negros ficou para trás. Determinou-se que a causa da morte foi uma facada nas costas que atravessou seu coração. A única pista era um bilhete em sua boca, onde estava escrito "Eu a amava". Não havendo mais nenhuma pista, o caso não foi solucionado.

Em 3 de março, outro corpo foi encontrado. Uma mulher foi espancada até a morte, e o corpo estava em uma velha ferrovia não muito longe do centro da cidade. Ela estava bastante desfigurada. Era evidente que ela lutou para tentar escapar. Muitas de suas unhas haviam sumido, e seu crânio estava rachado por ter sido batido com força contra os trilhos. A parte mais perturbadora desse caso foi o fato de seus olhos azuis terem sido arrancados. Assim como no caso anterior, havia um bilhete em sua boca: "Eu a amava".

Em meados de julho, alguns adolescentes invadiram uma casa abandonada para poderem beber, mas a festa foi rapidamente encerrada quando eles encontraram o cadáver de uma mulher que foi assassinada nos fundos da casa. Seu coração havia sido literalmente arrancado do seu peito. Novamente, um bilhete com os mesmos escritos estava em sua boca, mas ainda não havia nada que auxiliasse no caso.

Quatro meses depois, a polícia tinha certeza que esses crimes haviam finalmente acabado, mas seu pensamento positivo foi cortado abruptamente quando uma outra vítima foi encontrada. Dois adolescentes invadiram uma fábrica abandonada e encontraram o cadáver de uma mulher; seu rosto havia sido removido. Ela foi esfaqueada diversas vezes no abdômen, e morreu devido a uma enorme perda de sangue. Mas, novamente, não havia nada além do mesmo bilhete.

O quinto e último assassinato ocorreu no primeiro dia de dezembro. Mas dessa vez, não havia um corpo. Apenas seus olhos, seu cabelo vermelho, um coração, seu rosto e o mesmo bilhete foram encontrados.

Em 2007 o assassino foi encontrado, mas não pôde ser preso.

O homem, agora um idoso, havia morrido de causas naturais. Meses após o ocorrido, seus filhos estavam limpando a casa para colocá-la à venda, quando encontraram um armário com um cadeado. Achando que não haveria nada além de armas ou documentos ali, eles arrombaram o cadeado. Apavorados, todos recuaram.

Uma mulher perfeitamente embalsamada. Ou melhor, diversas partes costuradas para formar uma nova mulher. Coladas na porta desse armário, haviam várias fotos que pareciam ser de seu pai na juventude com uma bela mulher da mesma idade. Ela tinha longos cabelos negros e olhos azuis... exatamente como a mulher que estava na frente deles - mas não parecia ser a mesma mulher. Alguns atributos eram semelhantes, mas não idênticos. Após um exame minucioso, uma frase foi encontrada em seus lábios.

"Eu te amo".

A Menina que Sempre Encara


Nota: 

Oi, gente! Aqui é a Laura e eu só queria pedir desculpas por não ter postado muito ultimamente. Faz um bom tempo desde a última vez em que eu postei uma creepy avulsa como essa. É que eu estava muito atrapalhada com a faculdade, não fiz nada além de estudar nas últimas semanas, mas agora estou de férias e vou ter bastante tempo livre. Que bom que o LPSA voltou à ativa e vocês não ficam sem atualizações na minha ausência.

  Eu tenho visto ela desde que eu me lembro. Não sei o nome dela porque ela não fala comigo. Mas ela sempre me seguiu, apenas me encarando. Quando eu era pequena, não notava muito sua presença. Às vezes eu a flagrava me observando de uma janela, mas não ligava muito para isso. Acho que eu era uma criança muito inocente. Quando cresci, ela se tornou bem mais aparente.

  A primeira vez em que eu realmente a notei foi quando eu tinha seis anos, durante uma aula de balé. Eu amava rodopiar! Eu girava de um lado para o outro, até meu coração parecer prestes a saltar do peito. Ela amava me ver dançando. Às vezes ela apenas ficava em pé no fundo da sala, me encarando. Eu não prestava muita atenção até que um dia, perto do fim da aula, eu a vi chorando. Ela simplesmente estava parada ali, em prantos. Tentei descobrir o motivo, mas então eu vi o talho enorme e sangrento na lateral da cabeça dela. Eu a olhei aterrorizada, sem saber o que fazer. Eu queria ajudá-la; ela estava sangrando muito. Ninguém mais a notava! Eu comecei a chorar. Estava assustada e triste e não sabia o que fazer. Ela apenas me encarava de volta, desesperada. Eu soluçava e gritava e tentava atrair a atenção da professora de balé, mas ela não ouvia. Apenas me disse para sentar, me acalmar e esperar até que minha mãe viesse me buscar. Foi então que eu percebi, ninguém além de mim podia ver aquela menina.

  Logo, eu a via em quase todo lugar para onde ia. Ao longo dos anos, passei a conhecê-la muito bem. Sabia dizer se ela estava feliz, triste ou com raiva apenas pela expressão em seu rosto. Acho que dá para dizer que nos tornamos muito boas amigas. Fazíamos tudo juntas! Fazíamos as mesmas coisas que a maioria das outras meninas. Adorávamos ir às compras juntas, maquiar uma à outra, e brincar de desfile de moda. Ficávamos acordadas até bem tarde, apenas conversando no meu quarto. Mesmo que ela não pudesse falar, sempre tivemos uma forma especial de nos comunicar. Eu simplesmente a entendia.

  Porém, quando eu tinha dezesseis anos, tudo mudou. Ela nunca estava feliz. Todas as noites que passávamos brincando e nos divertindo juntas chegaram a um fim. Às vezes, ela apenas ficava parada no meu quarto, chorando. Eu sabia que ela precisava de ajuda, mas o que eu poderia fazer? Ninguém mais sabia que ela estava ali. Por algum motivo, eu era a única pessoa com quem ela podia contar. Eu não sabia como ajudá-la, e acho que ela começou a ficar desapontada comigo. Ela não queria mais me ver. Eu tentava falar com ela, mas ela apenas suspirava e virava as costas.

 Percebi que a coisa estava ficando feia quando eu a vi, certo dia, me encarando através de uma vitrine de loja. Ela estava tão diferente da menina que eu conhecia; eu mal a reconheci! Seu cabelo outrora perfeitamente arrumado agora estava todo emaranhado e arruinado, ela tinha olheiras sob seus olhos injetados de sangue, e parecia exausta, terrivelmente triste. Eu apenas franzi o cenho para ela em simpatia, observando-a por um bom tempo até meu irmão perguntar o que eu estava olhando. Eu dei de ombros e tentei mudar de assunto, mostrando-lhe algum item da loja. A menina não me seguiu.

  Algumas semanas depois, ela veio até mim de noite enquanto eu preparava para dormir. Ela tinha uma aparência ainda pior. Não conseguia acreditar no quão rápido ela havia mudado. Ela estava muito pálida e trêmula, e as olheiras sob seus olhos estavam quase pretas. Ela não fazia nada além de me encarar com as mãos atrás das costas. Eu retribuí seu olhar, desejando de todo coração poder dizer algo, qualquer coisa que a fizesse se sentir melhor. Então, ela me mostrou seu braço. Estava coberto de cortes e arranhões, alguns antigos e alguns ainda levemente ensanguentados. Eu sabia pelo desespero em seus olhos que aquilo era sério. Ela precisava de ajuda, urgentemente.

  Eu fui ao hospital porque não sabia o que mais fazer. Mesmo que ninguém mais a pudesse ver, talvez eles pudessem me dizer como ajudar. Não puderam fazer nada no hospital, então fui direcionada a um outro médico. Disseram que ele era muito bom, que era o melhor no que fazia. Eu tinha uma consulta marcada com ele para o dia seguinte. Após conversar comigo por um tempo, ele disse que sabia como ajudá-la. Eu e ele traçamos um plano para que eu pudesse ajudá-la também. Melhor ainda, ele finalmente me disse o nome dela:

  Meu Reflexo.

Celular #16


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Conheça aqui mais histórias do gênero:

Celular #44
Celular #21
Celular #41
Celular #05
Celular #37
Celular #02

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Um som de várias palmas começou a tocar.

- Alô, mãe? Vou chegar atrasado em casa, essa chuva tá muito forte.

Havia um garoto com um moletom vermelho de capuz falando no telefone ao seu lado. Pedro ficou olhando para ele sem interesse por alguns instantes, e depois olhou para o céu. Após um longo dia de serviço, o tempo começou a desabar do nada. E justamente na hora da saída. 

Já estava ficando escuro e ele mal conseguia ver onde não havia iluminação. Então ele parou no abrigo de uma loja já fechada, e nisso chegou esse garoto. A cidade naqueles lugares não era muito convidativa, e Pedro colocou as mãos nos bolsos num instinto de segurança de suas coisas.

Mas seus pesamento foram dissipados quando o garoto ao seu lado começou a entrar em pânico:

- Calma mãe, calma! 

Pedro olhou intrigado. O garoto, com o olhar confuso, olhou para ele.

- Me ajude, por favor. - Pediu o garoto, com os olho cheios de lágrimas.

Vacilante, Pedro pegou o telefone mesmo assim.

- Alô? - Perguntou, desconfiado.

Apenas um chiado na resposta. 

- Ninguém responde...

Ele olhou para o garoto. Ele continuava com a mesma expressão.

Então Pedro tentou novamente, e como não havia resposta, ele foi andando procurando sinal. Em determinado momento, quando se virou e conseguiu sinal, ele ouviu uma mulher falando, com a voz rouca e pesada:

- Fuja...

Pedro assustou-se e afastou o celular. 

- Garoto, eu não sei se  consegui falar com a sua... - Pedro virava-se para falar com o menino, mas ele havia sumido.

Pedro teve uma sensação péssima, além de um medo estranho ter tomado o corpo dele. A chuva estava piorando, mas ele não queria ficar ali nem mais um momento. Ele simplesmente largou o telefone no chão e começou a ir embora, sem olhar pra trás.

Ele estava achando tudo estranho. Ficou pensando aonde tinha ido o garoto, e o motivo da voz. Quanto mais pensava mais tenso ele ficava. A todo instante ele achava que veria o garoto novamente, rindo pra ele. 

Estava escuro e não havia ninguém nas ruas. Os trovões eram esporádicos e fortes, mas os relâmpagos era claro e iluminavam as paisagens. Pedro tinha a sensação que se ele olhasse para o lado errado no momento errado, ele veria o garoto, oferecendo o celular.

Quando se deu conta, Pedro estava correndo. Mas não queria parar. Parecia que ele estava jogado em um filme de terror.

Luzes piscando do céu nas ruas. Uma chuva torrencial caindo sobre seu corpo. Um som ensurdecedor vindo das nuvens e da própria tempestade. 

A mulher no telefone. O chiado. O menino de capuz. Que tinha olhos tão inocentes e tão... perturbadores.

Ele não aguentava mais. Nunca havia sentido tanto medo. Pedro estava apavorado. Ele só conseguia correr sem saber o lugar aonde estava indo. Pedro estava...

Uma luz apareceu na rua. Era a luz da porta da casa dele. Ele sempre deixava ela acesa, já que ele sempre voltava tarde.  

Um suspiro de alivio fez que a maioria dos sentimentos de medo o deixassem. Mas ele só se sentiria confortável em casa. Quando estava abrindo o portão, a chuva começou a parar. Ele deu uma pequena risada, e entrou no quintal da sua casa.

Quando chegou na porta da sua casa, ele sentiu um frio na espinha.

O celular estava na frente da soleira da porta da casa dele, logo embaixo da lâmpada.

Relutante, Pedro pegou o telefone.

Estava escrito o nome dele na tela, e estava chamando no silencioso.

Pedro atendeu.

- A-alô?

Apenas um chiado forte. Pedro tentou de novo.

 - Alô? - E dessa vez obteve uma resposta. Era quase como um suspiro, tão baixo que mal era capaz de se ouvir.

- Estou atrás de você.

Pedro sentiu seu sangue gelar. Olhou pra frente, na direção do vidro de sua casa. Viu, a poucos centímetros de distância, o garoto de capuz, de pé, atrás dele. Um sorriso lunático e aterrorizador na sua cara.

Por instinto, Pedro virou-se.

A luz se apagou.

Um som de várias palmas começou a tocar.


Revisado por: Rogers

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The Holder Series - 192 - O Portador da Indulgência


Em qualquer cidade, em qualquer pais vá a uma instituição mental ou casa de repouso que possa entrar e peça a quem estiver na recepção para ver " O Portador da Indulgência". Se quem estiver na recepção for um homem ele vai reclinar na cadeira e respirar fundo, se for mulher vai reclinar para frente e bufar.

Após vários segundos eles vão te levar lá para fora e lhe mostrar um carro antigo. Sente no banco do carona do lado do recepcionista. Não sente atrás ou olhe para o retrovisor em momento algum da viagem. Se em algum momento você olhar, vamos dizer que os outros passageiros não vão gostar. Possivelmente que haja uma discussão entre você e o recepcionista, mas você deve responder todas as suas perguntas honestamente, caso responda com alguma mentira você descobrirá o que acontece com mentirosos e suas línguas. Não há necessidade de cinto de segurança, então não coloque.

Após uma viagem que vai parecer dias, a pessoa vai te levar a um campo onde existe um puteiro velho. Quando as portas se abrirem ela vai desaparecerá. Se o sol estiver se pondo, entre na casa o mais rápido que puder pois somente uma pequena lamparina acesa na varanda está te protegendo do que existe na escuridão do campo. Assim que chegar na varanda você não deve tentar entrar ou olhar lá dentro, pois a vontade vai te levar a entrar e se o fizer, jamais conseguirá sair e você será esfolado vivo.

Na varanda você verá uma mulher bem grande, tocando uma flauta que parece ser feita de ossos humanos. A cada nota tocada o instrumento sangra intensamente. Você jamais teria ouvido aquela música, mas acompanhará seu ritmo tranquilamente. Após alguns minutos ou horas, a mulher vai parar de tocar. Nesse momento você deve remover tudo de seu corpo, até a roupa, e caso tenha qualquer coisa de ouro ou prata, é recomendável que também retire. Você não tem nada a temer se realmente o fizer, pois, se sobrar algo em você, ou ela encontrar algo, seu sofrimento será infinito. 

Depois que remover todos os seus pertences e coloca-los aos seus pés, ela vai fazer um movimento com a cabeça. Pare em frente a mulher e ajoelhe-se com um dos joelhos, segure sua mão esquerda e pergunte: "Como eles acharam a felicidade"? No mesmo instante ela apertará seu braço com uma grande força e você irá sentir um frio mortal. Você não vai poder se mover, pois se o fizer, seu braço será arrancado. 

A flauta vai começar a tocar sozinha e, através de sua música, você vai ouvir o som de suas orgias violentas. Você se sentirá tomado por desgosto e desejará furar seus tímpanos com seus próprios dedos, quem sabe até perfurar o seu cérebro. Caso sobreviva e mantenha sua sanidade, assim que a música acabar, você verá que a mulher está caída ao chão, morta, e sua mão terá soltado de seu braço a um bom tempo. 

A partir desse momento você poderá pegar a flauta e, assim que apanha-lá, a recepcionista retornará carregando roupas novas e o levará de volta à instituição.

A Flauta é o Objeto 192 de 538. 

Sua música é a única coisa que os distraí. 

O Terror Está Ao Seu Lado [22] - A Cidade de Alvorecer (Parte 03)



Alberto saiu de casa naquela manhã para levar a filha na escola antes de ir para o serviço. Era apenas metade da semana, e mais um dia da rotina para ele.

Ajeitou sua menina, deu um beijo na esposa, que estava saindo também para o serviço, e entraram no carro. No caminho, sua filha reclamava de dores estomacais, mas Alberto achou que era nervosismo ou apenas birra da pequena moça. Entretanto, quando Alberto chegou na escola, ele viu algo muito inusitado.

A quantidade de crianças que estavam entrando na escola havia diminuído drasticamente. Ele sabia disso porque sempre havia muitas delas no pátio, e hoje só algumas estavam lá. E todas elas pareciam desconfortáveis.

Alberto ficou preocupado sobre sua filha, e resolveu levá-la no hospital. Chegando lá, tudo estava uma bagunça. Aparentemente alguma coisa havia acontecido com as crianças da cidade, pois a recepção estava cheia. Após muito esforço, Alberto conseguiu uma senha e sentou-se com sua filha esperando ser atendido.

Enquanto esperava, ele pensava em como aquilo estava estranho. E que pelo menos poderia explicar pro seu chefe o motivo do atraso.

Nesse momento ele ouviu um choro atrás dele. Era uma menina, um pouco mais velha que a sua, no colo da sua mãe. Alberto viu isso e passou o braço na sua filha, um pouco mais preocupado, principalmente depois que ouviu, entre os soluços da garota:

"O monstro está vindo, mãe. Eu vi ele."

---//---

Vagner tentou novamente se levantar. A moça tentou segurar ele novamente, mas dessa vez ele mostrou uma força maior do que ela esperava receber. A moça quase se desequilibrou, mas Vagner a segurou. Quando olhou novamente para o corredor, acirrou os olhos e soltou um suspiro:

- Preciso sair daqui o quanto antes.

Levantou-se com uma destreza absurda e deu uma conferida nas suas coisas.

- Onde está minha mochila?

Ana estava assustada agora e apenas apontou para um canto. Vagner pegou e se dirigiu para a porta. Ana virou-se e ia falar algo, mas levou um susto. No vidro que dava pro corredor, havia algo escrito em piche.

- O que é isso?!

- É um recado para mim.

- Recado? Como assim?

Vagner apenas saiu pela porta, e começou a ir a uma direção aleatória. Ele sabia que uma hora ou outra iria sair dali. Em determinado momento, ele parou de andar.

- Por que está me seguindo? - Ele falou, olhando para trás.

- Você precisa voltar pro seu quarto. - Ana tentou ser firme com as palavras, mas a sua voz falhou.

- E você precisa se afastar de mim.

Ana olhou desconfiada para ele. Achava que ele estava louco.

Mas antes de falar algo, Vagner sentiu um cheiro estranho de flores.

- Esse cheiro vem de onde?

Ana ficou confusa também.

- Nunca senti esse cheiro aqui antes. E... ele está ficando pior... ah, mas que cheiro podre é esse?

Vagner então reparou algo pela janela do andar que ele estava. Havia várias árvores lá, e, do lado de uma bananeira estava...

Vagner pegou com força o braço da Ana.

- Ai! O que você está fazendo? Me solta!

- Você já não está segura mais! Ele já está aqui.

- Ele quem? A pessoa que escreveu aquilo no vidro?

- Não! Algo muito mais poderoso. - Os pelos de Vagner se arrepiaram de excitação.

- O que? Sobre quem você está falando?

Um pequeno som, como um grito, mas muito baixinho e aparentemente distante começou a ecoar no corredor.

- Um Pontianak.

Revisado por: Rogers

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Os Objetos da Legião - 601 - O Portador do Medo


Em qualquer cidade, em qualquer pais, vá a uma escola que possa entrar. Vá até o diretor e peça para ver "O portador do Medo". Se ele hesitar mesmo que por um segundo, você está no lugar certo. Caso ele não entenda sua pergunta, repita. Eventualmente ele vai ceder.

Ele vai te levar ao porão da escola. Conforme você desce, um sentimento de incerteza vai te preencher. Não importa o que faça, essa sensação não vai sumir de trás da sua cabeça, crescendo a cada passo. O diretor vai te levar para o canto mais afastado do porão. A medida em que você se aproxima do canto, mais a luz vai se desvair. Com a luz indo embora, sua esperança também irá. Ele vai retirando freneticamente todas as teias de aranha do caminho que leva ao canto. Quando ele terminarem de limpar, você verá que as paredes possuem um buraco grande o bastante para caber uma mão. O diretor vai sair sem dizer uma palavra, e será claro que após esse ponto você vai estar sozinho.

Você deve decidir entre as duas paredes. Uma delas possui horrores inimagináveis e a outra te leva a frente da sua busca. Tanto faz pois as duas levam ao arrependimento. Caso escolha a porta certa, você verá um corredor escuro, mais escuro que tudo que possa imaginar, assim que entrar tente andar o mais reto que você conseguir. Caso você colida com algo quente e que se assemelhe a uma forma humana, pare de andar. Caso você mexa qualquer parte de seu corpo, se arrependerá profundamente.

Caso você se mantenha parado, a figura deverá desaparecer como se fosse uma fumaça. Quando isso acontecer aumente o seu passo. Eventualmente você vai achar que está vendo uma luz, porém, isso é só uma pegadinha. Não vá em direção a luz. Sua própria essência estará em perigo se você o fizer. No fim do caminho você se deparará com algo que parece ser uma porta. 

Uma vez que chegou aqui, é impossível voltar atrás. Não há nada que possa fazer além de destrancar a porta e entrar. Quando entrar e fechar a porta atrás de você, uma voz profunda vai ecoar em seus ouvidos, falando em uma língua que você não vai entender. Vai soar como se ela estivesse vindo de todos os lados e de lado nenhum. Suas palavras incompreensíveis vão dar calafrio em seus ossos. Não se mexa. Não fale. Nem mesmo respire. Você deve esperar a voz sumir. Caso não siga essas instruções, o último som que sairá de você será um grito de tormento. Quando a voz sumir, espere um momento. Vire devagar e encare o Portador do Medo, ele vai estar usando uma roupa rasgada e seu corpo será todo marcado. Seus olhos vão te olhar com um ar de tristeza e arrependimento, você sentirá uma forte vontade de chorar.

Não chore.

Ele vai começar a falar de sua vida, mas sua voz será um suspiro, ele vai descrever tormentos horríveis, terrores que farão suas orelhas sangrarem, mas você deve ouvir até o fim. Jamais feche os olhos ou tape os ouvidos. Você não vai querer saber o que acontece se tapar. Durante sua história, ele vai agarrar sua camisa e pedir ajuda para escapar de seu inferno pessoal. Permaneça em silencio pois isso é somente um artificio.

Uma vez que ele terminar, vai deitar em uma posição fetal e ficar quieto em seu canto. Você terá pouco tempo até seu choro o levar a loucura. Pergunte a ele "O que vai acontecer quando todos eles se unirem?".

O portador vai estar de pé, mesmo que a alguns segundos ele estivesse igual a uma bola no chão. Sua cara vai exibir uma expressão de raiva e medo. Ele vai correr em círculos atirando objetos em volta da pequena e vazia sala. Você vai ouvir barulho de porcelana, vidro até madeira quebrando em pedaços a sua volta, mesmo não tendo nada ali. Ele vai gritar alto em uma língua que não é para os ouvidos humanos. 

Novamente, espere. Fique parado e bem quieto até sua explosão de fúria cessar.

No momento em que parar, sentará no chão outra vez. Ele irá explicar por que eles jamais deveriam ter sido criados. As atrocidades que causaram e os poderes inimagináveis que eles possuem. Ele não vai parar por nada em sua fala. Sua loucura é grande demais para ele falar somente alguns poucos minutos. Ele não parará nem para respirar ou retomar seu folego.

O Portador vai falar por horas, que se transformarão em dias. Esses dias serão meses, depois décadas até milenar. Você não pode vacilar, não importa o quanto pareça o tempo que está ali parado. Depois do que vai parecer um milênio, ele vai levantar e caminhará até você, lentamente. Ele com toda calma do mundo vai tocar a sua face com a mão, e todo conhecimento vai fluir para você. O Portador vai te olhar com uma cara de alivio, como se sua loucura tivesse ido embora. No momento em que você piscar, ele terá ido embora.

O conhecimento que você recebeu é o Objeto 601 de 2538, este conhecimento jamais deverá se reunir com os demais Objetos, por motivos que você ainda não compreende.

Pois esta compreensão o levaria a loucura.

O Terror Está Ao Seu Lado [21] - A Cidade de Alvorecer (Parte 02)



Ana trabalhava no hospital como enfermeira faziam 4 anos. Sempre adorou ajudar as pessoas e se tornar enfermeira foi um sonho que acabou surgindo no final dos ano letivos escolares. Após o curso de enfermagem na faculdade, ao contrário de muitas pessoas, saiu da sua cidade natal, uma grande metrópole, e foi para o interior do país, a fim de encontrar um lugar tranquilo.

E encontrou. Alvorecer era pacata, com um pouco mais de uma dezena de milhares de habitantes. 

Ela logo encontrou um emprego no hospital da cidade. E se estabilizou lá. Quando percebeu, havia constituído uma família. Seu marido trabalhava como gerente num mercado local, e toda sexta trazia algo para a filha deles de seis anos.

Ana teve que lidar com coisas graves antes, mas daquela forma nunca tinha visto. Quando o dono do posto estava indo trabalhar naquela manhã, uma estranha e densa neblina tomou conta do lugar. Quando ele percebeu, um homem estava parada no meio da rua. O que seguiu depois foi inevitável, e apesar dele ter conseguido frear, o choque aconteceu.

Não demorou muito para outro funcionário aparecer. Quando perceberam, a polícia estava ali, e a neblina havia estranhamente se dissipado.

Ana achou toda essa história muito esquisita. Sabia que tinha algo de errado, mas era como se fosse um pressentimento. Ainda estava cuidando das feridas daquele homem estranho, quando reparou um volume estranho na calça do homem. Aquilo era estranho porque ninguém aparentemente havia visto aquilo. Quando Ana se aproximou para ver o que era, o homem rapidamente pegou seu braço com uma força enorme. 

Ana quase gritou.

O homem logo afrouxou o aperto.

Ele tentou sair, mas estava fraco, e a moça o segurou de volta na cama.

- Calma senhor. O senhor sofreu uma batida forte. Não foi nada grave, mas precisa descansar.

Vagner olhou para moça, os olhos consternados de preocupação. Pequenas quedas de luz aconteciam no corredor, mas Ana não havia percebido.

- Você não entende... - Vagner sussurrou, enquanto Ana olhava para ele. - Esse lugar... Não posso ficar num lugar desses..

Após mais um apagão, um espantalho preso numa estaca apareceu logo embaixo da luz no corredor.

- ... Eu estar em um hospital é muito perigoso para vocês.


Revisado por: Rogers

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A Criança da Encruzilhada


No Japão as estatísticas mostram que morrem mais pessoas vítimas de acidentes automobilísticos do que por violência. O fato gera muitas lendas urbanas ligadas a essas tragédias, conhecidas como “encruzilhadas da morte”…

The Holder Series - 191 - O Portador dos Segredos


Em qualquer país onde cresça uma floresta densa, contrate um guia para levá-lo floresta adentro. Quando você não puder mais ver a borda da floresta, pare seu guia, e diga-lhe que você deseja encontrar-se com O Portador dos Segredos. Ele vai suspirar profundamente e abaixar os olhos, mas concordará com a sua demanda.

Ele ira levá-lo a uma parte da floresta que é tão densa que será mais capaz de ver o céu. Eventualmente, você e seu guia alcançarão um lugar onde todas as árvores são nodosas e deformadas. Lá, ele apontará para uma grande árvore velha cujas cicatrizes parecem formar uma face e dizer: "Lá fica O Portador dos Segredos, que só desperta em horas de suprema escuridão. Uma palavra para o sábio, Seeker: Não olhe para dentro de seus olhos até que tudo seja dito e feito." Ele então o deixará sem dizer outra palavra para fazer seu acampamento.

Preste atenção ao seu conselho, e passe as horas o melhor que puder até o anoitecer.

Quando a hora mais escura da noite estiver sobre você, caminhe em direção à árvore. Pare só quando você sentir suas raízes sob seus pés.

Pergunte à árvore: "Por quem eles estão calados?"

Se a árvore não responder, fuja o mais rápido possível, e não pare até chegar a uma área onde nenhuma árvore cresce. Se você não escapar, você sofrerá um destino pior do que a morte.

Se a árvore responde apenas com a respiração pesada, você deve perguntar mais uma vez: "Por quem eles são silenciosos?"

Faça esta mesma pergunta até que a árvore comece a tremer, o que você saberá ao ouvir o sussurro de seus ramos. Quando isso acontecer, vire-se para enfrentá-la, mas mantenha seus olhos abaixados para que você veja apenas a base de seu tronco e as raízes.

A árvore dirá para você, em uma voz seca e arranhada, "eles são silenciosos para aqueles que foram enterrados." Ao que você deve responder, "Onde foram enterrados, e por quê?"

E então, a árvore vai rir, um som que tem deixado muitos homens insanos. Se você conseguir manter a sua sanidade, a árvore começará a tossir em você, e uma seiva de mau cheiro ira revestir seu corpo, mas você não deve tentar limpar ou cobrir seu rosto. Se você fizer isso, as grandes raízes irão enredar seus tornozelos e você será arrastado sob a terra como fonte de alimento eterno para a árvore. Para sempre, você sentirá suas raízes em sua carne, drenando seus fluidos vitais, mas nunca lhe será concedido o alívio da morte, pois a árvore também encherá suas veias com um líquido que o tornará imortal.

Se você conseguir ficar firme enquanto a árvore estiver tossindo, ela recuperará o fôlego e lhe contará o conto daqueles que foram enterrados. A história é longa e assustadora, e você vai querer cobrir seus ouvidos e gritar, mas não o faça, para que a árvore não transforme de você uma de suas vítimas. Quando a história estiver acabado, você deve olhar para cima, para os olhos da árvore.

Você terá medo e desejará fugir, pois não há nada senão loucura e morte nesses terríveis poços, mas fique firme até que a árvore feche os olhos.

Se você é capaz de fazê-lo, o rosto vai desaparecer do tronco, e um ramo vai cair no chão a seus pés. Será fino e bifurcado, mas tão forte quanto o aço. Enquanto você o possuir, você sentira a capacidade de localizar itens enterrados. Guarda-o bem, pois há outros que procuram seu poder.

Este ramo é o Objeto 191 de 538.

"Ai daquele que os reúne."

The Holder Series - 190 - O Portador da Putridão


Em qualquer cidade, em qualquer pais, vá a uma instituição mental ou casa de repouso que possa entrar. Quando chegar a recepção peça para ver aquele que se auto intitula "O Portador da Putridão". O atendente não vai prestar atenção em seu pedido, e vai cuidar de seus serviços. No fim do período de trabalho do atendente, siga-o até sua casa e durma em frente a casa dele. Quando ele retornar para trabalhar no dia seguinte, siga-o e faça o mesmo pedido. Repita essas ações até ele ceder, o que levará em torno de 120 dias. Quando por fim o atendente ceder, fará um sinal para que você o siga.

Ele o guiará a uma porta que leva aos fundos da instituição, no jardim do local. No centro desse jardim você vai ver um pequeno poço. Ele vai fazer um gesto para que pule dentro do poço, faça e não saia de lá até que seja noite. Caso saia antes do tempo, todos os órgãos do seu corpo vão se revirar e explodir de dentro para fora, te condenando a uma morte lenta e agonizante. Caso você consiga permanecer na sujeira do fundo daquele poço até à noite, você poderá tentar escalar para sair. Caso você ouça qualquer barulho enquanto tenta escalar para sair, se apresse, pois se você falhar ou demorar um pouco mais do que o desejado, um ser carniceiro e grotesco vai te puxar de volta ao fundo, e você passará a eternidade naquela podridão onde todos os que não saíram de lá já estão decompostos.

Caso você consiga sair, notará que a paisagem mudou, onde antes era uma paisagem bem cuidada agora é um pântano repugnante. Assim que descer da borda de pedra do poço, você vai pisar em uma água lamacenta, preta. Essa água será repugnante, bolhas sairão e junto com elas um fedor repugnante de carne podre. Enquanto olha em volta, você verá que está rodeado por um anel de árvores te prendendo nesse local com toda essa gosma preta. Olhe para onde você emergiu, o poço. E você vai ver Ele: Um porco horrendo, com um corpo forte. Ele vai estar te encarando com olhos tão negros quanto a água que você está. Sua pele vai estar coberta com todas as cores, com sangue de diversos animais, sêmen e vomito. Tudo isso escapa de cada poro de seu corpo.

Encare essa abominação. Você pode olhar para sua pele, mas não por muito tempo. Pois se olhar muito tempo esses fluidos irão tomar forma e lhe causarão um mal tão grande que nenhum mortal jamais sentiu. Em vez disso, olhe direto para seus olhos que parecem piche negro e faça somente essa pergunta: "Como eles vão infectar esse mundo?". O porco vai começar a grunhir e espernear, pois sua garganta também está cheia das secreções.

Após os gritos, ele vai lhe contar em detalhes sobre cada doença que já esteve presente na face da terra. Você vai aprender sobre a estrutura celular do vírus da Ebola, Peste Negra e todas as outras doenças desde as inofensivas até as que mais mataram através das eras.

Você será instruído em princípios de decomposição humana e de outras criaturas, incluindo rituais de morte e de sepultamento de seu mundo e de outros. Você não vai esquecer nenhum detalhe do que aprendeu, pois isso que ouviu é o testamento pútrido em uma forma majestosa. Ele também vai falar sobre uma obra prima, uma doença que vai arrasar a face da terra muito em breve. Ela vai trazer um destino muito pior do que todas as doenças juntas. Se você não ficar louco com tudo o que acabou de ouvir, você ainda conseguirá prosseguir.

Antes do fim da conversa ele se aproximará de você e, em um determinado ponto, vai inspirar todo o ar possível para dentro de seus pulmões negros. Quando ele expirar aquela fumaça preta e mal cheirosa, você deve inalar o máximo que conseguir, pois se não o fizer, se tornará parte das gosmas que rodeiam seu corpo, pois elas irão te devorar. Após isso, você deve entrar no poço outra vez e voltará a instituição, caso tenha forças para sair do poço e continuar sua jornada. 

Mas ao voltar a seu mundo, seu corpo estará destruído, com tosses intermináveis, sua pele preenchida por machucados, pus e uma gosma estranha que sairá de cada rachadura em sua pele. Você sentirá como se a sua alma tornou-se negra da cor dos olhos do porco.

A doença que você carrega é o Objeto 190 de 538. 

Caso junte todos os objetos, seu corpo será liberto da doença... Mas a que custo?

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Criado em junho de 2013, Ler Pode Ser Assustador é uma família de colaboradores que tem como hobby escrever, traduzir e compartilhar histórias/creepypastas com seus visitantes. Com gênero voltado ao terror, o blog traz mais de Mil publicações, dentre elas: creepypastas, lendas urbanas, livros, mangás, séries, filmes e etc).


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