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domingo, 12 de abril de 2015

Celular #21




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Eu estava no meu quarto quando ele vibrou em cima da cômoda.

- Alô? - Atendi.

- Por favor, me ajude! - Uma voz abafada, rápida e nervosa falava do outro lado da linha.

- Q-quem é?




Mas não recebi resposta. Ele já havia desligado.

Senti preocupações tomarem meu corpo e minha mente. Quem será que era? Eu estava nervoso.

Fiquei com ele ali, na minha mão, pensando no que fazer.

Então tomei a decisão que era mais cômoda para mim.

Foi um trote.

Só podia ser. Alguém (podia até ter sido um amigo meu) resolveu tirar com minha cara. Era possível, Então me acalmei e continuei fazendo o que eu estava fazendo. Eu adorava aqueles dias de sol. Era possível trabalhar sem ser incomodado pela chuva e seus clientes que apareciam molhados. Sim, mais um dia de trabalho. Vamos a mais um dia normal, como qualquer outro.

Ele tocou novamente.

Eu gelei.

Lentamente o peguei e olhei para o visor:

"Número desconhecido".

Atendi.

- Socorro, por favor, quem quer que seja, me ajude...

Logo pensei em confortar a pessoa. Sendo algo sério ou não, iria chamar a polícia.

Então outra voz falou do outro lado da linha, seguida de um berro forte de mulher.

- Não chame a polícia. Você terá graves consequências.

Após isso, ele desligou.

Eu fiquei uns cinco minutos apenas parado. Digerindo. Se fosse algum amigo meu, provavelmente já teria ligado. Pedindo desculpas. E dando risadas. Mas ele estava silencioso.

Eu fiquei sem ação. Eu queria ignorar aquilo, masa voz preocupante daquela pessoa estava me atormentando. Eu sabia que se eu não fizesse nada eu não conseguiria conviver com aquilo.

Liguei para a polícia.

Durante o que pareceu uma hora e meia, por aí, fui interrogado sobre qualquer pista. Após aquilo eu me senti aliviado, apesar do que o sequestrador havia dito para mim caso eu tivesse chamado a polícia.

Mas não atendi ligações estranhas e nem recebi recados durante todo o resto do dia. Tirando alguns clientes, ninguém mais me ligou.

De noite, estava mais calmo, vendo TV, quando ele tocou.

Ele estava em cima da mesa da sala de jantar, e seu som fez eu ficar arrepiado.

Me aproximei devagar. Estava ciente que veria "número desconhecido". E quando eu atendesse, uma ameaça de morte. "E se eu não atender", pensei "será que receberia alguma mensagem?"

"Talvez se ele fizesse isso, eu teria alguma prova. E os policiais poderiam me proteger".

Então estava decidido. Caso fosse o sequestrador, eu não atenderia.

Mas não era. Era minha mãe. Provavelmente ligando para saber como eu estava, afinal, não fazia muito que eu havia me mudado de casa.

Suspirei de alívio.

- Alô? Mãe?

- Filho! Socorro! Por favor, ele está aqui! Ele...

Revisado por: Rogers

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