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Criado em junho de 2013, Ler Pode Ser Assustador é uma família de colaboradores que tem como hobby escrever, traduzir e compartilhar histórias/creepypastas com seus visitantes. Com gênero voltado ao terror, o blog traz mais de Mil publicações, dentre elas: creepypastas, lendas urbanas, livros, séries, filmes, etc. O Blog é mais conhecido por seu trabalho com as traduções da série de creepypastas: The Holders (Os Portadores) e também por suas próprias séries, como: O Terror Está ao Seu Lado, Adote Um Demônio, Pergaminhos da Morte e Meu Pesadelo Acordou Para a Realidade.

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Onde Ler Pode Ser Assustador

Desde 2013

Publicações

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 15



9 de setembro de 2014

Ouço os passos do profeta se aproximando...

Vendo o Tempo Passar e a Tinta da Parede Cair


Estava sentado com alguns amigos na garagens de casa, era uma garagem grande com um sofá de 3 lugares e algumas cadeiras. Estávamos ali, nós cinco, olhando assinaturas de amigos na parede e jogando conversa fora. De-repente tudo fica meio escuro e turvo, pareço tonto e tento me levantar...

Tudo parece tão lento até mesmo meus movimentos. Olho para baixo, me firmo na cadeira e com dificuldade tento me levantar. 
- Tudo parece ir tão devagar! 

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 14


8 de setembro de 2014

Não pode ser... Não pode ser...

Estava na internet esses dias, e não sei como fui parar num desses canais de terror no You Tube. Odeio esse tipo de canal... com tanta coisa ruim acontecendo na minha vida, o que menos eu quero é alguém tentando me por mais medo.

Mas o que me chamou a atenção foi um título de um vídeo... “O Profeta Risonho- por Anna Karenina”. Na hora que li aquilo, gelei. Corri para ver o vídeo. Era uma história sobre um serial killer brasileiro. O nome da minha irmã fora citado no título, e Daniel foi descrito. A máscara dele... exatamente a mesma máscara que eu vi há um ano atrás. Era ele na foto. Era ele...

Não durmo há três dias. Não sei o que fazer...

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 13



18 de junho de 2014

Estou com medo. Recebi um e-mail hoje do endereço de Anna, mas não era ela que havia escrito. Veio somente um arquivo de áudio. Abri e escutei. Uma voz muito distorcida narrou o seguinte:

“São duas e cinquenta e dois da manhã. Faz frio. Eu estou te vendo. Faz frio, mas eu aguento. Não sei quanto tempo vai passar até que chegue o dia da sua purificação, mas quando isso acontecer, sua expressão de terror vai ser o espetáculo mais lindo da face dessa terra pútrida. Lance-se de cabeça no abismo, corra para fora da zona de tiro, pois pessoas estão morrendo na cidade. Eu estou te dando uma chance de se esconder. Encare isso como uma vantagem. Um presente de amigo. A maioria dos outros nunca vai ter esse pequeno privilégio. Sua irmã está comigo. Ela se tornará parte de mim em breve. Nós iremos caminhar de mãos dadas pelas terras planificadas do paraíso. Eu, ela, e todos os profetas. Nós purificamos. Nós cumprimos a missão. E nós merecemos a nossa graça. Sua irmã tem talento. Ela será uma de nós em breve. A mais bela de todas as profetas. Com seus cabelos negros como a noite, seus lábios de carmim, e seus olhos verde-esmeralda... Eu a amo. Eu a amo, minha doce aprendiz. Que pena, jovem rapaz, que você não é puro como ela para poder nos acompanhar. Mas tudo bem... em breve eu estarei na sua casa, pronto para purifica-lo. Por enquanto é só isso, adeus. E lembre-se que pessoas estão morrendo na cidade, e em breve você pode ser uma delas.”

Reconheço a voz de Daniel. Por mais que esteja distorcida, é sem dúvida de Daniel.

Estou com medo... não consigo dormir...

The Holders 114 - O Portador da Reencarnação.


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá para qualquer santuário Hindu ou templo Budista que você puder entrar. Quando você chegar, peça para o alto sacerdote ou ao monge chefe para visitar alguém chamado "O Portador da Reencarnação". Se ele disser que não tem ninguém lá com esse nome, saia com pressa; é melhor manter em silencio o que aconteceria se você permanecer por mais tempo. Se você conseguir obter sucesso, nunca retorne para qualquer outro templo Budista ou santuário Hindu até alguém próximo a você morrer; depois de seu funeral você pode tentar novamente. Você pode ter que fazer isso múltiplas vezes.

Especial Escritores - Edgar Allan Poe


E aí, negada? Faz tempo que eu apareço aqui, hein? Aqui é a Say, uma das escritoras aqui do blog (não sabe quem eu sou? Sabe A Tale Of Two Brothers? Eu que escrevo. A crítica de Bates Motel? Eu também. A personagem Reyna, da Saga Apocalipse? Eu. Ainda não sabe? Então, fodeu, essas foram as únicas postagens fodas que eu fiz aqui. Fiz outras, mas fodas, fodas, só essas.). Vou começar aqui no blog uma "série" de postagens, uma a cada duas semanas, sobre um escritor famoso de terror. Hoje? Abram alas, toquem as trombetas, que o rei do horror está chegando: Edgar Allan Poe, senhoras e senhores!

Considerado o pai do terror, Edgar Allan Poe é um dos meus autores preferidos, senão o preferido.

Edgar Allan Poe nasceu em 19 de janeiro de 1809, em Boston, filho do ator David Poe Jr., que abandonou a família em 1810, e da atriz Elizabeth Arnold Hopkins Poe, que morreu após o nascimento de Rosalie, a irmã mais nova de Poe, em 1811. A desgraça já comça por aí... Depois da morte da mãe, Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, um mercador de tabaco bem sucedido de Richmond, que nunca o adotou legalmente — ó a folga —, mas lhe deu o seu sobrenome.


Depois de frequentar a escola de Misses Duborg em Londres, e a Manor School em Stoke Newington, Edgar voltou junto com a família Allan a Richmond em 1820, com 11 anos, e registrou-se na Universidade da Virgínia, em 1826, com 16, que viria a frequentar durante um ano só; foi expulso de lá. Poe era vida loka.


Na sequência de desentendimentos com o seu padrasto, relacionados com as dívidas de jogo, Edgar alistou-se nas forças armadas, sob o nome Edgar Allan Perry, em 1827, com 17 anos. Nesse mesmo ano, Poe publicou o seu primeiro livro, Tamerlane and Other Poems. Depois de dois anos de serviço militar, acabaria por ser dispensado (eu suponho que foi por causa do negócio da folga, mas...). Em 1829, a sua madrasta faleceu — meu Deus, todo ao redor desse cara morre —, e ele publicou o seu segundo livro, Al Aaraf, e reconciliou-se com o seu padrasto, que o auxiliou a entrar na Academia Militar de West Point. Por causa de sua desobediência a ordens — ê, vida loka —, ele acabou por ser expulso desta academia, em 1831, fato pelo qual o seu padrasto o repudiou até a sua morte, em 1834.

Poe mudou-se, em seguida, para Baltimore, para a casa da sua tia viúva, Maria Clemm, e da sua filha, Virgínia Clemm. Durante esta época, Poe usou a escrita de ficção como meio de subsistência e, no final de 1835, tornou-se editor do jornal Southern Literary Messenger em Richmond, tendo trabalhado nesta posição até 1837. Neste intervalo de tempo, Poe acabaria por casar, em segredo, com a sua prima Virgínia, de treze anos — PEDÓFILO! INCESTO! —, em 1836.

The black cat Edgar Allan Poe

Em 1837, Poe mudou-se para Nova York, onde passaria quinze meses aparentemente improdutivos, antes de se mudar para Filadélfia, e pouco depois publicar The Narrative of Arthur Gordon Pym. No verão de 1839, tornou-se editor assistente da Burton's Gentleman's Magazine, onde publicou um grande número de artigos, histórias e críticas. Nesse mesmo ano, foi publicada, em dois volumes, a sua coleção Tales of the Grotesque and Arabesque (traduzido para o francês por Baudelaire como "Histoires Extraordinaires" e para o português como Histórias Extraordinárias), que, apesar do insucesso financeiro, é apontada como um marco da literatura norte-americana.

Durante este período, Virgínia Clemm soube sofrer de tuberculose, que a tornaria inválida e acabaria por levá-la à morte — tô falando, todo mundo morre. A doença da mulher acabou por levar Poe ao consumo excessivo de álcool — só nos bons drinks, né, Ed? — e, algum tempo depois, ele deixou a Burton's Gentleman's Magazine para procurar um novo emprego. Regressou a Nova York, onde trabalhou brevemente no Evening Mirror, antes de se tornar editor do Broadway Journal. No início de 1845, foi publicado, no jornal Evening Mirror, o seu popular poema The Raven (em português "O Corvo"). Eu amo esse poema, sério. Melhor poema EVER!


Em 1846, o Broadway Journal faliu, e Poe mudou-se para uma casa no Bronx, hoje conhecida como Poe Cottage e aberta ao público, onde Virgínia morreu no ano seguinte. Cada vez mais instável, após a morte da mulher, Poe tentou cortejar a poeta Sarah Helen Whitman. No entanto, o seu noivado com ela acabaria por falhar, alegadamente em virtude do comportamento errático e alcoólico de Poe, mas bastante provavelmente também devido à intromissão da mãe de Miss Whiteman. Nesta época, segundo ele mesmo relatou, Poe tentou o suicídio por sobredosagem de láudano, e acabou por regressar a Richmond, onde retomou a relação com uma paixão de infância, Sarah Elmira Royster, então já viúva.

A morte de Edgar Allan Poe ocorreu no dia 7 de outubro de 1849, quando ele tinha quarenta anos. Quarentão, hein, Poe? Cercada de mistério, sua causa ainda é discutida. Quatro dias antes de falecer, Poe foi encontrado nas ruas de Baltimore, Maryland, em um estado delirante. Segundo Joseph W. Walker, a pessoa que o encontrou, Poe estava "muito angustiado, e (...) precisava de ajuda imediata". Poe foi levado ao hospital da Universidade Washington (Washington College Hospital), onde morreu num domingo, às 5 horas de 7 de outubro. Em nenhum momento o escritor contou com a lucidez necessária para explicar de forma coerente como havia chegado àquele estado.

Grande parte da informação existente sobre os últimos dias de sua vida provém do médico John Joseph Moran, que o tratou no hospital. Depois de um pequeno funeral, Poe foi enterrado no cemitério anexo à igreja de Westminster (Westminster Hall and Burying Ground) mas, anos mais tarde, em 1875, seus restos mortais foram transferidos para um monumento maior. Este último marca também o lugar de enterro de sua esposa, Virginia, e o de sua sogra, Maria Clemm.


As teorias sobre as causas da morte do escritor incluem suicídio, assassinato, cólera, raiva, sífilis e ter sido capturado por agentes eleitorais que o teriam forçado a beber para fazê-lo votar e abandonaram-no, já em estado de embriaguez, à sua sorte. Contudo, a evidência a respeito da influência do álcool é incerta.

Dois dias depois da morte de Poe, apareceu um obituário assinado por "Ludwig", que logo se revelou sendo, na verdade, o crítico e antologista Rufus Wilmot Griswold, que mais tarde se converteu no executor literário efetivo das obras de Poe, apesar de ter sido um de seus rivais, e que posteriormente publicou a sua primeira biografia completa, retratando-o como um depravado, bêbado e louco tomado pelas drogas, chegando inclusive a falsificar cartas do poeta como prova disso. Acredita-se que grande parte das evidências utilizadas para construir essa imagem foram forjadas por Griswold e, apesar de muitos amigos de Poe terem denunciado o biógrafo, foi a interpretação que teve um impacto mais duradouro no meio popular.

Meu conto preferido de Poe é e sempre será O Poço e o Pêndulo, que narra um prisioneiro na época da Inquisição preso por heresia nos seus últimos momentos, quando um pêndulo afiado está descendo sobre ele. Eu me caguei quado eu li, faz uns bons dois anos, e estou me cagando até hoje, porque todos os meus pesadelos tem uns elementos dos contos do Poe (o corvo, o pêndulo, o poço — Meu Deus do Céu, esse poço do inferno — a máscara, já sonhei até com o detetive Dupin).


Pra quem quiser ler O Poço e o Pêndulo, o link online:

Eu amo o Poe demais, e tenho a obra completa dele. Se alguém se interessar, aqui o link da onde eu comprei (aproveitem que amanhã é Black Friday, negada): 

Tá em inglês, eu prefiro assim, mas tem gente que não curte. Mas, eu não sei aonde vai ter a obra completa em português, então, sorry.

Enfim, espero que tenham gostado, o próximo escritor que eu vou falar muito provavelmente vai ser o Stephen King, mas não prometo nada, já que tenho vários pra falar. Comentem aí em baixo se vocês querem uma resenha de O Poço e o Pêndulo, e talvez eu faça.

Beijos!

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 12



16 de junho de 2014

Já faz quase um ano que eu não vejo a minha irmã. Estou me tornando o que ela era: um eremita desgraçado que passa os dias trancado no quarto, desolado, considerando opções do que minha vida poderia ter sido se eu não tivesse falhado lá atrás. Culpa... essa puta maldita chamada Culpa me consome todos os dias... me rasga, me mastiga, me cospe no chão e me desola. Viver já não tem mais sentido. O que eu mais quero é que minha alma seja sugada pras profundezas e eu seja punido por tudo o que eu podia ter feito mas não fiz.

Minha irmã... me perdoe por ter falhado com você... quando você mais precisava de mim eu fui incompetente, não soube o que fazer... eu era somente uma criança...

Mas eu ainda sou uma criança. Tenho só quinze anos. E o tempo não é algo que se pode voltar. Foram embora os dias em que eu sorria. Ficaram as lágrimas... O remorso...

Recebi uma carta na beira da minha janela há uns quinze minutos. É a letra dela. É a letra de Anna Karenina. É a letra de minha irmã.



“Ele conseguiu. Não somos mais escravos do homem alto. Agora eu irei aprender a profetizar a vida, e a ditar a morte. Sairemos para purificar esta noite. Fique sabendo que pessoas irão morrer na cidade.”



Não sei o que isso quer dizer, mas sem dúvida é a letra da minha irmã. Saber que ela está viva me conforta. Mas o que ela escreveu revela seu estado de sanidade mental. E eu volto ao remorso.

Não sei o que isso quer dizer, mas sem dúvida é a letra da minha irmã. Saber que ela está viva me conforta. Mas o que ela escreveu revela seu estado de sanidade mental. E eu volto ao remorso.

Precisamos de Você


Fala galerinha assustadora, como vão vocês? 

O LPSA precisa de duas pessoas (um Homem e uma Mulher) que possam narrar nossos contos. Sim, isso mesmo, o LPSA está com planos de iniciar seu próprio canal de creepypasta narradas no YouTube. 

The Holder Series- 113 - O Portador da Rendição


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá a uma instituição mental ou casa de repouso que possa entrar. Antes de conseguir esse Objeto, leve consigo todos os objetos que possuir. Caso não possua nenhum Objeto, quando for perguntar o funcionário para visitar " O Portador da Rendição" ele não vai nem olhar para você, como se você não estivesse ali. Volte e tente de novo até ter pelo menos um Objeto. Quando chegar a recepção peça para para ver alguém que se autodenomina " O Portador da Rendição"

O Terror Está Ao Seu Lado [07] - "Ele"



- E aí, sabichão, já sabe como vai fazer para enganar eles? - Kevin fez um gesto com a cabeça para o lado de fora da casa, onde se encontravam os policiais.

- Deixe-me pensar. - Respondi secamente.

- Você tá pensando já tem um bom tempo. Achei que quisesse ir rápido.

- Eu sei! Eu sei! Só não quero estragar tudo logo agora no começo.

Ele ficou quieto. Foi quando me veio à mente uma coisa:

- E se você me ajudasse com eles? Sabe, se os distraísse?

- Não rola. Eu só tenho influência no meu  mundo e com quem o enxerga. Até tenho poder em certas coisas, mas não consigo me intrometer assim.

Sentei no meu sofá, escorei a cabeça e fechei os olhos. Então tive uma súbita ideia.

- Já sei!

----x----

Do lado de fora, os dois policias conversavam dentro do carro.

- Eu até tentei levar ela para minha casa, mas sabe como é né? Mais uma rejeição. - Disse o policial barbudo.

- Não é fácil. Diz aí, qual foi a pior desculpa que já te deram? - O outro policia, que usava óculos, falou.

- Não faço a mínima ideia.

- Para mim foi uma vez que eu perguntei para a garota por que ela não queria ter algo mais sério comigo. Ela me disse que tinha medo de ter que ficar esperando todas as noites, achando que talvez eu não voltasse.

- Ok, mas isso não é bem uma desculpa ruim.

- Eu estava dando uns pegas nela já tinha quatro anos.

- Ah, tá. - O barbudo roçou sua barba.

Nisso, o mesmo viu algo saindo da janela da cozinha da casa e indo em direção à casa do vizinho.

- Porra! O cara resolveu escapar.

- Era só o que me faltava! Vai atrás dele, eu vou com a viatura.

O barbudo saiu correndo, e seguiu Vagner por onde ele achou que ele foi.

O policial de óculos foi com a viatura um pouco mais longe, e foi de encontro ao seu parceiro.

Um dos dois iria acabar o encontrando.

Porém, no meio do caminho, ambos deram um contra o outro, sem saber o que estava acontecendo. No chão, apenas roupas estavam jogadas no chão.

----x----

- Excelente ideia, Vagner! - Disse, eufórico, Kevin.

- Obrigado, obrigado. - Falei, com as mãos no volante do meu carro.

- Eu não tenho como influenciar outras pessoas diretamente, mas eu posso levar algumas das suas roupas comigo por um certo tempo. E eu nem sabia disso!

Eu ri. Mas logo fechei a cara. Sabia que teria algo muito sério pela frente. E seria muito pior que um par de policiais.

Kevin notou a mudança e se calou também. O que não durou muito tempo, pois dois minutos depois ele falou seriamente:

- Pare o carro.

Não entendi, mas acatei o pedido.

As luzes do carro começaram a piscar levemente. Senti um vento gelado, mesmo com as janelas fechadas.

- Acho melhor sairmos daqui enquanto há tempo.

- O que houve?

- Quer uma dica? Crystal Lake.

Ao fundo, mal iluminado, um ser gigante nos encarava.

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"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 11



14 de julho de 2013:

Anna sumiu. Isso é o que todos estão dizendo. Eu sei que não é isso. Ela não sumiu. Ela nos deixou. Foi para junto de Daniel.

A culpa me consome. Eu sei que eu podia ter feito algo por ela. Droga, por que eu sou tão burro? Por que eu sou tão incompetente?

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 10



12 de julho de 2013:

As noites estão cada vez mais frias. O céu está cada vez mais escuro. A vida está cada vez mais morta.

A infelicidade paira sob nossa família, aparentemente sem motivo algum. Anna já não é mais a mesma, é só solidão e lamentos. Ela sente falta de Daniel, como se ele fosse uma parte da sua alma que estivesse faltando.

Eu não sei mais o que fazer. Sinto que algo terrível está se aproximando da nossa vida.

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 9



25 de junho de 2013

Não foi um sonho. Droga. Merda. Caralho.

Acordei lá pras cinco da manhã hoje e desci para tomar café, quando vi a porta da casa aberta. Corri para fechá-la, mas então parei. No jardim, vi Anna abraçando alguém. Era Daniel. Por cima do ombro dela ele me lançou o mesmo sorriso zombeteiro da noite anterior. Após alguns instantes, os dois se afastaram, e ele colocou sua máscara horrenda no rosto e se afastou vagarosamente. Lá longe pude ver o homem alto de terno parado entre as árvores, como que estivesse esperando por Daniel. Mais uma vez não pude ver seu rosto. Simplesmente olhar para aquela figura fez a onda de terror se espalhar pelo meu corpo de novo. Tive que ficar olhando para baixo.

Vi então Anna se aproximando. Os ventos frios da manhã dançavam no cabelo comprido e escuro da minha irmã, e nutriam seus olhos verdes e tristes. Ficamos nos observando em silêncio por um tempo, até que ela entrou em casa.

Ela não quis falar muito sobre o que houve, mas sei de uma coisa: Daniel está com sérios problemas, e tem a ver com aquele homem de terno. Parece que Daniel está preso a ele por algum motivo, e está cometendo coisas terríveis.

Isso me deixa nervoso. Daniel está visitando nossa casa durante as noites. Isso não é nada bom. Ainda mais com aquele homem de terno por perto dele.

The Holder Series - 112 - O Portador da Vitória


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá a qualquer estádio ou arena esportiva que possa encontrar. Quando chegar a recepção, pergunte se " A grande Luta" está acontecendo. A maior parte do tempo o funcionário vai te olhar meio interrogativamente e responder: "Não". Porém algumas vezes o funcionário vai acenar animadamente. Ele vai te perguntar se quer comprar um ingresso, responda que sim. O funcionário vai carimbar um ingresso e lhe entregar, se você se programou certo, antes dele te entregar ele vai te perguntar: " De que lado você está?".

Esse é o gatilho. Rapidamente, e emocionalmente responda: " Eu vim pela emoção." . Respondendo qualquer outra coisa, você será despedaçado por todos no alcance da voz, por qualquer que seja sua resposta, eles estarão torcendo pelo outro homem.

Pegue seu ingresso e vá para o elevador. Aperte o botão do andar mais alto. Enquanto você sobe, a vista da cidade, vista através da janela vai começar a retroceder começando na cidade moderna, para os prédios de 1930, depois uma cidade do século 19 e assim por diante. Não importa o andar que apertou o elevador vai parecer que está indo muito adiante, e a cidade vai ficar mais e mais antiga até você finalmente estar de frente com algo que parece Roma, mas não é.

Saia do elevador. No momento em que as portas fecharem, um barulho horrível será ouvido, e essas portas jamais abrirão novamente. De uma olhada em volta. Você estará em uma arena parecida com o coliseu, aparentemente caído no desuso. Materiais indefinidos mancham as paredes, os pilares estão rachados e quase desmoronando e o teto negro é cheio de buracos. Os assentos então lotados com criaturas de origens horríveis e não identificáveis, todos assistindo uma batalha intensa de gladiadores na arena.

Olhe o seu bilhete e ache seu assento entre as criaturas. Não deve ser difícil as fileiras são bem marcadas. Quando achar sente e veja a luta. Depois de 7 minutos chegue perto da criatura perto de você e pergunte de uma maneira conspiratória: " Quais são as chances de sobrevivência?" Ele vai te olhar chegar mais perto de você e com uma voz bem humana vai lhe falar: "Não são muito boas."

Um grito vai vir da multidão, um dos gladiadores caiu, o outro vai enfiar a espada na cabeça do que caiu e vai gritar pra multidão: " Quem será o próximo a me enfrentar?". 

Se não tiver uma espada, fique em silencio. Uma será dada a você em breve de duas maneiras, ou empurrada grosseiramente em seu braço, cabo primeiro ou ainda mais grosseiramente em sua costela com a lâmina entrando primeiro. Se você possuir a Espada do Rei Branco desembainhe-a, discretamente. No momento você não quer chamar atenção para seu armamento para não ser dilacerado.

Depois que ele chamar mais duas vezes. suba na cadeira e levante a espada para o alto e grite o mais alto que conseguir: " Eu aceito seu desafio, Portador da Vitória!".

O estádio vai cair em silêncio completo. As criaturas vão te olhar sem falar nada, e vão começar a abrir um caminho para você. Faça o caminho com rapidez, mais não muito rápido, você não quer se cansar pois é um longo caminho até lá embaixo. Quando chegar pule na arena e encare o gladiador. Seu rosto vai estar coberto por um elmo de bronze demoníaco, ele empunha uma espada negra de joias e um escudo broquel manchado

Lute o melhor que conseguir, e talvez não seja o melhor, pois esse homem lutou a vida inteira e te vê como um desafiador patético. Se cair, ele não vai lhe dar misericórdia, você sofrerá o mesmo destino do outro lutador. Use todas suas habilidades, e com um pouco de sorte você vai derruba-lo

A plateia anseia por sangue, mas não os satisfaça ainda. Levante sua espada sobre a cabeça do caído e pergunte: " Quem é ele, e por que ele possibilita que essas coisas aconteçam?"

O campeão vai responder sua pergunta um tanto quanto muito lento. Ele vai gaguejar um pouco no começo, mais depois ele vai ganhar velocidade na fala e contar a história. É uma história macabra, de como ele veio a ser, quem ele é, e uma profunda explicação de todas as coisas, das que já aconteceram, que estão acontecendo e das que vão acontecer.

Ele vai encolher e perguntar: " Eu paguei seu preço, posso ser libertado do meu fardo?". Feche os olhos e responda: " Não você não pode. Você meramente adicionou o seu ao meu." Com toda sua força atravesse a espada em sua cabeça.

A plateia vai gritar impossivelmente alto por um momento depois vão sumir. O chefe dos Jogos vai caminhar lentamente para fora, ajoelhe-se. Não é inteligente ser desrespeitoso. Feche os olhos e escute ele se aproximar. Também não é inteligente o ver chegar. Pois sua forma real fica mais aparente quando ele chega perto e pode fazer até as mentes mais fortes surtarem.

Ele vai colocar algo em volta de seu pescoço e bater uma palma. Abra seus olhos.

Você vai estar no telhado de um prédio a 3 quarteirões do estadio. Se possuir a espada do rei branco, limpe-a e guarde-a. O rei está quieto por enquanto. Se a espada não for sua não se importe em limpa-la, atire-a do telhado. Então cheque o objeto em volta do seu pescoço.

O medalhão que usa é o Objeto 112º de 538

"Sua vitória é verdadeira, mas agora eles querem destrona-lo."

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 8



24 de junho de 2013

Ontem de madrugada, levantei para tomar um copo d’água, e ao passar na frente do quarto da minha irmã, algo me disse para abrir a porta. Gelei. Não queria abrir, e queria ao mesmo tempo. Entre o medo e o impulso, girei a maçaneta e adentrei o cubículo onde minha irmã ressonava baixinho embaixo das cobertas.

Ao lado da cama dela havia uma figura parada. Era alto, usava um casaco preto. Encapuzado. Uma máscara branca cobria seu rosto. Uma máscara bizarra, com um sorriso preto pintado na boca, um círculo com um X no meio pintado na testa, e uma gota preta de lágrima de tinta escorrendo de um dos olhos. Tentei gritar, mas o som não saía. Fiquei gelado no lugar, e a figura olhou em minha direção, calmamente. Não sabia o que fazer. Havia esquecido de gritar, de respirar, de fazer qualquer coisa. A figura mascarada tirou a máscara, e revelou-se como Daniel. Estava com uma aparência bem mais cansada, quase que como num transe. Ele me fitava calmamente, como que esperando que eu fizesse alguma coisa. Eu não movi um músculo. Depois de alguns segundos, seus lábios formaram um sorriso malicioso. Ele pôs o dedo indicador na boca, pedindo silêncio, e...

Acordei na minha cama pela manhã. Eu juro que não foi um sonho. Não pode ter sido. Foi muito real...

Estou confuso. Não sei o que pensar.

Caminhada em dias de chuva



Já fazia algum tempo que eu esperava a chuva passar, em baixo do toldo de um bar. Não lembro direito se eu estava no bar, ou se me abriguei aqui, já um pouco embriagado.

A chuva passa, e volto a caminhar em direção a minha casa. Pouco antes da primeira esquina, caminhando e olhando para o chão, vejo uma aranha, que corre e cruza por baixo das minhas pernas e sobe no meio-fio. 

- Quase morro! Pensei comigo. A caminhada foi perdendo a graça e comecei a pensar nos grandes perigos que podem oferecer uma caminhada pra casa, no escuro da madrugada. 

Não entendo de aranhas mais parecia ser perigosa, até chegar a um lugar de socorro e nas atuais condições.... Prossigo com a caminhada, só que mais apreensivo, de olhos atentos.

A duas quadras da minha casa, passando frente a uma pilha grande de tijolos, que estava na beirada da calçada, ouço vozes cochichando.... 

Não da para ouvir o que estão falando, pode ser um casal, um briga ou algum lunático nunca se sabe. Após passar a pilha de tijolos, a passos rápidos, olho de canto de olho pra traz e não vejo ninguém... 

Viro a esquina e finalmente! Fico feliz em ver a quadra da minha casa, mas percebo que ah alguém atrás de mim, está frio e ele ou ela, pois não da pra identificar no escuro das arvores que acompanham a calçada, veste uma blusa grande e cachecol. Ele acelera o passo a medida que também acelero o meu. 

No meio da quadra, a uns 10 metros da minha casa, do nada a chuva volta, e o individuo atrás de mim se poem a correr. Olho para traz e corro em diagonal direção o outro lado da rua, mas antes mesmo de atravessar percebo que ele corre em linha reta. È da chuva! Gritei comigo mesmo, olho para frente aliviado, terminando de atravessar a rua na frente de casa, e percebo que não tinha olhado para os dois lados, pois se tivesse olhado teria visto esse Astra azul que só percebo quando ele toca da minha perna direita e passa por mim como se ali eu não estivesse. 

Já fazia algum tempo que eu esperava a chuva passar, em baixo do tolde de um bar...

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 7



16 de junho de 2013:

Estava lendo uns poemas escritos pela minha irmã ontem, e teve um que me chamou a atenção. Minha irmã escreve muito bem, mas aquele poema estava além das habilidades dela de escrita. Era muito mais metrificado, muito mais carregado de sentimentos. Mas não foi só a qualidade que me chamou a atenção: foi a letra. Não era a letra dela. Era uma letra mais bruta, menos trabalhada, quase num garrancho. Sem dúvida era a letra de Daniel. Porém o que eu estranhei, foi que a poesia parece ter sido escrita recentemente. Eu nunca a vi antes... como se... não, não pode ser. Simplesmente não pode.

Apesar de tudo, é uma poesia belíssima. Irei transcrevê-la agora para cá:



“O Observador Noturno:

Abre-te lábios em ímpeto sorriso
Por entre faces que de súbito abandona
Dir-te-ei que me trancaste em paraíso
Por tua alma repousada que ressona

Por tantos mares que corres inconsciente
De fantasias vivo, voa e me abandona
E por abismos que me perco em tua mente
Por tenro modo sou, de todo, levado à tona

E me imagino onde voas nesse instante...
Salgados mares de repouso, calmaria
E pela janela sinto chegar novo dia

E quando despertas já estou tão, tão distante...
Comigo levo minhas lembranças, meu açoite
E tenho a esperança de te ver mais esta noite”

Estava guardado na gaveta do criado-mudo de Anna.

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 6




6 de junho de 2013:

Acho que estou ficando louco.

Ando pensando muito em Daniel e na tristeza da minha irmã, e acho que a culpa está me consumindo. Acordo de madrugada ouvindo a voz dele chamando o nome dela pela janela. Vejo vultos no jardim e no quintal durante a noite, e posso jurar que vi o rosto dele me observando pela janela de noite. Mas é tudo coisa da minha cabeça. Se não fosse por mim ela teria passado os últimos momentos junto dele. Não sei o que fazer, minha tristeza só aumenta. Anna já não fala mais comigo. Não fala com ninguém.

Ela começou a escrever poemas também, todos sombrios como os de Daniel, talvez seja por conta da saudade.

Espero que dias melhores estejam por vir.

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" PT 5




2 de junho de 2013

A casa caiu. Daniel desapareceu. A família dele está desesperada. Ninguém sabe o que realmente aconteceu, ele simplesmente sumiu, sem deixar vestígios. No seu quarto não encontraram nada de anormal além de uma grande quantidade de poemas espalhados pelas gavetas.

Anna está desolada. Passa o dia chorando baixinho. Me sinto triste por ela. Tento confortá-la e dizer que está tudo bem, mas sei que não é verdade. Algo me diz que tem a ver com aquele homem de terno que vi há dois meses atrás. Tenho quase certeza que foi por causa dele.

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" PT 4





4 de maio de 2013

Cara, Anna tá muito fodida.

Essa madrugada eu estava dormindo quando acordei de madrugada com um barulho que vinha do quarto ao lado. Me levantei e fui silenciosamente até a porta do quarto da minha irmã. Eu podia ouvir vozes lá dentro. Ela estava conversando com alguém. Abri a porta de súbito e encontrei-a sentada na cama. Sentado à sua frente estava Daniel. Ele me olhou com uma cara assustada. Eu me assustei também e dei um grito, que acordou nossos pais. Eles saíram do quarto deles à tempo de ver Daniel fugindo pela janela.

A Anna levou uma bronca e agora está de castigo. Eu sabia que eles estavam namorando. Mas não sabia que já haviam chegado nesse ponto. A Anna tentou se explicar, disse que ele estava com medo de dormir sozinho, que os pais haviam viajado, e outras coisas do tipo, mas não colou. Ninguém acreditou.

Me sinto mal por ela. Pelo Daniel também. Os dois parecem ser muito solitários, é quase como só tivessem um ao outro, e agora foram proibidos de se ver... espero que esse castigo passe rápido.

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" PT 3




23 de abril de 2013

Aconteceu algo estranho hoje.

Eu estava voltando da escola à pé, sozinho (como sempre). O dia estava meio nublado, e levemente mais frio do que o normal.

Quando passava pela rua que fica um quarteirão antes da minha, passei pela frente da casa do Daniel. Estava tudo escura lá dentro, mas não foi isso que me assustou. Ele não tem irmãos, e assim como eu, seus pais passam o dia inteiro fora de casa, trabalhando, e ele fica trancado no seu quarto, em meio aos seus livros.

O que me prendeu a atenção, é que ao lado da casa, parado, estava um homem muito alto, magro, com braços e pernas grandes, inclinado sobre uma janela, como se estivesse observando algo lá dentro.

De longe não pude ver o rosto dele. Sei que não era o pai de Daniel, pois o conheço muito bem. Seja quem for aquele homem, não era um conhecido, e com certeza não era bem vindo ali, pois parecia estar à espreita, como se não quisesse ser percebido.

Fiquei uns quinze segundos ali, observando o homem. Pareceram horas. Até que ele pareceu perceber a minha presença e virou para mim. Não sei como nem por que, uma onda forte de medo percorreu meu corpo, como uma descarga elétrica, e antes que pudesse perceber, me vi correndo em direção à minha casa, sem ao menos olhar para trás.

Estou aqui no quarto até agora com medo de olhar pela janela. Algo me diz que aquele homem ainda está rondando o bairro.

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" PT 2



12 de abril de 2013

Provas, provas, e mais provas. Não que eu esteja reclamando, elas não são difíceis, eu sempre tive facilidade em aprender. Mas é que a vida anda muito cinza. É quase como se o tempo tivesse parado. Nada acontece. Nada nunca vai acontecer. É todo dia essa mesma merda de rotina. Já estou de saco cheio de tudo isso, sinceramente.

THE HOLDERS SERIES - 111 - Portador do Interminável



Então você não tem parado sua busca tola? Lamentável, mas era de se esperar. É da natureza do seu tipo continuar a qualquer custo buscar terrivelmente o conhecimento, enquanto permanece ignorante, como é para todas as suas ramificações. Eu sei que eu não posso pará-lo. Mesmo se eu pudesse, ainda mais iria querer tomar seu lugar. Então, eu, ao contrário, irei dizer o que você, sem duvidas, vai descobrir mais tarde, e pelos piores meios.

Entre em qualquer livraria da sua cidade. Quando você passar pela porta, o recepcionista parado no balcão vai olhar para você com fraco interesse. Você deve pedir para ver o ''Portador do Interminável''. Ele estará totalmente impotente diante de você naquele momento, sendo obrigado a passear em lugares que nem você e nem ele devem saber legitimamente sobre. Mas vocês vão saber sobre eles. A porta abaixo do piso de carpete, o corredor úmido e sem alegria por baixo e muito mais. Ele vai revelar tudo isso para você, e para si mesmo.

Depois de perambular em confusão, ele finalmente vai levar você para outra pessoa. Será uma mulher idosa, ou pelo menos é o que você vai pensar ser. Sua pele será livre de rugas, os dentes de um branco marfim muito parecido com seu cabelo. Mas, apesar de sua beleza sobrenatural, você será capaz de dizer como realmente ela é velha. Seus olhos irão trai-la de uma forma decadente e temível. Ela vai estar lendo um livro. Sua capa dá a impressão de estar muito desbotado, suas ligações ainda no local, mas visivelmente esfarrapadas. Ela vai ler seu conteúdo em voz alta ao longo do tempo. Eles vão parecer eufóricos, semelhante aos devaneios de um lunático ou gritos de guerra de uma tribo misericordiosamente esquecida. Elas não são.

Você deve dizer a ela, que você a esperou sua vida inteira. Isso irá parecer absurdo para você, mas não é. Você vai perceber isso logo que proferir essas palavras. Após sua esmagadora realização, ela vai lhe entregar uma carta que parece ainda mais maltratada do que as páginas do livro.Depois você deve pedir ao funcionário para levá-lo de volta imediatamente, ou você também vai se tornar como ela.

Se você ler a carta, vai notar algo. Apesar do aparente nanismo, o espaço dentro dela é infinito. É verdade, existem palavras sobre ela. Mas esses pontos pretos, indeléveis como podem ser, são apenas pequenos grãos de areia em um oceano infinito de branco.


Elas são o 111º Objeto de 538

"Ela não termina. Mas em pouco tempo, voce vai desejar que isso acabe."

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 1




4 de abril de 2013:

Meu nome é Edgar. Edgar Macedo. Tenho 14 anos, moro em Florianópolis, Santa Catarina. Esse é o meu primeiro diário, então eu não sei muito bem como escrever essas merdas.

Enfim, estou escrevendo isso no computador por que é mais rápido, e escrever à mão é simplesmente um saco. Eu não sei muito bem como diários funcionam, se eu não me engano eu devo escrever como foi meu dia. Na verdade, não foi nada demais. Minha vida anda a mesma merda de sempre: estudo e vídeo-game. A da minha irmã que está ficando louca. Ela já tem dezesseis, e em breve estará no terceiro ano do ensino médio, o que dizem que é o ano mais corrido e estressante da escola.

Meus pais andam, como sempre, bem distantes, trabalhando o dia inteiro. É meio chato passar o dia sozinho... quer dizer, meus pais sempre foram bem distantes, e não reclamo por isso. Afinal, se eles não trabalhassem tanto, não teríamos toda essa condição financeira que temos hoje. Digo mais pela minha irmã mesmo. Antigamente éramos muito próximos, brincávamos o dia todo. Nunca lembro de termos brigado uma única vez. Mas nos últimos tempos ela passa o dia trancada no quarto. Segundo ela, ela passa o dia lá estudando. Mas eu sei que não é isso. Anna está entrando em depressão. Ela estuda muito para passar pro curso de medicina, mas por algum motivo pensa que não será capaz. Talvez seja a enorme pressão sobre ela, não sei. Só sei que ela passa o dia trancada no quarto, chorando.

E nos fins de semana, quando ela finalmente sai do quarto, ela quase não fala comigo: vai visitar Daniel, seu melhor, e provavelmente único amigo. Eu tenho medo daquele rapaz. É um ano mais velho do que ela. Tem a pele morena, olheiras profundas, e sempre está com uma feição cansada. Conheci ele ano passado. Apesar de à primeira vista meter medo em qualquer um, ele é realmente bem inteligente. Escreve poemas belíssimos, e está sempre lendo algum livro de literatura clássica. Mais recentemente, vi que estava lendo “Crime e Castigo” de algum autor russo cujo nome é impronunciável.

Acho que é basicamente isso. Já são quase meia noite e eu realmente preciso dormir. Amanhã tenho uma prova de química.

The Holders Series - 110 - O Portador da Humildade.


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá pra qualquer hospital que você puder entrar, e peça para visitar "O portador da Humildade". O atendente vai abaixar sua cabeça, agarrar sua mão e te levar por um corredor completamente branco. Você deve manter sua mão entre as mãos do atendente se você deseja viver. Enquanto você desce pelo corredor, você vai ouvir um piano tocando fracamente a distância. Caso a musica pare de tocar, sussurre "Você errou uma nota". Se a musica não voltar o corredor vai se tornar completamente escuro, nem mesmo um milagre vai te salvar do que está prestes a acontecer. Se a musica voltar a tocar, continue a andar pelo corredor até que o atendente solte sua mão e siga em frente, não se incomode se segui-lo.

Ilumine-me


Quando cai a escuridão,
anseio pela tua luz.
As sombras não mais me acolhem,
agora que eu conheço a satisfação
de me banhar em tua graça. 

Esse breu impuro apenas me lembra
do quão podre eu estou por dentro.
Preciso de ti para me puxar de volta à superfície,
antes que eu me afogue nas águas negras da solidão.

Porém se tu retornas à claridade de teu próprio mundo,
eu continuo só,
me mesclo às sombras,
e logo não serei nada além de um espectro entre muitos outros.

By: Misaki Mei (eu).

Então, vocês provavelmente esperavam um conto de terror pesado. Às vezes eu também escrevo poesia gótica e mórbida. Com certeza essas estrofes vão causar efeito em quem se identifica com elas.

Perfume de Dama-da-noite


Ontem de madrugada, eu caminhava  de volta para casa após uma noitada. Estava cambaleante de tão bêbado, minha visão turva mal era capaz de me guiar pelo caminho. 

Porém, com meus sentidos entorpecidos, eu estava achando aquela noite especialmente bela e misteriosa. A lua cheia e extremamente luminosa banhava a rua deserta com seu brilho prateado e lânguido. Não era possível ouvir nada além de meus passos atrapalhados e um ocasional ruído de grilos. E o perfume de dama-da-noite, aquela flor branca, delicada e venenosa que só exala seu aroma adocicado após o pôr-do-sol, parecia impregnar todo o ambiente, empestando o ar que eu respirava. 

The Holder Series - 109 - O Portador do Rigo Mortis


Em qualquer cidade vá a um hospital que possa entrar. Quando entrar você verá a recepcionista atrás do balcão. Não se aproxime dela, simplesmente fique onde está. Então imediatamente finja seu melhor desmaio ou qualquer outro sintoma médico que possa fazer. A recepcionista vai ver antes de chamar ajuda vai dar um suspiro. Vários doutores vão lhe coloca-lo em uma maca através de várias portas por um corredor aparentemente interminável. As luzes vão ficar piscando e você poderá dar uma olhada nos doutores em sua forma de morto. Depois do que parecer horas, você ficará cansado e perderá toda a sensação de seus membros. Você será levado a um quarto e será deixado ali. Vai lhe parecer como uma sala de operação normal, com uma mesa de operações, contendo bisturis, agulhas e seringas e outras parafernálias médicas. De lá caia no sono deitado de costas e sua cabeça olhando para o teto.

Quando acordar, você verá doutores, sendo eles gêmeos siameses ligados pelo quadril, em pé ao lado de seu leito. Você pode tentar levantar mais verá que está duro como uma rocha e todo seu corpo estará dormente. A cabeça da direita vai falar: " Muito bem ele está acordado.", e vai começar a lhe operar. O doutor mais perto de você vai cortar sua camisa e pedir o outro que está mais longe um item. Ele vai dar um bisturi e vai te cortar do topo do seu peito até o umbigo. Será melhor se não olhar, pois pode passar mal ou até ficar louco. Você não vai sentir dor, porém o conhecimento de saber que está sendo cortado já é de grande peso. Eles vão te operar por horas, o doutor da direita te corta e o da esquerda entrega as ferramentas. No fim ele vai lhe costurar de volta e deixa-lo coberto em sangue e outros fluidos corporais. Para voltar ao mundo real basta dormir novamente.

Quando acordar você sentirá um desconforto em seu abdômen. Se olhar para baixo, achará um bisturi ligeiramente perfurando seu estômago, fazendo uma aba vertical de pele ensanguentada. Pegue o bisturi e faça um curativo em seu estômago usando a bandagem ao seu lado. Após isso refaça seu caminho até a recepção mas mantenha o bisturi com você. Quando a recepcionista perguntar se ela pode lhe ajudar, enfie o bisturi em sua cabeça. Ela vai gritar alto em agonia e desmaiar no chão. De a volta no balcão e incline-se perto dela. Segure o bisturi em seu pescoço, pergunta alto e com raiva: " Porque eles estavam morrendo?". Ela vai tossir e cuspir sangue, então vai lhe contar uma história de um massacre. Todos que morreram na historia morreram dolorosamente e sem piedade. Muitos membros foram amputados dessas pessoas e elas foram mortas somente pelo prazer de matar. A história vai te fazer tremer de medo e terá vontade de sair desse lugar miserável. Quando ela terminar a história seus olhos vão ficar pretos e ela vai cuspir na sua cara. Crave o bisturi em sua cabeça novamente. Tão rápido como você fez saia do hospital. Eles vão te machucar e matar se ficar.

O bisturi é o 109º Objeto de 538

"Sendo o segundo bisturi, você pode segurar os dois um em cada mão como arma para lutar pela sua vida. Você saberá quando chegar a hora"

10 Frases de Arrepiar


  • 1. Eu estava tendo um sonho bom quando um som de martelar me acordou. Depois disso eu mal conseguia ouvir o som da terra cobrindo meu caixão sobre os meus gritos.
  • 2. Uma garota ouviu a mãe gritar o seu nome do andar de cima, então ela subiu as escadas. Já no andar de cima sua mãe a puxou para o quarto e disse: " Eu também ouvi a voz".

THE HOLDERS SERIES 108 - O Portador do Vermelho


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá a qualquer sanatório ou asilo que você puder encontrar. Quando você chegar à recepção, peça para visitar aquele que se denomina "O Portador do Vermelho." O atendente irá assentir e te entregar um caderno velho e empoeirado. 

Slender Parte 1: Caso Thomas Nealy


Essa primeira parte vai ser pequena. Vamos falar de um dos casos mais estranhos que já viajou pela web, o Caso de Thomas Nealy.

Em 7 de Outubro de 1989. Jessica brincava na casa de uns amigos quando seu pai ligou para pedir para ela voltar para casa pois estava escurecendo quando o pai do amigo falou que havia meia hora que ela tinha saído sendo que o trajeto demorava 5 minutos sendo assim seu pai saiu a sua procura pois havia uma floresta e eles costumavam brincar. Após seu sumiço a policia interrogou o pai e o vídeo a cima é a gravação do interrogatório. Após a confusão no áudio ( ouçam primeiro o áudio) ouve-se dois tiros quando outros policiais chegaram ao local não encontraram ninguém, somente duas capsulas de bala

The Holders Series 107 - O Portador do Azul


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá para qualquer instituição mental ou casa de repouso que você puder entrar. Quando você chegar na recepção, peça para visitar alguém que se intitula "O Portador do Azul". O funcionário vai dar um passo para trás e sussurrar através de uma gaveta. Se ele tirar os olhos de você ou você tirar os olhos dele, corra. Ele vai alertar o portador e o destino de todos aqueles na sala vai estar selado. Se ele lhe der um velho caderno, pegue-o, corra e procure por uma cadeira. Ela vai ser azul, e marcada com "Tinta fresca". A cadeira está seca. Sente nela e abra o caderno. Leia cautelosamente, ele vai estar cheio de rabiscos e asneiras sem sentido. Procure escrever em uma pagina com uma tinta que combine com a cadeira. Isso vai lhe dizer palavras vitais, mas elas mudam toda vez que o portador é chamado.

Anjos e Demônios

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A EVOLUÇÃO DO MAL

Samuel Buttler disse uma vez: 

"Ninguém nunca ouve a versão do demônio, porque Deus escreveu todos os livros. Os seguintes retratos do hospedeiro negro podem de alguma forma quebrar esse monopólio. A queda dos anjos rebeldes é um assunto que padres e teólogos tem se esforçado muito para distorcerem. A lenda inteira não passa de uma longa e convencional história."
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The Holders Series - 106 - O Portador da Intuição


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá para qualquer instituição mental ou casa de repouso que você puder entrar. Quando chegar a recepção peça par visitar alguém que se intitula "O portador da Intuição". O Recepcionista vai levantar e leva-lo para uma porta completamente branca, mas não vai abri-la. Nem você será capaz de fazê-lo. Retorne a recepção e espere o recepcionista voltar também. Repita seu pedido e espere silenciosamente enquanto o recepcionista pega o chaveiro da escrivaninha.

O chaveiro vai ter doze chaves, de vários tamanhos, formatos e cores. Se você retornar para a porta, você não saberá com qual das chaves abri-la, e usar a chave errada vai congelar seu corpo no vão da porta pela eternidade. Retorne a recepção e peça pela "Peça final desse enigma". O Recepcionista vai pedir para ver seu antebraço, e vai traçar uma fina linha com uma navalha do cotovelo a palma. O Recepcionista vai então sentar novamente e ficar totalmente em silencio, respondendo apenas a uma questão, "Como eu vou encontrar a verdade?"

Ele ou ela vai responder "Embora a verdade seja elusiva, você agora vai ser ajudado a encontrá-la" e desaparecerá.

Você vai olhar para baixo no corte e descobrir que ele está agora brilhando o branco mais brilhante. Assustado, você vai deixar as chaves e o brilho vai desaparecer. Quando pegar as chaves de novo, você vai perceber que o brilho vai retornar somente quando você segurar a chave correta. Se você puder manter sua compostura após isso, siga em frente e use a chave para abrir a porta. Passe pela porta e você vai encontrar-se em um quarto branco circular com mais de vinte portas. Aponte a chave para cada uma das portas e seu corte vai brilhar quando apontar para a porta correta. Entre nessa porta ( As outras levam para um alçapão com uma queda eterna ) e você estará na mesa de novo, mas uma mulher em um casaco vermelho vai estar sentado na mesa no lugar da recepcionista. Ela vai pedir para ver seu antebraço e esfregará o indicador e o dedo médio. Ele vai brilhar fortemente e você vai sentir uma sensação de frio tão avassalador que você vai preferir tê-lo aceso com chamas. Não se mova, mesmo com as sensações extremas: simplesmente fique parado ali, o máximo que puder até que ela tenha terminado, em certo ponto ela vai se virar e sair do quarto, não siga ela, ou sua missão até agora não valerá de nada e você vai sofrer de uma morte inimaginavelmente dolorosa.

Olhando de volta para a escrivaninha, você vai encontrar um pedaço de papel que a mulher deixou para trás. Pegue-o e leia-o "Sempre que você se encontrar perdido, você vai novamente ser apontado para a direção correta"

Seu corte encontrador de caminhos é o objeto 106 de 538.

"Que ele aponte o caminho certo quando você mais precisar"

Bonecas de Noiva


Quando eu estava no ensino fundamental, eu li um artigo em uma revista que me assustou. Até hoje, quando penso nisso, acho perturbador. 

O artigo era sobre uma tradição esquisita praticada em vilarejos rurais no Japão. 

Lá, quando um homem jovem morria antes de se casar, eles colocavam uma boneca vestida de noiva dentro do caixão. A boneca recebia um nome e eles eram cremados juntos. Eles acreditavam que se fizessem isso, o jovem teria um casamento feliz na vida após a morte.

The Holder Series - 105 - O portador da Voz


Em qualquer cidade em qualquer país vá a uma instituição mental ou casa de repouso que você possa entrar. Quando chegar a recepção e peça para ver alguma coisa que é conhecida como Portado da Voz. O trabalhador vai tentar esconder um breve olhar de pânico, mas vai se recompor. Ele vai lhe jogar um saco plástico preto, pequeno e sem marcação e irracionalmente vai embora. Você não precisa seguir seus passos, mas algo vai te dizer para seguir seus passos.

Você vai passar por um corredor mal iluminado com janela panoramicas como janelas. Independente da hora que for o exterior vai parecer escuro. Caso olhe para fora você verá uma floresta infinita. Se achar que viu movimentos na floresta não vire. Continue andando até o fim do corredor.

Não vai haver uma porta, somente uma parede com um papel de parede descascando, o trabalhador vai tirar um pedaço do papel e fugir na escuridão, quando você terminar de rasgar você vai se ver em sótão empoeirado. No centro vão existir dois objetos: uma boneca pequena e um gravador. Ambos são antigos e cheios de pó.

Se você examinar a boneca verá uma manivela de metal sobre ela. Juntando os dois sairá um som um pouco parecido com unhas arranhando a madeira.

Aperte Play no tocador. Que vai tocar mesmo sem bateria. Haverá um som abafado feminino em perigo.Você não conseguirá entender nenhuma palavra. E vai continuar até você apertar para parar.

Sua decisão final será se deve ou não ouvir os dois sons juntos. A sacola que foi dada a você contém dois pregos de ferrovia enferrujados. Você sabe o que deve fazer.

No momento que tentar ouvir os dois sons juntos , o chão vai começar a tremer e a sala em sua volta vai começar a desabar. Se sobreviver ao desabamento do prédio você será assombrado por um som tão estridente e irritante que se ouvir mesmo que por um curto período de tempo, você sangrará pelos ouvidos até a morte. Antes mesmo que isso aconteça, sentirá uma grande vontade de enfiar os pregos nos ouvidos para parar o som.

Sua única esperança que no meio do som demoniaco é pegar a boneca e o gravador e prega-los no chão. Caso consiga você achará dentro do gravador quebrado uma fita que não pode mais ser repoduzida e que emite um zumbido que ouvir de perto.

Isso é o 105º Objeto de 538

"Quando a hora chegar, tudo que foi guardado dentro será revelado"

O Espírito Incendiado


Baseado em uma história real japonesa.


Alguns meses atrás, uma parente distante minha faleceu subitamente, deixando sua filha de 7 anos. A pobre garotinha ficou abandonada e inconsolável, ninguém a queria, até que minha tia decidiu acolhê-la. Ela poderia fazer companhia a sua própria filha. Ela fez o máximo para que a garota fosse feliz, mas ela se tornou uma criança muito quieta e melancólica, com medo de todos, sempre escondida atrás da saia de sua mãe adotiva. Devia ser o trauma.

Certo dia minha tia me ligou, perguntando se eu poderia ficar de babá durante uma noite. Aceitei sem pestanejar, pois adorava crianças e estava muito ansiosa para conhecer minha priminha. Lá chegando, minha tia tentou nos apresentar, mas a menina mal tinha coragem de me olhar nos olhos. Seu nome era Tsubaki e ela era tão linda e gentil, porém parecia estar sempre aterrorizada. E não era a mim que ela temia, eu tinha certeza. Parecia algo que ninguém além dela podia ver.

Mais tarde naquele dia eu estava lendo um livro de contos infantis para Tsubaki, que estava deitada no meu colo. Interrompi minha leitura quando percebi que ela adormeceu e sorri para o seu semblante tranquilo. Então, senti algo muito estranho. Como se alguém estivesse nos observando fixamente. Podia sentir olhos queimando na minha nuca, eles vinham de trás do sofá no qual eu estava sentada. Olhei para trás involuntariamente, e vi uma marca negra na parede branca. Se assemelhava a uma mão, e quando eu toquei nela, recuei imediatamente. Estava fumegante, soltando fumaça. Tentei ignorar aquilo. Podia ter sido... Um acidente de cozinha?

Anoiteceu e Tsubaki e eu fomos para a cama cedo. Dormimos no mesmo quarto, pois ela não suportava ficar sozinha. Algo típico de crianças com medo do escuro, certo? Eu não consegui pegar no sono pois percebi que a menina se remexia inquieta na cama, como se algo a perturbasse. Perguntei se ela estava se sentindo bem. Ela foi até mim e agarrou meu pulso com força. Então sussurrou em um fio de voz, mas com uma seriedade gélida:

- Eu estou vendo uma pessoa escura.

- Hã?

Ela apontou para o meio do breu e eu segui os seus olhos. Me concentrando, pude ver um par de olhos negros e brilhantes se distinguindo na escuridão. Eles nos encaravam fixamente, sem piscar. A silhueta de uma mulher era mais escura do que as sombras do quarto e se destacava. Abracei Tsubaki, fechei os olhos com força e tentei me convencer de que era apenas um sonho. Mas o espírito, ou seja lá o que fosse, não desviou os olhos de nós, e eu podia sentir enquanto ouvia o choro baixinho da criança.

No dia seguinte, ainda estava com a imagem nítida em minha mente quando fui conversar com minha tia. Tomada de uma súbita curiosidade, quis esclarecer algumas coisas que não sabia sobre a morte da mãe da garotinha.

- Ninguém me contou como a mãe dela morreu.

- Ela foi encontrada nas ruínas em chamas de sua casa. Seu corpo estava completamente carbonizado, irreconhecível. Dizem... Dizem que ela incinerou a si mesma. Por sorte Tsubaki estava na escola.

A voz de minha tia tremia. Realmente, era uma história terrível.- Mas ela não sabe como sua mãe realmente morreu. Não tivemos coragem de contar a ela. É melhor assim.

Assenti em silêncio, de olhos arregalados. De uma vez só, compreendi. A pessoa escura era o espírito queimado da mãe de Tsubaki. Ela a visitava toda noite, cuidando de sua filha. Talvez ela quisesse algo mais. Mas a menina não sabe quem é ela, e isso vai deixa-la aterrorizada a vida inteira.

Achei que devia contar a Tsubaki, mas também não tive coragem. Então apenas fui embora, rezando em silêncio pela alma daquela mulher. Olhei para trás enquanto me afastava e vi a doce garotinha acenando para mim da janela. Atrás dela, um vulto escuro. Estremeci pela última vez, e diversas vezes aquela imagem assombrou meus pesadelos. Mas não era eu que teria que dormir com aquela alma penada me olhando.

Pouco depois, minha tia morreu. Simplesmente foi encontrada sem vida em sua cama. Infarto fulminante, eles disseram. Mas parecia coincidência demais, certo? Aquela mulher queria sua filha de volta e faria qualquer coisa para conseguir. Então, Tsubaki foi enviada para um orfanato. Não sei onde ela está agora, mas tenho certeza de que enquanto ela viver, o espírito perturbado a acompanhará.

SOBRE

Criado em junho de 2013, Ler Pode Ser Assustador é uma família de colaboradores que tem como hobby escrever, traduzir e compartilhar histórias/creepypastas com seus visitantes. Com gênero voltado ao terror, o blog traz mais de Mil publicações, dentre elas: creepypastas, lendas urbanas, livros, mangás, séries, filmes e etc).


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