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a Família LPSA

Criado em junho de 2013, Ler Pode Ser Assustador é uma família de colaboradores que tem como hobby escrever, traduzir e compartilhar histórias/creepypastas com seus visitantes. Com gênero voltado ao terror, o blog traz mais de Mil publicações, dentre elas: creepypastas, lendas urbanas, livros, séries, filmes, etc. O Blog é mais conhecido por seu trabalho com as traduções da série de creepypastas: The Holders (Os Portadores) e também por suas próprias séries, como: O Terror Está ao Seu Lado, Adote Um Demônio, Pergaminhos da Morte e Meu Pesadelo Acordou Para a Realidade.

|LPSA|

Onde Ler Pode Ser Assustador

Desde 2013

Publicações

A Mad Man Search - Capitulo 1.


Ainda com a arma em mãos em estado de alerta ele examinava a moto, era necessário ter certeza que apenas a falta de gasolina seria o problema dela. "Certo, a moto ta ok, só acabou a gasosa mesmo, isso eu posso resolver, deve ter um posto aqui por perto..." Sons de passos na estrada tomaram conta de sua mente, o medo do desconhecido o fazia suar.

Escuridão

Não sabia ao certo por quanto tempo havia permanecido apagada. Mas sentia uma estranha e leve corrente passar por toda a minha pele. Aquecendo e deixando o suor escorrer por meu corpo. E minha visão não mostrava nenhuma sensação ou nitidez do que estava ao redor, tudo estava estranho e distorcido. Minha vista estava turva e ao longe se via uma porta de madeira que parecia marcada com algo escuro e negro que parecia escorrer pela porta e suja o corredor. Agora, aos poucos podia sentir meus sentidos voltando para mim. E então percebi o qual era ruim o lugar. 

O quarto estava revirado, e havia várias roupas e panos pelo chão. A tinta descamava das paredes e caía devagar no chão , as luzes estavam quebradas, junto com o vidro das janela que estava manchado com uma tinta negra e cheio de marcas de dedos.

Onde A Floresta Acaba


Em uma pequena cidade no estado de Washington em 9 de janeiro de 1992, às 06h21, uma mulher foi encontrado deitada de bruços em uma poça de água da chuva, sangue e sujeira próxima a uma estrada. Ela foi levada para o escritório do xerife local, depois que ela foi encontrada por dois policiais em seus turnos de rotina, o xerife Michael Ogden e o Vice deputado -Landon Marx. Além de alguns pequenos arranhões e contusões ela estava fazendo pressão um machucado sangrento ao seu lado e tinha, a julgar pelo seu modo de andar, torcido o tornozelo. 

Nossas " Críticas/ Recomendações" apresenta: Invocação do Mal

Sinopse:
Baseado em uma história real, o longa se passa em uma casa mal-assombrada, para onde a família Perron se muda, liderada por Lili Taylor e Ron Livingston . Quando fica claro que uma entidade obscura os está perseguindo, eles chamam os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren ( Patrick Wilson e Vera Farmiga) para ajudar.

Data de lançamento:
19 de julho de 2013 ( EUA )
13 de setembro de 2013 ( BRA )
Direção: James Wan
Música composta por: n/a
Roteiro: Chad Hayes , Carey Hayes
Produção: Peter Safran, Rob Cowan, Tony DeRosa-Grund

Notas do VASCA: 4,3 de 5,0
Notas do IMDB: 7,5 de 10,0
Notas do Adoro Cinema: 4,0 de 5,0
CURIOSIDADES

História real
Baseado nos eventos ocorridos com a família Perron na cidade de Harrisville, em Rhode Island.

Memórias sinistra
Apesar das lembranças dolorosas, Roger Perron e seus cinco filhos foram ao local das filmagens de Invocação do Mal.

Entrando na personagem
A atriz  Vera Farmiga contou com a ajuda da verdadeira medium Lorraine Warren, que auxiliou na preparação do longa-metragem.

Juntos novamente
O longa reúne o diretor James Wan e o ator Patrick Wilson, que já haviam trabalhado juntos no terror sobrenatural. O filme anterior também trazia um casal morando em uma casa junto com espíritos do mal.

Nova parceria
O diretor de fotografia John R. Leonetti trabalhou com James Wan em Gritos Mortais e Death Sentence.

Lar Doce Lar
As sequências do lar de Ed e Lorraine Warren foram filmadas em uma casa de verdade, decorada pela designer de produção Julie Berghoff com um tapete e papel de parede que remetem aos anos 70.

Custos
Orçado em US$ 13 milhões.

Comentários:
Vamos comentar a primeira visão deste filme. Pode se perceber que e  diferente dos filmes lançados recentemente, e creio que pode ser dado pelas perspectivas e pontos de vista diferentes que são mostrados. O filme se inicia com uma base simples em que lhe da a sugestão de ser um documentário ou algo do tipo.
E logo após ele se torna algo mais, tudo passa a ser complicado e muda por completo, como se e colocado os detalhes do ambiente, e como é gravado cada uma das cenas. Seus pontos de vista, a posição da câmera, e as personalidades de cada um.
E ai quando o filme começa a avançar, aquilo que lhe a dá a sensação maravilhosa de susto e um até um certo pânico, e como cada lado e exposto na casa, e como e mostrado as reações de cada um. Assim, aquele lugar que podia ser acolhedor para uma família vira uma enorme cadeia aleatória de sustos. E um dos pouco filmes que não se vê a necessidade de um choque/ ou corte feito de efeitos sonoros para assustar. Simplesmente está lá, acontecendo.
A visão que se passa nesse filme, não é de ficar assustado, mas sim em pânico por causa de tudo estar tão incerto, mostrando que o foco de terror está em todos os cantos. E não somente um ponto qualquer no filme.
Então aconselho a prestar atenção e se envolver no filme. E apagar as luzes...
E aquele sentimento que você busca em um filme de terror bom estará lá te esperando.

Stay Scary

Referências

Acordado


Pessoal, estamos iniciando agora um Canal do Youtube uhuuu (can be real... LPSA is... LPSA is...)!

Ainda estamos em fase de teste, estamos em dúvida sobre o titulo do canal, enfim, esse é o nosso segundo vídeo, espero que gostem!

Feliz Natal

O blog LPSA deseja um feliz natal a todos os leitores e que tenham uma boa noite e um feliz dia amanhã! ~Tio Vasca

Isso mesmo seus bundão, não sou muito dessas coisas mas uma certa pessoa me trouxe um pouco da humanidade há muito esquecida por mim, então, feliz natal para vocês! ~Tio Rooku

Só dando um update aqui: Tenham um terrível e assustador Natal *--* ~Tio Rogers

Amor


O que é isso?

O mundo todo parou. Eu caminhava, tão leve, tão solto. Era como se a gravidade não existisse mais. Tudo estava congelado. As folhas que caim das árvores pararam no ar. Os pássaros, as pessoas, tudo, sem exceção estava parado. 

Mas onde eu estou? Que lugar é esse? Eu não estava aqui. Como vim parar aqui?

Nossas " Críticas/ Recomendações" apresenta: Os Outros


Sinopse:

Durante a 2ª Guerra Mundial, Grace (Nicole Kidman) decide por se mudar, juntamente com seus dois filhos, para uma mansão isolada na ilha de Jersey, a fim de esperar que seu marido retorne da guerra. Como seus filhos possuem uma estranha doença que os impedem de receber diretamente a luz do sol, a casa onde vivem está sempre em total escuridão. Eles vivem sozinhos seguindo religiosamente certas regras, como nunca abrir uma porta sem fechar a anterior, mas quando eles contratam empregados para a casa eles terminam quebrando estas regras, fazendo com que imprevisíveis consequências ocorram.

A Mad Man Search - Prologo.

Olá crianças da noite. Creio que não me apresentei antes a vocês que seguem o blog, sou um dos mais novos integrantes: Shadow The AbyssWalker, bom esse era meu nick antigo, agora com a reformulação que teremos no blog começarei a usar meu nome de verdade: Klayton Sá. Bem eu estou com um pequeno projeto chamado A Mad Man Search, por enquanto somente o prologo está pronto e já estou desenvolvendo mais dois capítulos, caso esse projeto seja do agrado de vocês, caríssimos leitores, seguirei com ele adiante. Por isso peço que deem um Feedback do que estão achando dos capítulos xD.

Bom chega de enrolação... Fiquem com o Prologo de "A Mad Man Search."


 "Aaaaaaah... O-oque? Onde eu tô? Que raios de lugar é esse?"

Dizia uma voz em meio a escuridão, uma voz tremula e assustada. "Tá bom, se acalma... Fica calmo... Isso... Respira... Certo, tá muito escuro mas acho que eu tô numa floresta..." Pensava. "Como eu vim parar aqui velho...? Eu tava com a minha moto na estrada... E uma criança apareceu, isso foi uma criança, eu tentei desviar e cai... Acho que não cai muito longe... Estou escutando o motor da moto."

E em meio aquele escuro local ele seguiu, sentindo olhos o observar a cada passo, a cada vez que respirava, mas tomou coragem, precisava chegar até sua moto, precisava continuar fugindo, sua sanidade dependia disso.

"Essa luz, é da moto!! Ah cara ela ta inteira ainda, nem arranhou nem nada..." Sua empolgação havia sumido, ele se sentia mais observado do que antes. "Quem está ai? Responde merda? Quem tá ai porra?" O vento chiava sobre as arvores, a neve caia sobre seus cabelos, o medo começava a dominar sua mente, em um ato de defesa, sacou a arma que havia roubado daquele guarda que tanto odiava. "Vamos apareça maldito!!" Ele esperou... Tentou ouvir algum som além de sua moto... Porém somente sua respiração lhe soava aos ouvidos neste momento. Sua moto estava sem gasolina. "Essa não, como vou sair daqui agora? Preciso chegar aquela cidade, Ela me chama em meus sonhos mais profundos, ela grita aos meus ouvidos... Creio que só encontrarei a paz quando a encontrar..."

Futuro do LPSA para 2015


Olá pessoal aqui é o Tio Vasca  passando para informar algumas coisas que irão acontecer no LPSA em 2015, primeiramente queria dizer que merecemos umas férias após esse ano maravilhoso, não são todos mas alguns vão sair. E já peço desculpas, pois algumas séries, como THS, vão dar uma paralisada até dia 5 de Janeiro. É só o tempo de recuperar o fôlego e a criatividade. Ainda vão rolar posts soltos durante esses dias.

O LPSA vai passar por uma reforma muito grande esse novo ano, tanto de staff (pessoas novas como o Finger e o Shadow entraram) e alguns antigos estão saindo. Vou desejar uma boa sorte para Say que vai ficar afastada um tempo e esperamos que ela retorne firme e forte. Uma coisa para ficar mais fácil e adulto (hehe) nós vamos sepultar todos os nick, e usaremos nossos nomes daqui em diante. Nosso layout vai mudar também, estamos só aguardando ficar pronto. Finalmente vamos organizar posts para ter um por dia, o THS serão dois por semana, as Tags serão limpas. Tínhamos muitas que só confundiam então estarão todas organizadas, nós vamos dar uma secadas nas parcerias só as que realmente merecerem vão ficar. Quando nós tivermos a programação de cada dia do que será postado nós avisaremos. Conto com a compreensão e colaboração de vocês, caso fique alguma dúvida estamos a disposição para esclarecer


A Boneca


Cabelos cacheados, de um dourado pálido
Ela vai te arrastar para o seu abraço doce e gélido
Olhos de vidro, ela vai agarrar seus pulmões
E roubar seu fôlego
E prender sua língua

Porcelana, sua pele como marfim
Ela vai alisar sua face em um sonho sem fim
Ela vai te estraçalhar, drenar todo o seu riso
E te deixar indefeso
E escurecer seu céu, destruir seu paraíso.

The Holders Series - 120 - A Portadora dos Doces


Em qualquer país, em qualquer cidade, entre em um carro, sozinho. Dirija pelo oeste até chegar a um campo. Encontre uma casa em um lote espaçoso que parece ter uma família vivendo. Saia do carro na estrada e caminhe lentamente até a calçada, olhando apenas para seus pés. Não importa o que você ver em sua visão periférica, não olhe para cima ou ao seu redor.

Minha Vizinha Tem Muitos Gatos


Minha vizinha de andar tem muitos gatos, e como a porta do apartamento dela fica bem ao lado da minha, fica difícil ignorar esse fato. Ela é a típica maluca dos gatos. Solteirona, taciturna, e embora eu saiba que ela não é tão velha assim, suas roupas encardidas, fedendo a mofo, e seu cabelo crespo, precocemente grisalho, a fazem parecer uma mendiga idosa. Ou uma bruxa. Essa mulher definitivamente não é normal, e eu acho que ela deveria estar morando em um hospício, não do meu lado.

Eu raramente a vejo sair de casa, mas há uma portinhola na sua porta da frente por onde os gatos podem sair. De dia eles ficam enfurnados lá dentro com ela, mas de noite eles começam a vadiar pelo prédio, camuflando-se nas sombras e assustando quem quer que cruze seu caminho, com seus olhos que brilham no escuro. 

Não sei ao certo quantos gatos ela tem. Já tentei conta-los, mas é como contar estrelas. E são todos bastante parecidos, a maioria é preto. E eu tenho certeza de que eles não gostam de mim. De noite eu os ouço arranhando minha porta, o que pode ser assustador quando se está sozinho. E toda manhã eu saio para ir buscar meu jornal e o encontro todo destroçado, sob meu tapete da frente cheirando a mijo de gato. Acho incrível como ninguém nunca reclamou com essa doida sobre a sua família de felinos, mas parece que eu sou o único que se incomoda.

Essa nem é a parte mais esquisita. Vizinhos normais têm cachorros que latem alto ou bebês que não param de chorar. Isso é irritante, certo? Pois bem, a minha vizinha tem uma coisa semelhante. Mas no seu caso, são os miados de gato bizarramente altos. Aquele som é geralmente agrádavel e fofinho, mas quando você ouve em coro, em tom ensurdecedor e o tempo todo, fica parecendo os gritos dos torturados no inferno. Às vezes, eu até ouço uma voz esganiçada de mulher imitando os miados. Parece que a minha vizinha acha que pode se comunicar com gatos, ou que de tanto ficar cercada pelos bichanos, se tornou um deles.

Acho que você já deduziu que a senhora não tem muitos amigos, né? Nem sei como ela mesma suporta ficar cercada por aquelas criaturinhas que sobem em tudo e pulam em cima das pessoas. Mas acho que ela tem algum tipo de agorafobia, e os animais são sua única companhia. Ela provavelmente gosta mais de gatos do que se seres humanos, eles substituem sua família, e se ela está feliz assim, não tenho nem o direito de esperar que ela se livre deles ou vá embora. Eu é que deveria me mudar.

A única coisa mais perturbadora do que passar o dia inteiro ouvindo ruídos de felinos é de repente deixar de ouvir. Nos últimos dias, tudo anda silencioso na casa da doida, e eu também deixei de ver seus gatos zonzando por aí. Sinto falta deles vindo me incomodar. Isso me provocou a sensação muito estranha de ser vizinho de uma casa abandonada há muito tempo. Os jornais estão se empilhando diante da sua porta, e ela não costumava deixar isso acontecer. Bem, eu duvido que ela tenha se mudado ou viajado com todos os gatos e eu não tenha percebido. Preciso admitir que estou preocupado com a mulher.

                               ***

Isso me deixou inquieto ao ponto de eu tentar descobrir o que está acontecendo lá dentro, se é que está. Então simplesmente fui até a porta dela e espiei pelo olho mágico embaçado. Não sei se consigo descrever o que vi... A mulher estava inconsciente, estendida no chão da sala, e os gatos estavam todos em volta dela, como em um funeral. Demorei um pouco para perceber que eles estavam rasgando sua pele com as garras afiadas e mordiscando sua carne, lentamente. A minha vizinha estava morta há um tempo, dava para sentir o fedor enjoativo de seu corpo entrando em decomposição, e os felinos estavam comendo seu cadáver. Se alimentando da gata mãe, como fariam na selva.

Recuei e caí estatelado no chão, de tão assustado. Minha primeira reação foi discar o número da polícia com as mãos trêmulas. Eles chegaram pouco depois e levaram o corpo da mulher. Não me fizeram nenhuma pergunta, afinal estava bem claro o que havia acontecido ali, e eu havia entrado em estado de choque, encolhido em um canto, com os olhos arregalados. Alguns policiais de estômago fraco vomitaram. E eu só me perguntava o que eles fariam com os malditos gatos, que agora tinham os bigodes encharcados de sangue.

Não sei como consegui voltar para a minha casa e dormir naquela noite. A visão terrível estava congelada no fundo das minhas pálpebras, e o cheiro repugnante de sangue e entranhas não deixava minhas narinas. Só sei que após várias horas sucumbi à exaustão, e acordei não muito depois sentindo uma pontada de dor aguda na perna. Parecia... Que um gato havia me arranhado. Pulei de cama e vasculhei a casa inteira, mas não encontrei nada. O ferimento continuava ali. Três cortes em vertical, abertos e sangrando, claramente o resultado da patada de um felino furioso. Estou. Com. Medo.

The Holders Series - 119 - Portador da Covardia


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá a qualquer, vá a qualquer instituição mental ou casa de repouso que você encontrar. Quando chegar a recepção, peça para ver alguém que se chama "Portador da Covardia". Quando a última sílaba sair de sua boca, o funcionário vai imediatamente pegar a gola de sua camisa; deixe-o, não resista. Ele vai gritar incoerentemente enquanto agita você furiosamente. Depois de algum tempo disso, ele vai se acalmar e soltar você. Ele irá acenar para você descer uma escada que não estava lá antes. Desça as escadas, mesmo que elas estejam incrivelmente escuras.

Novidades!


Pessoal, estamos iniciando agora um Canal do Youtube uhuuu (can be real... LPSA is... LPSA is...)!

Ainda estamos em fase de teste, estamos em dúvida sobre o titulo do canal, enfim, esse é o nosso primeiro vídeo, espero que gostem!

Nossas " Críticas/ Recomendações" apresenta: O Sexto Sentido


Sinopse:

O psicólogo infantil Malcolm Crowe (Bruce Willis) abraça com dedicação o caso de Cole Sear (Haley Joel Osment). O garoto, de 8 anos, tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Malcolm, por sua vez, busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes se suicidou na sua frente.

The Holders Series - 118 - O Portador da Alegria


Em qualquer cidade, em qualquer país vá a uma instituição mental ou casa de repouso que você possa entrar. Quando chegar a recepção peça para ver alguém que se intitula " O Portador da Alegria". O funcionário vai tremer violentamente e pedir que reconsidere. Insista gentilmente, e relutante ele se arrependerá. Ele vai abrir uma escotilha no teto em cima de você e se oferecerá para levanta-lo para entrar. Aceite.

Quando emergir na escotilha você vai se ver em uma fábrica, semelhante às antigas fábricas das grandes cidades da costa leste norte-americanos do século 18. É suja e mal iluminada, os barulhos das maquinas serão altos demais incapacitando você de pensar. A sua frente haverá uma passarela sobre a fábrica, o chão da fábrica estará repleto de máquinas enormes, ande pela passarela. Trabalhando nas maquinas infernais, barulhentas e quentes serão crianças pequenas, embora eles estão tão cansados que pode confundi-los com pessoas idosas. Na pouca luz que existe você pode ver em seus rostos sujos e desesperados um desejo de se libertarem desse tormento infinito. Continue andando, nenhum mortal pode ajudá-los, caso tente fazer isso você se juntará a eles nesse trabalho eterno e sem motivos

Vai demorar um bom tempo, mais eventualmente você vai chegar a porta do chefe. Entre para encontrar um homem rude, simples e duro como uma parede, que aparenta estar nos seus quase 50 anos, ele estará usando uma camisa de botão branca simples. Quando ele te notar ele vai olhar por cima de qualquer coisa que ele vai estar fazendo e considera-lo com um olhar de nojo. Confiante, pergunte a ele: " Qualquer alegria pode vir dele?"

Uma vez que a pergunta foi feita, o chefe vai levantar e sair do escritório. Siga-o. Vocês dois estarão na passarela de novo, de onde ele vai gritar um comando para as crianças trabalhadoras. O que ele diz exatamente, será perdido pelo barulho das máquinas, mas as crianças vão entender. As crianças vão se atirar nas maquinas, alterando os sons em maneiras horríveis. Você vai claramente ouvir os sons de seus ossos quebrando, músculos se rasgando enquanto as crianças são trituradas e rasgadas pelas máquinas, nas quais eles sem questionamento se jogaram. Enquanto esse pesadelo acontece você vai ouvir a voz do Portador explicando a verdadeira natureza da alegria e da dor, embora eu não vá escreve-la aqui pois só os dignos devem saber. 

Quando todas as crianças forem totalmente despedaçadas pela máquina infernal, o chefe vai pedir para você voltar a sala e espera-lo lá. Faça o que ele diz, ao entrar na porta do escritório você vai se encontrar em qualquer lugar que você mais frequente a noite. Na sua cama ( ou qualquer outra superfície que use) vai estar uma camisa branca de botão simples igual a que o chefe usava.Esta camisa vai conferir uma sensação de familiaridade e camaradagem com aqueles que você falar. 

Está camisa é o 118º Objeto de 538.

"Você já sabe a alegria, e como tal, não pode nunca tê-la"

The Holder Series - 117 -O Portador da Syzygy


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá a qualquer armazém ou fábrica que possa entrar. Quando chegar na recepção, peça para ver o carregamento do "O Portador da Syzygy". O recepcionista não vai acreditar em você nem um pouco, mais afirme ser necessário e se for o caso gostaria de falar com o capataz. Ele chegara a tempo e também zombara de você, dizendo que nunca ouviu falar nessa pessoa. Seja paciente pois ele acabara consultando os registros, ficando branco por encontrar o nome em seus papeis.

Adormecendo


Dormir... A simples ideia de adormecer a aterrorizava. Ela não queria dormir, pois sabia muito bem o que a aguardava em seu inconsciente.

Era aquele sonho. O sonho horrível e recorrente.

No pesadelo, ela sempre se encontrava presa em uma caixa. Não havia luz e era apertado demais para que ela pudesse se mover. E invariavelmente terminava com a caixa se estilhaçando e a aterradora sensação de estar caindo...

Memórias de um Proxy Pt 3



“O que você está pensando?”

“Em nada demais. Continue jantando.”

Estávamos em um restaurante, comendo. Por motivos óbvios, eu havia guardado minha máscara, e trocado minha roupa suja de sangue.

Eu olhava para a mesa pensando em tudo o que havia acontecido nesses últimos meses. Eu não podia parar de matar. Finalmente eu havia achado uma vocação na minha vida. Matar pessoas que mereciam morrer era minha missão. E como eu sabia disso? Todas as noites eu vinha sonhando com o dia em que Ele iria se erguer. Aquele de sete bocas. Aquele que traz a desgraça. Todas as noites eu sonhava com o Zalgo. Ele viria. E eu sabia exatamente quem merecia vê-lo se reerguendo. Somente os puros podem vê-lo. E esse mundo estava repleto de pessoas impuras. Essa era as grande profecia. Essa era a minha missão.

Contei tudo para Anna. A boca dela ainda chamava muita atenção pelo grande buraco que estava onde Vespa lhe havia arrancado a carne, deixando sempre uma parte de seus dentes e gengiva à mostra.

Quando terminei de lhe contar tudo, ela me olhou com uma voracidade nos olhos. Vi naquela garota uma vontade sedenta de matar. Porém, ela se reteve.

“Com tantos assassinatos que nós precisaremos cometer, se esse assunto chegar na grande mídia, o que irão falar?” ela indagou

Refleti por um momento, e então sorri.

“Dirão o que deve ser dito. Dirão nada além da verdade. Dirão que pessoas estão morrendo na cidade.”

Ela pôs no rosto a máscara de enfermeira que afanou de alguma clínica. Eu cobri meu rosto com minha máscara, e peguei meu facão que estava guardado dentro do meu casaco.

Nos levantamos, e iniciamos nossa purificação ali mesmo, transformando aquele restaurante lotado, em um grande e lindo espetáculo sangrento.

E é assim que vivemos até hoje. Reuni alguns seguidores que contribuem para a minha causa, e juntos formamos os Profetas.

Anna Karenina, com seus olhos verdes e sua máscara de enfermeira, está em sua fase de treinamento, atacando principalmente nos hospitais do país, onde ela pode passar despercebida. Se algum dia você estiver internado em um hospital, tome cuidado com aquela enfermeira de olhos verdes que entra no seu quarto pela noite.

O Profeta Voraz, com sua máscara de gesso branca, onde está pintada uma bocarra preta e animalesca escancarada, e dois olhos negros. Ele é o nosso garotinho canibal. Ele irá amassar sua cabeça com um martelo, e devorar seu fígado em nome de Zalgo.

O Profeta Avarento, com seu rico robe dourado e sua máscara de raposa... você irá gritar quando acordar acorrentado na mansão dele, e ser torturado até a morte.

Ou ser estuprado pelo seu irmão, o Profeta Bizarro, com sua máscara de touro, seu sobretudo vermelho e sua faca de açougueiro.

Ou então, quanto a energia da sua casa acabar, ou simplesmente estiver tudo escuro, tome cuidado com a Profeta das Sombras, e sua cantoria mortal.

Todos somos os Profetas. Nós vamos cuidar para que quando Zalgo vier, somente os puros possam observar sua gloriosa chegada. E aqueles que são impuros devem morrer, e serem levados para servir-lhe de alimentos.

Todos eles seguem a mim, o seu líder. Não preciso falar de mim. Você já ouviu muito falar de mim. Eu sou o sorriso mais cadavérico das vítimas. Eu sou aquele te observa. Aquele que te guia até a arca. Aquele que infesta seu cadáver de vermes. Eu sou aquele que enfrentou a morte. Eu sou aquele que esfaqueou a vida. Eu sou aquele que vai te matar. 

Eu sou o Profeta Risonho.

Memórias de um Proxy Pt 2



Os dias seguintes eu reunia toda lucidez que eu podia para ir visitar Anna Karenina. Houve pontos em que eu consegui gritar pelo seu nome.

Nas raras vezes que eu dormia, sempre tinha pesadelos. A maioria deles, com um garoto em uma cadeira de rodas que vinha me visitar, com a metade da cabeça estourada, e me perseguia por um labirinto infinito. E então eu acordava, suado e ofegando.

Estava eu então uma fatídica noite em meio às ruínas do prédio abandonado, tentando evitar a presença maligna de Vespa, quando finalmente tirei minha máscara e a observei. Era uma máscara muito simples, completamente branca, parecida com aquelas de teatro. Aquilo não podia me representar... aquela máscara era meu rosto, e meu rosto não podia me representar assim...

Busquei uma lata de tinta preta que havia no porão e comecei a pintar, com o dedo, um dos olhos. Por usar muita tinta, duas gotas escorreram, formando algo parecido com lágrimas. Xinguei. Usei menos tinta no outro olho, e pintei em sua testa o símbolo do homem de terno: um círculo com um x no meio. Mas algo faltava... No momento lembrei do meu irmão. Ele dizia que um cachorro o perseguia, com um sorriso macabro... sorriso macabro? Aquela máscara seria uma eterna homenagem a meu falecido irmão: pintei então um sorriso bizarro na máscara. E ali, finalmente, estava algo que poderia me representar.

Lembro-me que ansiava para ver Anna. Já não aguentava mais vê-la dormindo. Precisava falar com aquela garota que mudou toda a minha maneira de ver o mundo... eu deixava recados para ela, codificados em forma de poemas, mas ela nunca, nunca me respondia.

Um dia, quando estava para terminar a madrugada, saí do prédio, e segui em direção à casa de Anna.

No caminho, senti que estava sendo seguido. O homem de terno estava atrás de mim, eu podia sentir. Mas eu não ia deixar ele tirar de mim a única coisa que me restara.

Cheguei em frente à casa de Anna Karenina, e como se estivesse me esperando, a vi na porta. Aquilo não podia ser coincidência. Devia ser cinco da madrugada. Quando ela me viu, se assustou, mas quando eu tirei a máscara ela veio correndo em minha direção, com os olhos verdes e arrebatadores cheios de lágrimas.

Nos abraçamos com força por alguns segundos, porém naqueles breves momentos o mundo pareceu parar: foi como se tudo de ruim da minha vida sumisse. Como se o calor de Anna Karenina me protegesse de todas as desgraças do mundo. Durante os breves segundos em que ela estava nos meus braços, a vida pareceu ficar mais feliz.

“Por onde você andou esse tempo todo?” ela perguntou com a voz chorosa

Eu não queria responder. Só queria ficar ali, abraçando-a, sentindo o seu perfume de baunilha, admirando seus lindos olhos verdes e passando meus dedos pelos seus longos cabelos negros como a noite.

“Eu estive com sérios problemas, Anna” respondi “Tudo aquilo que eu te contei... sobre o homem que me observava... você acreditava em mim, não acreditava?”

“É claro que sim, Daniel...”

“Eu estou preso a ele agora, Anna. Eu sou um escravo dele.”

“Escravo?”

“Eu... eu estou matando por ele...”

“Matando?!”

“Sim, mas... não é assim como você está pensando... quer dizer... todas elas merecem, entende? Não sei se o homem de terno sabe disso, mas... elas merecem morrer. E matar quem merece morrer é... gostoso.”

Permanecemos conversando por um tempo, até que eu tive que me despedir. Abracei-a com força, e por cima do ombro dela, vi seu irmão, Edgar, me olhando da porta da casa.

E os meses seguiram. Eu continuava matando brutalmente várias pessoas, uma por uma.

E no dia mais feliz da minha vida, Anna veio ao meu encontro. Ela chegou na porta do prédio, e gritou pelo meu nome. Sinceramente, você não sabe como é bom ouvir seu nome finalmente depois de tantos meses.

Corri para abraça-la, mas Vespa veio junto, e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ela atacou Anna Karenina. Foi um movimento rápido, e em apenas uma mordida ela arrancou metade do lábio inferior da garota que eu amava. Aquilo foi a gota d’água. E sem pensar duas vezes, eu ataquei Vespa com a minha faca.

Se você nunca viu uma luta entre dois proxies, não sabe o significado da palavra “luta”. Na verdade nem posso descrever aquilo com palavras, pois eu não conheço palavras em nenhuma língua humana que possa descrever aquela noite.

Em um segundo, nõs estávamos em um local muito diferente: uma dimensão cinza, sépia, sem cores, em que diversas crianças nos observavam. O homem de terno estava ali, e eu entendi tudo: eles estavam assistindo a luta. Olhei para Vespa, e ela rosnou. Corri então em direção dela, para um combate incessante que durou muito, muito tempo. Não posso informar ao certo quanto foi, mas quando finalmente acabou, Vespa estava destroçada no chão à minha frente, eu estava de volta ao mundo real, e Anna Karenina me disse que passaram-se meses.

E havia algo diferente: minha lucidez. Minha consciência estava no auge.

Eu não sentia mais a influência do homem de terno sobre mim.

Peguei rapidamente Anna pelas mãos e corri dali.

Memórias de um Proxy Pt1



As lágrimas da chuva escorrem pela superfície de vidro da janela melancólica do quarto. A penumbra entristecida dos postes das ruas fantasiam toda a minha vida, encubadas em um só momento. Uma gota de sangue. Uma gotícula de vida que corre pelas suas veias, repletas de hemácias. Seria eu esta gota pérfida? Seria eu um traço de sombra? Seria eu o grito que você exala antes de morrer? Quem sou eu? Sou a face do desencontro. Sou um cadáver despedaçado. Sou uma vítima meio-morta. Eu sou o profeta. Eu trago a boa nova.

É com essa breve reflexão que começo meu diálogo com vocês, meus impuros. Venho aqui pois já não mais vejo motivo em continuar nas sombras. Todos já me conhecem, e as sombras são desconfortáveis. Eu amo a notoriedade. Amo como vocês zombam do meu nome. E vou amar ver a surpresa de vocês.

O Edgar deve ter contado a minha história... mas ele não sabe de tudo. Ele não sabe nem de dez por cento da minha vida. Mas antes de tudo, vamos ao começo. Pois antes de ser conhecido como “Profeta Risonho”, meu nome era Daniel Salles.

Talvez seja frívolo dizer que devíamos começar do começo, porém algumas frivolidades se fazem necessárias nessa complexa arte de viver. Não importa o dia em que eu nasci, nem o ano. Nem eu mesmo sei mais quantos anos tenho. Em que ano estamos? 2013? 2014? 2015? Devo ter no máximo 20. Se lhes parece estranho o fato de eu não ter certeza acerca da minha idade, verão em breve que esse é o mínimo que alguém como eu podia sofrer.

Quando eu era mais novo, e ainda me chamava Daniel, eu tinha um irmão. Era uns três anos mais velho que eu, se chamava Lucas. Morávamos juntos, eu, ele, meu pai e minha mãe, na minha cidade natal, Balneário Camboriú, interior de Santa Catarina. Ele havia sofrido um acidente quando bebê, e vivia numa cadeira de rodas. Nunca lembro bem o que realmente houve. Só lembro da cadeira de rodas.

Éramos bem próximos, ele era um menino engraçado e bem-humorado, sempre fazendo piadas com tudo.

Foi mais ou menos quando ele fez doze anos que o evento trágico ocorreu: Lucas ficou louco. Foi o choque mais esquisito que eu já vi: ele estava na internet, lendo um dos blogs bizarros que ele tanto costumava rondar, quando ouvimos do quarto dele um grito. Toda a família correu, e encontramos Lucas no chão, gritando de pavor. Ele escondia a cabeça com as mãos, seus óculos estavam com as lentes rachadas, e ele parecia tentar se proteger de algo. Seu computador estava com o monitor quebrado, como se ele tivesse metido um soco na tela. Levamos ele pro hospital, pro psiquiatra, mas de nada adiantou: meu irmão estava em um pânico eterno, sempre repetindo sobre um cachorro demoníaco que o perseguia em todos os lugares, até mesmo nos seus sonhos, com um sorriso macabro e uma aura profana.

Pouco antes do Natal, lembro-me que entrava no quarto do meu irmão para chama-lo para jantar. Ele, em sua cadeira de rodas, me olhava com uma expressão de medo puro. Em suas mãos estava o revólver de nosso pai. Como ele pegou aquilo, eu não sei, pois sempre ficava em cima do guarda-roupas do meu pai. Eu estava assustado demais para fazer qualquer coisa, apenas observei em choque o meu irmão levantar o revólver e apontar o cano para a lateral da própria cabeça. Ele chorava, como se não quisesse fazer aquilo... “Lucas... vamos jantar... solta isso, por favor...” eu dizia, inocentemente com meus nove anos de idade. “Ele não vai me deixar em paz... ele não sai do meu quarto... ele não sai de perto de mim...” meu irmão me respondia. “Ele me falou de você... Daniel, me desculpe... você tem um trágico destino te esperando...” e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ele puxou o gatilho. O sangue espirrou na parede do quarto, junto com pedaços do seu cérebro. Por muitos anos essa cena ficou gravada na minha memória. Minha mãe entrou em depressão por vários anos, meu pai também. Até que mudamo-nos para Florianópolis. Passei o resto dos anos evitando todo tipo de contato com a sociedade. Não queria mais me aproximar de alguém para que a pessoa acabasse como meu falecido irmão. Me dediquei então à literatura, e a escrever. E foi assim até os meus catorze anos, quando eu conheci uma jovem que mudou para sempre a minha vida. Era a garota mais linda que eu já havia visto em toda a minha vida. Quer dizer, eu já havia visto muitas garotas bonitas, mas nenhuma se comparava aquela deusa de cabelos negros e olhos verdes. “Como é seu nome?” lembro que lhe perguntei. “Anna” ela respondeu “Anna Karenina”. Ela se interessava pelas minhas poesias, pela minha conversa, e finalmente depois de tantos anos eu senti a real felicidade. Era como se nós completássemos um ao outro.

Até que os sonhos começaram. Aqueles pesadelos pérfidos e agoniantes. Eu sonhava com meu irmão morto vindo me buscar, sonhava que era um garotinho de novo, e um homem muito alto segurava minha mão e me guiava por uma floresta... e me dizia “que sorriso lindo você tem, amiguinho... é tão bizarramente lindo...”

E pelos dias eu tinha aquela sensação de estar sendo observado, ouvia passos no jardim, via vultos nas janelas... a única coisa que me confortava era a presença de Anna Karenina. A única garota que realmente amei, e que consegui consumar esse amor em forma carnal... porém o medo crescia ao meu redor, e tudo piorou uma noite em que meu medo era tão grande que tive que invadir o quarto de Anna no meio da noite para me confortar no seu abraço. Porém seus pais acordaram e eu fui proibido de vê-la. Foi o início da minha perdição. Foi o início da minha loucura.

Comecei a vê-lo... aquele homem alto de terno e sem rosto... via-o em todos os cantos, pela janela, à noite...

Até que um dia ele me levou. Não sei bem pra onde. Nem sei como. Só sei que quando dei por mim estava em uma espécie de prédio abandonado no meio da selva extremamente fria, usando um grosso casaco preto que não era meu, encapuzado, com uma máscara no rosto. Ao meu lado estava uma mulher. Nunca vi seu rosto, então não sei quem era. Eu a chama de “Vespa”. Ela usava um pesado e amarrotado casaco bege. Seus cabelos loiros e compridos viviam emaranhados e sujos. E seu rosto, sempre coberto por uma máscara veneziana branca que cobria seus olhos, usando um gorro marrom- escuro na cabeça. Ela nunca falava nada, porém ao contrário de mim que usava uma faca, ela matava suas vítimas com dentadas. Usava uma espécie de dentadura pontiaguda metálica em sua boca. Em volta de seus lábios havia sempre uma crosta grudenta vermelho-escura, que eu suponho ser sangue seco. Por isso mesmo, não reclamava dela não abrir a boca para mim. Nunca ouvi sua voz. Mas sabia que ela era escrava do homem de terno, assim como eu. Havia algo de errado ali. Ela não parecia humana. Quer dizer, ela era humana por fora, mas como se sua humanidade fosse somente uma casa... por dentro ela era algo muito mais profano... e eu... por que eu não era assim? Por que eu era tão consciente das minhas ações?

Com o tempo fui percebendo que minha consciência não era constante. Pelos dias eu quase não tinha controle das minhas ações, como se outra pessoa controlasse meu corpo. Pela noite... eu tinha um nível de lucidez maior, mas era sempre dominado por desejos de matar, e tentações.

A primeira pessoa que eu matei por ele me marcou.

Eu estava na entrada de um matagal em Florianópolis. Ela estava caminhando pela calçada, tarde da noite. Não lembro quantos anos tinha, mais devia ser uns cinco anos mais velha que eu. Ruiva. Usava óculos, disso eu me lembro muito bem. Andava apressada, olhando pros lados. Com certeza o homem de terno a estava perseguindo faz tempos. Ela passou por mim, mas eu me mantive quieto, escondido nas sombras, e a deixei avançar por algum tempo. Depois a persegui cautelosamente. Não sei de onde surgiu aquela minha habilidade de caminhar sem ser percebido, ou até mesmo de matar a garota. Eu simplesmente... fazia.

A cada passo que eu dava na direção dela, meu transe aumentava. Era como alguém com sede avançando em direção a um copo d’água. Eu estava muito peto, e propositalmente fiz barulho com os pés para que ela me notasse. Ela me viu e abafou um grito, e fez a burrice de correr para dentro da floresta. Eu quase soltei uma risada. Corri para o meio das folhas e me escondi. Ela parou de correr um tempo depois, olhando para os lados, perdida. Eu já não me aguentava mais: saí do meio das árvores, e a derrubei no chão. A sensação da minha faca perfurando a carne jovem e feminina daquela mulher valeu mais do que todos os prazeres desse mundo. Fui esfaqueando-a com força e brutalidade, enquanto ela gritava desesperada por ajuda. Mas ninguém a ouviria. Ninguém a ouviu. Quando ela morreu, iniciei um processo que, por mais que fosse a primeira vez que realizava, me pareceu extremamente familiar. Eu havia trazido alguns sacos plásticos comigo. Removi os órgãos dela, um por um, ensaquei-os, e pus os sãos dentro do corpo oco dela. Depois removi deus olhos e cortei fora sua língua, e a pendurei em cima de uma árvore. A imagem daquele cadáver lindamente trucidado está marcada até hoje em minha mente.

The Holders Series - 116 - O Portador da Culpa


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá para qualquer instituição mental ou casa de repouso que você possa entrar. Quando chegar a recepção peça para ver alguém que se intitula "O Portador da Culpa". Antes que o recepcionista lhe responda, feche os olhos com força e aperte sua mandíbula. Conte exatamente até vinte, então abra seus olhos, você deve estar em uma trilha de terra em uma área moderadamente arborizada. Se você estiver em qualquer outro local, você se esqueceu de alguns segundos e apenas lhe resta alguns minutos de vida.

The Holder Series - 115 - Portador da Peste


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá a qualquer instituição mental ou casa de reabilitação que você encontrar. Quando chegar a recepção, peça para visitar alguém chamado "O Portador da Peste". Nesse ponto, o funcionário irá silenciar, e tentar não vomitar. Depois de muitos minutos, o funcionário finalmente desistirá, e vomitará dentro do cesto de papéis. Ele, então, ficará de pé e levá-lo para o corredor. Você vai chegar a uma porta, entreaberta, mas você não deve tocá-la. Faça isso, então convidaria uma maldição para dentro de seus ossos, e seu destino estará selado. Em vez disso, exija que o funcionário abra-a para você. Passe pela porta, e o Portador estará esperando por você.

Reyna: A Epifania - Saga Apocalipse


Pois é... depois de uma pausa (e tanto), discussões sobre o encerramento da saga, decidimos que vamos voltar. E agora, com força total. Matem a saudade aí, eu sei que vocês estavam.

Nome Completo: Reyna Salvatore
Idade: 16
Data de Nascimento: 13/10/1995
Nasceu em: Veneza - Itália
Atualmente está: Local desconhecido
Condição Física: Magra, 40kg, altura: 1, 75
Características: Não mais tão inocente assim, Esquizofrênica, Observadora, Impulsiva, Superdotada (embora não demostre sua inteligência)
Se encontra: Dirigindo rumo ao desconhecido
*Antiga Ocupação: Antes de ser internada, era estudante.

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 18



28 de setembro de 2014

Eles me visitaram essa noite. Está tudo bem agora. Minha irmã... ela está bem. Vi quando ela chegou. Usava uma jaqueta preta, uma máscara de enfermeira cobrindo metade de seu rosto, mas deixando seus olhos verdes à mostra. O Profeta estava com ela. Eles estão por conta própria há algum tempo. Não são mais escravos do homem de terno. O Profeta conseguiu se livrar dele. Está tudo bem agora. O Profeta me purificou. Está tudo bem agora. Eu estou no hospital, prestes a morrer. Está tudo bem agora.

Resolvi contar pra você a minha história. Por que eu estou prestes a morrer, mas quero deixar um recado para minha irmã. Não tenho tempo nem forças para reescrever tudo, portanto copiei algumas paginas do meu diário no computador, e estou divulgando pela internet. Ela anda junto com o Profeta. E quando ela te encontrar, diga a ela que Edgar sente saudades, e que ele pede desculpas por tudo o que ele não pôde fazer. Sim, eu disse “quando” e não “se”. Eles vão te encontrar. O Profeta vai te purificar, assim como ele fez comigo. Não tem como fugir. Mas alegre-se. Nós seremos servidos para aquele que espera atrás do muro. Aquele de sete bocas. Todos nós. Então, se ela estiver junto dele, diga isso por mim. Mesmo que seja suas últimas palavras. Mesmo que não dê tempo. Antes de ser estraçalhado, antes de ser purificado, antes de morrer, diga a Anna Karenina que eu sinto saudades.

Acordado


Eu estou acordado. Eu não deveria estar acordado. Vocês têm feito o mal por muito tempo, e é hora de parar. Eu queria não ter que fazer isso, acredite em mim. É muito fácil para mim continuar dormindo por éons do que ter que me preocupar com vocês, humanidade. Eu estou acordado, e muito descontente.

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 17



11 de setembro de 2014

Ouço os passos do profeta se aproximando...

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 16



10 de setembro de 2014.

Ouço os passos do profeta se aproximando...

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 15



9 de setembro de 2014

Ouço os passos do profeta se aproximando...

Vendo o Tempo Passar e a Tinta da Parede Cair


Estava sentado com alguns amigos na garagens de casa, era uma garagem grande com um sofá de 3 lugares e algumas cadeiras. Estávamos ali, nós cinco, olhando assinaturas de amigos na parede e jogando conversa fora. De-repente tudo fica meio escuro e turvo, pareço tonto e tento me levantar...

Tudo parece tão lento até mesmo meus movimentos. Olho para baixo, me firmo na cadeira e com dificuldade tento me levantar. 
- Tudo parece ir tão devagar! 

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 14


8 de setembro de 2014

Não pode ser... Não pode ser...

Estava na internet esses dias, e não sei como fui parar num desses canais de terror no You Tube. Odeio esse tipo de canal... com tanta coisa ruim acontecendo na minha vida, o que menos eu quero é alguém tentando me por mais medo.

Mas o que me chamou a atenção foi um título de um vídeo... “O Profeta Risonho- por Anna Karenina”. Na hora que li aquilo, gelei. Corri para ver o vídeo. Era uma história sobre um serial killer brasileiro. O nome da minha irmã fora citado no título, e Daniel foi descrito. A máscara dele... exatamente a mesma máscara que eu vi há um ano atrás. Era ele na foto. Era ele...

Não durmo há três dias. Não sei o que fazer...

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 13



18 de junho de 2014

Estou com medo. Recebi um e-mail hoje do endereço de Anna, mas não era ela que havia escrito. Veio somente um arquivo de áudio. Abri e escutei. Uma voz muito distorcida narrou o seguinte:

“São duas e cinquenta e dois da manhã. Faz frio. Eu estou te vendo. Faz frio, mas eu aguento. Não sei quanto tempo vai passar até que chegue o dia da sua purificação, mas quando isso acontecer, sua expressão de terror vai ser o espetáculo mais lindo da face dessa terra pútrida. Lance-se de cabeça no abismo, corra para fora da zona de tiro, pois pessoas estão morrendo na cidade. Eu estou te dando uma chance de se esconder. Encare isso como uma vantagem. Um presente de amigo. A maioria dos outros nunca vai ter esse pequeno privilégio. Sua irmã está comigo. Ela se tornará parte de mim em breve. Nós iremos caminhar de mãos dadas pelas terras planificadas do paraíso. Eu, ela, e todos os profetas. Nós purificamos. Nós cumprimos a missão. E nós merecemos a nossa graça. Sua irmã tem talento. Ela será uma de nós em breve. A mais bela de todas as profetas. Com seus cabelos negros como a noite, seus lábios de carmim, e seus olhos verde-esmeralda... Eu a amo. Eu a amo, minha doce aprendiz. Que pena, jovem rapaz, que você não é puro como ela para poder nos acompanhar. Mas tudo bem... em breve eu estarei na sua casa, pronto para purifica-lo. Por enquanto é só isso, adeus. E lembre-se que pessoas estão morrendo na cidade, e em breve você pode ser uma delas.”

Reconheço a voz de Daniel. Por mais que esteja distorcida, é sem dúvida de Daniel.

Estou com medo... não consigo dormir...

The Holders 114 - O Portador da Reencarnação.


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá para qualquer santuário Hindu ou templo Budista que você puder entrar. Quando você chegar, peça para o alto sacerdote ou ao monge chefe para visitar alguém chamado "O Portador da Reencarnação". Se ele disser que não tem ninguém lá com esse nome, saia com pressa; é melhor manter em silencio o que aconteceria se você permanecer por mais tempo. Se você conseguir obter sucesso, nunca retorne para qualquer outro templo Budista ou santuário Hindu até alguém próximo a você morrer; depois de seu funeral você pode tentar novamente. Você pode ter que fazer isso múltiplas vezes.

Especial Escritores - Edgar Allan Poe


E aí, negada? Faz tempo que eu apareço aqui, hein? Aqui é a Say, uma das escritoras aqui do blog (não sabe quem eu sou? Sabe A Tale Of Two Brothers? Eu que escrevo. A crítica de Bates Motel? Eu também. A personagem Reyna, da Saga Apocalipse? Eu. Ainda não sabe? Então, fodeu, essas foram as únicas postagens fodas que eu fiz aqui. Fiz outras, mas fodas, fodas, só essas.). Vou começar aqui no blog uma "série" de postagens, uma a cada duas semanas, sobre um escritor famoso de terror. Hoje? Abram alas, toquem as trombetas, que o rei do horror está chegando: Edgar Allan Poe, senhoras e senhores!

Considerado o pai do terror, Edgar Allan Poe é um dos meus autores preferidos, senão o preferido.

Edgar Allan Poe nasceu em 19 de janeiro de 1809, em Boston, filho do ator David Poe Jr., que abandonou a família em 1810, e da atriz Elizabeth Arnold Hopkins Poe, que morreu após o nascimento de Rosalie, a irmã mais nova de Poe, em 1811. A desgraça já comça por aí... Depois da morte da mãe, Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, um mercador de tabaco bem sucedido de Richmond, que nunca o adotou legalmente — ó a folga —, mas lhe deu o seu sobrenome.


Depois de frequentar a escola de Misses Duborg em Londres, e a Manor School em Stoke Newington, Edgar voltou junto com a família Allan a Richmond em 1820, com 11 anos, e registrou-se na Universidade da Virgínia, em 1826, com 16, que viria a frequentar durante um ano só; foi expulso de lá. Poe era vida loka.


Na sequência de desentendimentos com o seu padrasto, relacionados com as dívidas de jogo, Edgar alistou-se nas forças armadas, sob o nome Edgar Allan Perry, em 1827, com 17 anos. Nesse mesmo ano, Poe publicou o seu primeiro livro, Tamerlane and Other Poems. Depois de dois anos de serviço militar, acabaria por ser dispensado (eu suponho que foi por causa do negócio da folga, mas...). Em 1829, a sua madrasta faleceu — meu Deus, todo ao redor desse cara morre —, e ele publicou o seu segundo livro, Al Aaraf, e reconciliou-se com o seu padrasto, que o auxiliou a entrar na Academia Militar de West Point. Por causa de sua desobediência a ordens — ê, vida loka —, ele acabou por ser expulso desta academia, em 1831, fato pelo qual o seu padrasto o repudiou até a sua morte, em 1834.

Poe mudou-se, em seguida, para Baltimore, para a casa da sua tia viúva, Maria Clemm, e da sua filha, Virgínia Clemm. Durante esta época, Poe usou a escrita de ficção como meio de subsistência e, no final de 1835, tornou-se editor do jornal Southern Literary Messenger em Richmond, tendo trabalhado nesta posição até 1837. Neste intervalo de tempo, Poe acabaria por casar, em segredo, com a sua prima Virgínia, de treze anos — PEDÓFILO! INCESTO! —, em 1836.

The black cat Edgar Allan Poe

Em 1837, Poe mudou-se para Nova York, onde passaria quinze meses aparentemente improdutivos, antes de se mudar para Filadélfia, e pouco depois publicar The Narrative of Arthur Gordon Pym. No verão de 1839, tornou-se editor assistente da Burton's Gentleman's Magazine, onde publicou um grande número de artigos, histórias e críticas. Nesse mesmo ano, foi publicada, em dois volumes, a sua coleção Tales of the Grotesque and Arabesque (traduzido para o francês por Baudelaire como "Histoires Extraordinaires" e para o português como Histórias Extraordinárias), que, apesar do insucesso financeiro, é apontada como um marco da literatura norte-americana.

Durante este período, Virgínia Clemm soube sofrer de tuberculose, que a tornaria inválida e acabaria por levá-la à morte — tô falando, todo mundo morre. A doença da mulher acabou por levar Poe ao consumo excessivo de álcool — só nos bons drinks, né, Ed? — e, algum tempo depois, ele deixou a Burton's Gentleman's Magazine para procurar um novo emprego. Regressou a Nova York, onde trabalhou brevemente no Evening Mirror, antes de se tornar editor do Broadway Journal. No início de 1845, foi publicado, no jornal Evening Mirror, o seu popular poema The Raven (em português "O Corvo"). Eu amo esse poema, sério. Melhor poema EVER!


Em 1846, o Broadway Journal faliu, e Poe mudou-se para uma casa no Bronx, hoje conhecida como Poe Cottage e aberta ao público, onde Virgínia morreu no ano seguinte. Cada vez mais instável, após a morte da mulher, Poe tentou cortejar a poeta Sarah Helen Whitman. No entanto, o seu noivado com ela acabaria por falhar, alegadamente em virtude do comportamento errático e alcoólico de Poe, mas bastante provavelmente também devido à intromissão da mãe de Miss Whiteman. Nesta época, segundo ele mesmo relatou, Poe tentou o suicídio por sobredosagem de láudano, e acabou por regressar a Richmond, onde retomou a relação com uma paixão de infância, Sarah Elmira Royster, então já viúva.

A morte de Edgar Allan Poe ocorreu no dia 7 de outubro de 1849, quando ele tinha quarenta anos. Quarentão, hein, Poe? Cercada de mistério, sua causa ainda é discutida. Quatro dias antes de falecer, Poe foi encontrado nas ruas de Baltimore, Maryland, em um estado delirante. Segundo Joseph W. Walker, a pessoa que o encontrou, Poe estava "muito angustiado, e (...) precisava de ajuda imediata". Poe foi levado ao hospital da Universidade Washington (Washington College Hospital), onde morreu num domingo, às 5 horas de 7 de outubro. Em nenhum momento o escritor contou com a lucidez necessária para explicar de forma coerente como havia chegado àquele estado.

Grande parte da informação existente sobre os últimos dias de sua vida provém do médico John Joseph Moran, que o tratou no hospital. Depois de um pequeno funeral, Poe foi enterrado no cemitério anexo à igreja de Westminster (Westminster Hall and Burying Ground) mas, anos mais tarde, em 1875, seus restos mortais foram transferidos para um monumento maior. Este último marca também o lugar de enterro de sua esposa, Virginia, e o de sua sogra, Maria Clemm.


As teorias sobre as causas da morte do escritor incluem suicídio, assassinato, cólera, raiva, sífilis e ter sido capturado por agentes eleitorais que o teriam forçado a beber para fazê-lo votar e abandonaram-no, já em estado de embriaguez, à sua sorte. Contudo, a evidência a respeito da influência do álcool é incerta.

Dois dias depois da morte de Poe, apareceu um obituário assinado por "Ludwig", que logo se revelou sendo, na verdade, o crítico e antologista Rufus Wilmot Griswold, que mais tarde se converteu no executor literário efetivo das obras de Poe, apesar de ter sido um de seus rivais, e que posteriormente publicou a sua primeira biografia completa, retratando-o como um depravado, bêbado e louco tomado pelas drogas, chegando inclusive a falsificar cartas do poeta como prova disso. Acredita-se que grande parte das evidências utilizadas para construir essa imagem foram forjadas por Griswold e, apesar de muitos amigos de Poe terem denunciado o biógrafo, foi a interpretação que teve um impacto mais duradouro no meio popular.

Meu conto preferido de Poe é e sempre será O Poço e o Pêndulo, que narra um prisioneiro na época da Inquisição preso por heresia nos seus últimos momentos, quando um pêndulo afiado está descendo sobre ele. Eu me caguei quado eu li, faz uns bons dois anos, e estou me cagando até hoje, porque todos os meus pesadelos tem uns elementos dos contos do Poe (o corvo, o pêndulo, o poço — Meu Deus do Céu, esse poço do inferno — a máscara, já sonhei até com o detetive Dupin).


Pra quem quiser ler O Poço e o Pêndulo, o link online:

Eu amo o Poe demais, e tenho a obra completa dele. Se alguém se interessar, aqui o link da onde eu comprei (aproveitem que amanhã é Black Friday, negada): 

Tá em inglês, eu prefiro assim, mas tem gente que não curte. Mas, eu não sei aonde vai ter a obra completa em português, então, sorry.

Enfim, espero que tenham gostado, o próximo escritor que eu vou falar muito provavelmente vai ser o Stephen King, mas não prometo nada, já que tenho vários pra falar. Comentem aí em baixo se vocês querem uma resenha de O Poço e o Pêndulo, e talvez eu faça.

Beijos!

"Anna Karenina (A Origem do Profeta Risonho)" Pt 12



16 de junho de 2014

Já faz quase um ano que eu não vejo a minha irmã. Estou me tornando o que ela era: um eremita desgraçado que passa os dias trancado no quarto, desolado, considerando opções do que minha vida poderia ter sido se eu não tivesse falhado lá atrás. Culpa... essa puta maldita chamada Culpa me consome todos os dias... me rasga, me mastiga, me cospe no chão e me desola. Viver já não tem mais sentido. O que eu mais quero é que minha alma seja sugada pras profundezas e eu seja punido por tudo o que eu podia ter feito mas não fiz.

Minha irmã... me perdoe por ter falhado com você... quando você mais precisava de mim eu fui incompetente, não soube o que fazer... eu era somente uma criança...

Mas eu ainda sou uma criança. Tenho só quinze anos. E o tempo não é algo que se pode voltar. Foram embora os dias em que eu sorria. Ficaram as lágrimas... O remorso...

Recebi uma carta na beira da minha janela há uns quinze minutos. É a letra dela. É a letra de Anna Karenina. É a letra de minha irmã.



“Ele conseguiu. Não somos mais escravos do homem alto. Agora eu irei aprender a profetizar a vida, e a ditar a morte. Sairemos para purificar esta noite. Fique sabendo que pessoas irão morrer na cidade.”



Não sei o que isso quer dizer, mas sem dúvida é a letra da minha irmã. Saber que ela está viva me conforta. Mas o que ela escreveu revela seu estado de sanidade mental. E eu volto ao remorso.

Não sei o que isso quer dizer, mas sem dúvida é a letra da minha irmã. Saber que ela está viva me conforta. Mas o que ela escreveu revela seu estado de sanidade mental. E eu volto ao remorso.

Precisamos de Você


Fala galerinha assustadora, como vão vocês? 

O LPSA precisa de duas pessoas (um Homem e uma Mulher) que possam narrar nossos contos. Sim, isso mesmo, o LPSA está com planos de iniciar seu próprio canal de creepypasta narradas no YouTube. 

The Holder Series- 113 - O Portador da Rendição


Em qualquer cidade, em qualquer país, vá a uma instituição mental ou casa de repouso que possa entrar. Antes de conseguir esse Objeto, leve consigo todos os objetos que possuir. Caso não possua nenhum Objeto, quando for perguntar o funcionário para visitar " O Portador da Rendição" ele não vai nem olhar para você, como se você não estivesse ali. Volte e tente de novo até ter pelo menos um Objeto. Quando chegar a recepção peça para para ver alguém que se autodenomina " O Portador da Rendição"

O Terror Está Ao Seu Lado [07] - "Ele"



- E aí, sabichão, já sabe como vai fazer para enganar eles? - Kevin fez um gesto com a cabeça para o lado de fora da casa, onde se encontravam os policiais.

- Deixe-me pensar. - Respondi secamente.

- Você tá pensando já tem um bom tempo. Achei que quisesse ir rápido.

- Eu sei! Eu sei! Só não quero estragar tudo logo agora no começo.

Ele ficou quieto. Foi quando me veio à mente uma coisa:

- E se você me ajudasse com eles? Sabe, se os distraísse?

- Não rola. Eu só tenho influência no meu  mundo e com quem o enxerga. Até tenho poder em certas coisas, mas não consigo me intrometer assim.

Sentei no meu sofá, escorei a cabeça e fechei os olhos. Então tive uma súbita ideia.

- Já sei!

----x----

Do lado de fora, os dois policias conversavam dentro do carro.

- Eu até tentei levar ela para minha casa, mas sabe como é né? Mais uma rejeição. - Disse o policial barbudo.

- Não é fácil. Diz aí, qual foi a pior desculpa que já te deram? - O outro policia, que usava óculos, falou.

- Não faço a mínima ideia.

- Para mim foi uma vez que eu perguntei para a garota por que ela não queria ter algo mais sério comigo. Ela me disse que tinha medo de ter que ficar esperando todas as noites, achando que talvez eu não voltasse.

- Ok, mas isso não é bem uma desculpa ruim.

- Eu estava dando uns pegas nela já tinha quatro anos.

- Ah, tá. - O barbudo roçou sua barba.

Nisso, o mesmo viu algo saindo da janela da cozinha da casa e indo em direção à casa do vizinho.

- Porra! O cara resolveu escapar.

- Era só o que me faltava! Vai atrás dele, eu vou com a viatura.

O barbudo saiu correndo, e seguiu Vagner por onde ele achou que ele foi.

O policial de óculos foi com a viatura um pouco mais longe, e foi de encontro ao seu parceiro.

Um dos dois iria acabar o encontrando.

Porém, no meio do caminho, ambos deram um contra o outro, sem saber o que estava acontecendo. No chão, apenas roupas estavam jogadas no chão.

----x----

- Excelente ideia, Vagner! - Disse, eufórico, Kevin.

- Obrigado, obrigado. - Falei, com as mãos no volante do meu carro.

- Eu não tenho como influenciar outras pessoas diretamente, mas eu posso levar algumas das suas roupas comigo por um certo tempo. E eu nem sabia disso!

Eu ri. Mas logo fechei a cara. Sabia que teria algo muito sério pela frente. E seria muito pior que um par de policiais.

Kevin notou a mudança e se calou também. O que não durou muito tempo, pois dois minutos depois ele falou seriamente:

- Pare o carro.

Não entendi, mas acatei o pedido.

As luzes do carro começaram a piscar levemente. Senti um vento gelado, mesmo com as janelas fechadas.

- Acho melhor sairmos daqui enquanto há tempo.

- O que houve?

- Quer uma dica? Crystal Lake.

Ao fundo, mal iluminado, um ser gigante nos encarava.

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